Samurai

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Mark Cartwright
por , traduzido por Lucas Olinto
publicado em 05 julho 2019
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, italiano, espanhol
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Samurai Onikojima Yataro Kazutada (by Utagawa Kuniyoshi, Public Domain)
Samurai Onikojima Yataro Kazutada
Utagawa Kuniyoshi (Public Domain)

Os samurais foram uma classe de guerreiros que surgiu no Japão no século X, que prestaram serviços militares até o século XIX. Soldados da Elite e altamente treinados, eram adeptos ao uso do arco e da espada, os samurais foram um componente essencial nos exércitos japoneses durante o período medieval.

Desde o século XVIII a cultura samurai era retratada como ápice da cavalaria e honra, com muitos exemplos deles demonstrando grande coragem e lealdade a quem serviam, até mesmo cometendo rituais de suicídio numa derrota ou morte de seus senhores. O campo de guerra no Japão era tão sangrento e drástico quanto em qualquer outra região, e o dinheiro era muitas vezes a causa para a participação de muitos samurais na batalha. A partir do século XVII, os samurais se tornaram professores morais e conselheiros importantes na comunidade, já não eram mais necessários na função de militar.

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Desenvolvimento e Status

O sistema de governo de recrutamento no Japão acabou em 792, e então no Período Heian (794–1185), foram formados exércitos particulares visando proteger os interesses territoriais (shoen) dos nobres que passavam a maior parte do tempo na corte imperial. Deu se o início dos samurais, cujo significado é ‘atendente’ como o verbo samurau significa servir, então originalmente o termo era uma classe ao invés de uma profissão militar que veio a se tornar. Havia também outras classes de guerreiros, mas a classe samurai era a única com uma conotação de servir a corte imperial.

OS SAMURAIS DERAM INÍCIO Ao CÓDIGO (BUSHIDO) QUE OS PERMITIU GANHAR maior REPUTAÇÃO ENTRE SEUS COLEGAS E SENHORES.

Os samurais eram empregados por lordes feudais (daimyo) por suas habilidades para defender os territórios do lorde contra rivais, batalhar inimigos identificados pelo governo, e lutar contra ameaças de tribos e bandidos. Por esse motivo, os samurais podiam viver em quartéis, em um castelo ou em suas próprias casas. Como os samurais foram organizados em grupos liderados por feudos com poder político, eles estavam capacitados em dominar uma corte imperial enfraquecida no século XII no reinado dos senhores da guerra como Minamoto no Yoritomo. Sendo assim, a partir do período Kamakura (1185–1333) um novo governo militar foi fundado, dominado por guerreiros e liderados por um xogum (ditador militar), permanecendo dessa forma até o século XIX.

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Samurai on Horseback
Samurai montado no Cavalo
Unknown Artist (Public Domain)

Muitos samurais vieram da planície de Kanto e adquiriram valiosas experiências nos movimentos contra as tribos Emishi (Ainu) ao norte. Nessas batalhas, os guerreiros começaram a desenvolver um código de conduta o qual os deu a possibilidade de ganhar maior reputação entre seus colegas e senhores. Naturalmente, era primordial a coragem no campo de batalha, e se desenvolveu uma tradição dos samurais avançarem na batalha exclamando sua descendência e conquistas anteriores, desafiando qualquer um dos inimigos ao combate individual. Esses pronunciamentos vocais seriam repostos pelo uso de cartazes na cultura samurai.

Somente no período Edo (1603–1868) que se desenvolveu uma hierarquia entre os samurais. Haviam três classes principais:

  • Gokenin (caseiros), a classe mais baixa, eram vassalos de lordes feudais.
  • Goshi (guerreiros rústicos), tinham direito a propriedade, mas não podiam empunhar às duas espadas da classe completa samurai.
  • Hatamoto (homem cartaz), a classe mais alta. Se esperava que esses guerreiros morressem para proteger os interesses de seus lordes.

Todos os samurais eram supervisionados por seus lordes, mas a partir de 1180, o Samurai-dokor (Departamento dos Subordinados) foi formado para monitorar em particular o gokenin e tomar medidas disciplinares para quaisquer delitos caso necessário. A partir de 1591, não era mais permitido aos samurais serem ambos fazendeiros e guerreiros, e tiveram de escolher entre um e outro, a ideia por trás disso era torná-los mais dependentes e então mais leais a seus amos.

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TREINADOS DESDE OS dez ANOS OU MESMO ANTES, OS SAMURAIS LUTARAM NA CAVALARIA NO COMEÇO DO PERÍODO MEDIEVAL.

Muitos samurais tinham seus próprios assistentes ou baishin que também trabalhavam em qualquer terra que seus donos possuíam. Os samurais constituíam apenas 5–6% da população total (18 milhões em 1600), e dentro disso não havia mulheres (no entanto, havia uma minoria guerreira de mulheres, conhecidas por onna bugeisha ou ‘mulheres treinadas para a guerra’).

Armas Samurais

Treinados desde os dez anos ou mesmo antes nas artes marciais, os samurais lutaram na cavalaria no começo do período medieval, a princípio usando um arco e também uma longa espada curvada quando necessário. Eles possuíam uma segunda espada curta, e um decreto do governador Hideyoshi em 1588 dizia que apenas samurais completos poderiam empunhar duas espadas, e isso se tornou um símbolo de status muito importante. Os samurais também aprenderam artes marciais, somando 18 no período Edo, tendo a cavalaria, arquearia e então o manejo da espada como as habilidades mais prestigiadas. A partir do século XVII, a espada assumiu como arma mais nobre entre os samurais — em grande parte se deve aos arcos serem mais acessíveis aos soldados rasos — e então a lâmina ficou conhecida como a ‘alma do samurai.’ Ambas as armas se alinhavam com o ideal samurai de que uma batalha deve envolver duelos individuais.

Muromachi Samurai
Samurai Muromachi
Unknown Artist (Public Domain)

Para fazer arcos era comum usar tiras de bambu envoltos em uma base de madeira. Também se usava a cana para uma força maior e uma proteção contra a chuva. Os arcos variavam em tamanho dependendo da habilidade do arqueiro, mas um tamanho comum nos tempos medievais era de 86-96 cm. A haste era feita de bambus jovens, as pontas eram de ferro ou aço, e se usava penas de pássaros para fazer três ou quatro rêmiges para dar a estabilidade a flecha no trajeto. A sela de madeira pesada com estribos de couro providenciava estabilidade, permitindo o cavaleiro ficar de pé enquanto atirava.

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As espadas samurais eram curvadas e feitas usando aço — uma combinação de estilos que datava ao século VIII no Japão. O aço era trabalhado por ferreiros especialistas que controlavam minuciosamente o carbono contido nas lâminas para maior força e flexibilidade. Por esse motivo se diz que as espadas japonesas estavam entre as mais finas e afiadas produzidas no mundo medieval. As lâminas variavam em comprimento, mas se tornou comum para a elite samurai carregar duas espadas — uma longa e outra curta. A espada mais longa (katana) possuía uma lâmina por volta de 60 cm, e a espada curta (wakizashi) em torno de 30 cm. Ambas as espadas eram usadas com o fio de corte na parte superior. Uma espada ainda mais antiga do que a katana, a tachi (com a lâmina de até 90 cm), era usada com fio para baixo, pendurada de forma suspensa ao cinto, enquanto outros tipos eram presos ao cinto. Os cabos das espadas eram feitos de madeira, e eram cobertos na pele grossa da arraia gigante (same) e então trançados firmemente em ceda. A lâmina se separava do cabo por uma pequena proteção circular. O samurai também costumava carregar um punhal pequeno (tanto) como uma arma em últimos casos. As espadas e punhais eram mantidos em bainhas laqueadas, que costumavam ser estilizadas.

Os primeiros samurais também usaram armas que logo seriam próximas a infantaria tradicional. Estas foram a lâmina (yari) e a alabarda (naginata). O comprimento da yari variava, mas as lâminas eram de dois gumes e mediam entre 30 a 74 cm em comprimento. Algumas lâminas tinham o formato em L, eram usadas para fisgar os inimigos de seus cavalos. Não se atirava lanças nas batalhas, eram usadas para golpear o inimigo. A naginata possuí um longo cabo com uma lâmina curvada presa nele. O cabo media em torno de 120 a 150 cm, e a lâmina de aço chegava a medir 60 cm. A arma era usada para dilacerar, cortar e perfurar um inimigo, e seu uso se tornou uma das artes marciais, especialmente aprendida pelas filhas de samurai.

Samurai Swords
Espadas Samurais
Los Angeles County Museum of Art (Public Domain)

As armas de fogo eram do conhecimento japonês pelo contato com a China, mas foi com a chegada dos primeiros europeus no meio do século XVI que fez parte das batalhas japonesas. No fim daquele século, talvez um terço dos batalhões armados estavam com posse de armas — as espingardas — e posteriormente alguns samurais carregavam pistolas.

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Armadura Samurai

Couraças feitas de placas de metal, ligadas e protegidas por um revestimento estimam ter surgido no período Kofun (250–538 d.C.). Então surgiu uma armadura mais flexível, com o uso de tiras finas de bronze ou ferro, que eram ligados por corda ou laços de couro. O revestimento de couro era outro material muito usado para armaduras durante o período medieval, pois era ao mesmo tempo, leve e flexível. A partir do período Heian (794–1185) os samurais frequentemente usavam uma capa de seda (horo) sobre sua armadura, que era preso ao pescoço e cintura enquanto cavalgavam. Era feito para inflar ao vento, de forma que desviasse flechas ou servisse como uma forma de identificar quem a usava.

Haviam conjuntos completos de armadura como as oyoroi em formato de caixa que eram penduradas nos ombos. Essa categoria de armadura pesava em torno de 30 quilos. A armadura haramaki mais simples e flexível tinha uma couraça justa para o torço e uma saia curta feita de 8 camadas. As coxas costumam ser protegidas por guardas (haidate), as pernas inferiores eram protegidas por caneleiras ou suneate, as mãos e os antebraços por munhequeiras protetoras ou kote. Com a chegada das armas de fogo, uma armadura sólida para o peito se tornou popular, sendo frequentemente importada ou copiada da Europa. Curiosamente, mesmo com toda essa proteção corporal e talvez pela falta de conhecimento da história de Aquiles, os samurais não protegeram seus pés, e usavam apenas meias e simples sandálias de corda.

O elmo de um samurai (kabuto) era frequentemente feito das placas de ferro ou aço, tomando a forma de um capacete com abas protegendo o pescoço e as laterais. Em ocasiões, se usava uma máscara ou menpo trazendo bigodes e aspectos ferozes. Alguns elmos tinham cristas em formato crescente, plumas de pelo de cavalo ou chifres de animais (reais ou réplicas), no entanto, eram mais usados pelos daimyo. Para aumentar o conforto dentro de um capacete, os samurais frequentemente raspavam parte do cabelo frontal, que então virou moda no século XVI. O restante do cabelo mantinha-se longo e preso atrás da cabeça, ou com um laço (chasen-gami) ou em um coque de três voltas (mitsu-ori). Na batalha, os samurais deixavam seus cabelos caídos (em todos os sentidos)

Samurai Armour, Sengoku Period
Armadura Samurai, Período Sengoku
Vassil (Public Domain)

As armaduras medievais e os elmos indicavam a posição de um samurai, divisão, e região natal por meio da cor de seu bordado, suas fardas, e símbolos pintados, alguns desses eram associados com suas famílias ou casa militar (buke). As libélulas eram um símbolo popular nas armaduras, pois uma libélula não pode voar para trás, representando a mentalidade do caminho sem volta de um samurai. Os ‘cartazes’ também eram usados para identificar quem era quem no campo de batalha, no entanto, seu tamanho era controlado e ligado ao status particular do samurai.

Bushido

O bushido ou shido, que significa ‘caminho do guerreiro’, é um código de conduta que os Samurais seguiam, mas foi apenas registrado no final do século XVII pelo sábio Yamago Soko (1622–1685), quando os samurais já não eram mais ativos militarmente, mas funcionavam mais como guias e conselheiros morais. Ainda é, no entanto, difícil de determinar o nível da cavalaria que os samurais praticaram durante sua história. Parece provável que, como qualquer outro guerreiro em outra cultura, o pragmatismo teria reinado no dia em que as lutas tomaram cena. Havia, sem dúvidas, muita coragem e domínio marcial demonstrado pelos samurais, mas promessas e tréguas eram frequentemente quebradas, vilas eram queimadas, e os derrotados assassinados, pois a honra vinha somente após a vitória. Os samurais eram, em primeiro lugar, motivados pela aquisição financeira e avanço de posição social, daí a repugnante obsessão em coletar as cabeças decapitadas de suas vítimas. Também é verdade que, mesmo com a reputação da cavalaria sobrepor em tempos posteriores da história medieval japonesa, principalmente na austeridade, lealdade e auto disciplina, não era nem um pouco incomum acontecer deserções em massa durante as batalhas, incluindo os generais. Na Batalha de Sekigahara em 1600, por exemplo, cinco generais e seus exércitos trocaram de lado durante a batalha.

Os samurais não eram sempre nobres quando se tratava de camponeses também. Os guerreiros tiveram má fama entre os visitantes europeus por decapitarem os estrangeiros a beira da estrada, apenas para testar se as espadas estavam afiadas, um hábito desprezível conhecido como tsujigiri ou ‘cortando nas encruzilhadas’ Ainda assim, os samurais tinham a lei a seu favor como lhes foi concedido no Xogunato Tokugawa (1603–1868) com o direito a matar qualquer pessoa de classe inferior, caso considerassem as ações daquela pessoa incômodas - vagamente definido como ‘agir de maneira inesperada.’

Seppuku

Era esperado a luta até a morte para o topo da classe samurai, mesmo que significasse o suicídio para evitar a captura. O método de honra era o seppuku (conhecido como hara-kiri) ou auto destripamento, pois acreditavam que o espírito estava no estômago, não o coração. O guerreiro primeiro vestia um roupão branco, símbolo de pureza, e então cortava seu abdômen com uma faca atravessando da esquerda para a direita. Não era um método rápido ou eficiente de suicídio, então era comum haver um assistente com uma espada especial, conhecida como kaishakunin, para decapitar o samurai. Da mesma forma que samurai cometia suicídio após seu lorde ter cometido, era esperado o suicídio de seus subordinados com a perda do mestre, por um código conhecido como junshi ou ‘morte pelo que segue.’

Yoshitsune
Yoshitsune
usiwakamaru (Public Domain)

Os Heróis Samurais: Yoshitsune

Muitos heróis na mitologia japonesa são guerreiros Samurais, e ninguém é mais famoso do que o lendário Yoshitsune (1159–1189). Minamoto-no-Yoshitsune, nascido em Ushiwakamaru, era o irmão mais novo do xogum e um general sucedido na guerra Gempei (1180–1185). Seu status lendário vem da sua posição como modelo da lealdade, honrável, e guerreiro imperturbável. Aprendeu a esgrima na juventude, livrou os campos de diversos ladrões, e levou o monge guerreiro Benkei a se tornar seu servo leal. Vencendo muitas batalhas, liderava notavelmente o cargo de cavalaria em Ichinotani e pulando em uma ponte de barcas em Danno-Ura, acabou provocando o ciúme de seu irmão. Yoshitsune, consequentemente, foi para o norte do Japão, passava pelo controle das fronteiras quando Benkei o venceu pensando que Yoshitsune era um servo desafortunado. Não houve final feliz para o herói, pois o xogum eventualmente encontrou e fechou Yoshitsune em um castelo, que foi queimado por completo. Em algumas versões do mito, Yoshitsune escapou para se tornar o príncipe Mongol Temujin, depois conhecido como Genghis Khan. A história de Yoshitsune se tornou um tema primordial nos teatros Kabuki e Noh.

Os 47 Ronin

Talvez, o mais famoso episódio de seppuku em massa, e exemplo da excelência em manter a honra pela morte, é a história real dos 47 Ronins (Shijushichishi) que ocorreu em janeiro de 1703 (no entanto, é comemorada hoje todo dia 14 de dezembro). O lorde dos Ako, Asano Naganori (1665–1701) estava no castelo dos Xogum em Edo, no dia em que foi insultado pelo chefe de Protocolo do Xogum (que não era tão diplomático), Kira Yoshinaka (1641-1701). Naganori desembainhou sua espada, um ato que trazia uma ofensa capital no castelo, e então foi pressionado pelo xogum a realizar o seppuku. No entanto, seus 47 seguidores samurais, que eram agora ronins (‘peregrinos’ ou ‘samurais sem mestre’) juraram vingança ao Yoshinaka. Aguardaram durante dois anos, até finalmente colocarem a cabeça do alvo no túmulo do falecido mestre. Os ronins foram punidos por seu crime depois de muita discussão pública, recebendo a opção de serem executados ou cometer seppuku. 46 (não se sabe explicar o último), tinham idade entre 15 e 77, decidiram aceitar o seppuku, garantindo o lendário título como os maiores seguidores do código samurai. Os ronins foram enterrados ao lado de seu mestre no Templo Sengakuji.

Samurai
Samurai
Felice Beato (Public Domain)

Declínio e Continuidade Fictícia

A importância dos samurais e dos exércitos locais foi grandemente reduzida com o estabelecimento de políticas do Xogunato Tokugawa, trazendo uma certa paz ao Japão. Dando continuidade ao processo de meio século atrás, quando foram tomadas as armas do povo rural. Com isso, muitos samurais, diante de se tornar fazendeiros pacíficos ou trabalhadores para senhores locais, sem uma guerra em cena, acabaram por se tornar professores, administradores (especialmente nas finanças), ou guias morais. Os samurais ainda apreciavam uma posição social elevada, membros da classe shi, que os colocava acima de mercadores, artesãos, e fazendeiros no sistema de classe shi-no-ko-sho. Em 1872 o recrutamento foi reintroduzido no exército Japonês, e em 1876 foi oficialmente desfeita a posição de samurai, no entanto, descendentes de samurai continuaram a ser distinguidos com o título de shizoku até a Segunda Guerra Mundial.

Samurai e suas realizações eram popularmente abordados no gunkimono ou contos do guerreiro no século XIV e Xv, que analisava nostalgicamente os períodos medievais anteriores. O século XVIII no Japão presenciou uma romantização dos samurais maior ainda. Como exemplo, a famosa linha de abertura do Hagakure por Yamamoto Tsunetomo, uma coleção de 1,300 piadas sobre os samurais, compilada em 1716 durante épocas pacíficas, afirma de forma audaciosa que ‘Bushido é o caminho da Morte.’ A reputação dos samurais permanece em crescimento hoje graças aos quadrinhos, jogos, e outras mídias, garantindo seu reconhecimento como um dos maiores grupos de guerreiros da história medieval.

This content was made possible with generous support from the Great Britain Sasakawa Foundation.

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Perguntas e respostas

O que os samurais faziam?

Os samurais foram uma classe da elite de guerreiros japoneses, que prestavam serviços militares aos nobres. Eram altamente treinados e habilidosos com a cavalaria, uso do arco e da espada. Usavam armaduras específicas e seguiam um código de honra conhecido como bushido.

Os samurais lutavam até a morte?

Muitos samurais, especialmente as classes superiores, lutaram até a morte. Se estivessem prestes a serem capturados, era comum o suicídio. Esse método de honra era o seppuku (também conhecido por hara-kiri) ou auto destripamento.

O que é o ronin no Japão?

Ronin, significa 'vagante' ou 'guerreiro sem mestre', é o termo aplicado aos samurais que não encontravam serviços militares frequentes. Os Ronin prevaleceram em particular durante os xogunatos quando o Japão estava em paz, e os guerreiros não eram mais tão necessários quanto antes.

Os samurais ainda existem?

Os samurais não existem hoje, essa classe de guerreiros Japoneses foi oficialmente encerrada em 1876.

Sobre o tradutor

Lucas Olinto
Lucas é um entusiasta pela cultura oriental. Tem como objetivo ampliar seus conhecimentos e difundí-los ao maior número de interessados possível. Atualmente reside em Campinas-Sp, e trabalha como Tradutor de Inglês para Português.

Sobre o autor

Mark Cartwright
Mark é um escritor em tempo integral, pesquisador, historiador e editor. Os seus principais interesses incluem arte, arquitetura e descobrir as ideias que todas as civilizações partilham. Tem Mestrado em Filosofia Política e é o Diretor Editorial da WHE.

Citar este trabalho

Estilo APA

Cartwright, M. (2019, julho 05). Samurai [Samurai]. (L. Olinto, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-15875/samurai/

Estilo Chicago

Cartwright, Mark. "Samurai." Traduzido por Lucas Olinto. World History Encyclopedia. Última modificação julho 05, 2019. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-15875/samurai/.

Estilo MLA

Cartwright, Mark. "Samurai." Traduzido por Lucas Olinto. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 05 jul 2019. Web. 24 dez 2024.