
A arquitetura renascentista surgiu em Itália e suplantou o estilo Gótico. Este período é, geralmente, considerado como tendo ocorrido de 1400 a 1600. Algumas características dos edifícios renascentistas incluem a utilização das ordens clássicas e proporções matemáticas precisas de altura e comprimento com um desejo de alcançar simetria, proporção e harmonia. Colunas, frontões, arcos e cúpulas são utilizados de forma criativa em edifícios de todos os tipos.
Algumas obras-primas do renascimento que influenciaram outros edifícios por todo o mundo incluem a Basílica de São Pedro em Roma, o Tempietto de Roma e a cúpula da Catedral de Florença. Outra característica distintiva da arquitetura renascentista é a proliferação de textos ilustrados sobre o tema que ajudaram a difundir ideias pela Europa e até mais além. O estilo renascentista era combinado, frequentemente, com as tradições locais em vários países e foi, eventualmente, suplantado pelo estilo altamente decorativo Barroco do século XVII em diante.
A arquitetura renascentista foi um movimento em evolução que hoje em dia costuma ser dividido em três fases:
- Renascimento Inicial (c. 1400 em diante), a primeira tentativa de reutilização de ideais clássicas;
- Alto Renascimento (c. 1500), o ressurgimento integral do classicismo;
- Maneirismo (ou seja, o Renascimento Tardio, c. 1520 a 1530 em diante) quando a arquitetura se tornou muito mais decorativa e a reutilização de temas clássicos se tornou ainda mais inventiva.
Os historiadores raramente concordam quando ocorreram exatamente estas mudanças e muito depende também da geografia, tanto a nível de países como de cidades individuais.
Estudando o passado
O período renascentista viu um grande ressurgimento de interesse na antiguidade em termos de pensamento, arte e arquitetura. O primeiro (e mais óbvio) ponto de estudo para os arquitetos renascentistas era a massa de ruínas greco-romanas ainda visíveis no sul da Europa, especialmente, é claro, em Itália. Basílicas, termas, aquedutos, anfiteatros e templos estavam em variados estados de ruína, mas ainda visíveis. Algumas estruturas, como o Panteão (c. 125 d.C.) em Roma, estavam extremamente bem-preservadas. Os arquitetos estudaram estes edifícios, mediram-nos e fizeram desenhos detalhados deles. Estudaram também edifícios Bizantinos (notavelmente as igrejas com cúpula), características da arquitetura românica e edifícios medievais. Para muitos arquitetos italianos o estilo Gótico era visto como uma invenção invasiva do Norte que "corrompera" as tradições italianas. Assim, de muitas maneiras, a arquitetura renascentista foi um regresso às raízes da Itália, mesmo que a arquitetura medieval nunca tenha sido completamente abandonada.
Um segundo ponto de estudo foram os textos que sobrevieram da antiguidade, em particular, De Architectura do arquiteto romano Vitrúvio (c. 90 - c. 20 a.C.). Escrito entre 30 a 20 a.C. o tratado combina a história da arquitetura e engenharia da antiguidade com a experiência pessoal e conselhos do autor sobre o tema. As primeiras edições impressas surgiram em Roma em 1486. Os arquitetos renascentistas debruçaram-se sobre esta obra, estudaram a enfâse na simetria e proporções matemáticas, e, em muitos casos, até tentaram reconstruir estruturas que Vitrúvio só tinha descrito por palavras. Se calhar um efeito ainda maior foi que Vitrúvio inspirou muitos arquitetos renascentistas a escreverem os seus próprios tratados (ver abaixo).
Influências contemporâneas
Os arquitetos não estudavam só o passado distante, mas também o que os seus colegas estavam a fazer em outros lugares. Desenhos e impressões espalharam novos conceitos por todo o lado de forma a que aqueles que não podiam ver os novos edifícios em pessoa pudessem estudar as tendências em desenvolvimento. Por vezes, as influências surgiam de locais inesperados. O pinto e escultor Florentino Michelangelo (1475-1564) criou algumas das obras de parte mais famosas do renascimento e estas tornaram-se extremamente influentes para os estilos artísticos posteriores. A sua reimaginação audaz e decorativa das figuras clássicas na arte também influenciou arquitetos, encorajando-os a experimentarem novas ideias no que toca à mistura de elementos clássicos e a torná-los mais decorativos. Também o próprio Michelangelo esteve envolvido na arquitetura. A sua Biblioteca Medicea Laurenziana, São Lourenço, Florença (1525) com a sua sala de leitura de 46 metros de comprimento foi uma combinação triunfal de estética e função (duas ideias inseparáveis para os arquitetos renascentistas).
Outro artista muito influente que se tornou arquiteto foi Rafael (1483-1520). Ele influenciou a arquitetura de forma semelhante, neste caso o Palácio Bronconio dell'Aquila em Roma (agora destruído). Este edifício tinha uma decoração exterior muito rica e era uma combinação nova e deliberada do arranjo convencional e funcional das colunas, nichos e frontões.
Mas ainda mais influentes que estes artistas eram os arquitetos especializados cujos edifícios, tratados e biografias difundiram as suas ideias através da Itália e da Europa. Filippo Brunelleschi (1377-1446) é uma destas figuras e é considerado o pai da arquitetura renascentista. Brunelleschi interessava-se em particular no estudo da perspetiva linear e em conseguir uma simplicidade de forma harmoniosa em edifícios que também consideravam os arredores onde eram construídos. A ênfase de Brunelleschi nas proporções clássicas, na geometria simples e na harmonia eram considerações principais no que se tornou a nova linguagem da arquitetura.
Esta linguagem da arquitetura foi definida formalmente por Sebastiano Serlio (1475-1554) no seu Sete Livros sobre Arquitetura, uma obra teórica e prática extremamente influente (ver abaixo). Serlio formulou as cinco ordens clássicas, a quinta tendo sido identificada cerca de 1450 pelo arquiteto e erudito Leon Battista Alberti (1404-1472). Estas ordens são: Toscana, Dórica, Jónica, Coríntia, e a quinta, Compósita (uma mistura de elementos Jónicos e Coríntios). Os arquitetos faziam várias experiências com estas ordens, misturando e reimaginando-as para criar edifícios completamente únicos. Os desenhadores também adicionavam outras ideias à mistura, tais como os engenhosos efeitos de perspetiva ilusória vistos principalmente nos trabalhos de Donato Bramante (c. 1444-1514) que foi considerado o pai da arquitetura do Alto Renascimento. Para compreender melhor o que cada arquiteto contribuiu para o movimento que foi a arquitetura renascentista é necessário considerar alguns dos edifícios chave do período.
Igrejas
As igrejas continuaram a ser uma parte muito importante de qualquer comunidade e uma das contribuições mais notáveis do renascimento nesta área é a cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore, em Florença, projetada e construída por Brunelleschi. Concluída em 1436, a cúpula de tijolo mede 45,5 metros de diâmetro na base, e fez da catedral o edifício maior e mais alto da Europa na altura. A cúpula foi projetada de forma brilhante e construída sem cimbramento (andaimes temporários de madeira) durante a fase de construção. Em vez disso, cada fileira circular da cúpula era concluída antes de outra ser adicionada em cima desta. A cúpula sustenta-se a si mesma graças a 8 nervuras externas e 16 nervuras internas que sobem desde a base até ao topo e criam um conjunto de arcos autossustentáveis. Como consequência deste sistema a cúpula tem uma forma pontiaguda e é composta de oito lados distintos. Outra consideração para o arquiteto era que a cúpula pontiaguda causa menos impulso lateral no tambor inferior do que uma cúpula hemisférica, dispensando assim a necessidade de apoios suplementares, tais como contrafortes desarmoniosos. Ao ser construída com tijolos dispostos em "espinha de peixe" e ao ter duplo casco a cúpula torna-se ainda mais resistente e leve. Finalmente parecia que o Renascimento tinha ultrapassado os feitos de engenharia da antiguidade.
As igrejas eram muito abundantes na Europa, mas agora muitas foram remodeladas. O problema destes projetos era como combinar a simetria da arquitetura clássica com as igrejas medievais de nave alta. Alberti encontrou uma solução: criar uma fachada composta por três quadrados de tamanho igual (um de cada lado da entrada e outro por cima com um frontão triangular). A ideia foi colocada em prática na fachada da igreja de Santa Maria Novella em Florença (concluída em 1470). A utilização de colunas e frontões aludem à fachada de um templo romano. Alberti foi ainda mais além com a fachada da igreja de São André de Mântua (projetada c. 1470). Muito semelhante a um arco do triunfo romano. Este foi o primeiro edifício monumental em estilo clássico do Renascimento. Para além disso, o interior repete o tema dos arcos com os seus pilares maciços e a abóbada de berço. O maior a ser construído desde a antiguidade.
O Tempietto de São Pedro em Roma foi projetado por Bramante e concluído em cerca de 1510. O edifício, localizado no que era considerado o local da crucificação de São Pedro, foi a primeira estrutura do Renascimento a utilizar a ordem Dórica completa da antiguidade. O design que combina ideias clássicas e cristãs é um exemplo excelente da expressão do pensamento humanista do Renascimento através da arquitetura. As 16 colunas clássicas (recuperadas de edifícios da antiguidade) não são só elegantes e simples, mas o formato circular do templo era considerado a forma perfeita para uma igreja, já que se acreditava que era a forma geométrica mais nobre de todas. Para além disso, tradicionalmente os edifícios cristãos que comemoravam os mártires eram estruturas de planta centralizada. A fachada elegante e o centro em abóbada de berço a erguer-se diretamente através de um anel de colunas para uma altíssima cúpula foi imitado em todo o lado posteriormente. Pode ser visto ainda hoje em edifícios em todo o mundo, desde a Catedral de São Paulo em Londres até ao Capitólio dos Estados Unidos.
Em 1565 Andrea Palladio (1508-1580) começou a trabalhar na igreja de San Giorgio Maggiore em Veneza, um edifício inspirado pela Basílica de Maxêncio do século IV localizada no Fórum Romano em Roma. Tal como Alberti, Palladio procurava dar uma fachada clássica a um edifício medieval irregular por trás desta. A fachada (que tem colunas assentes em bases enormes e encabeçadas por capiteis da ordem Coríntia) é composta por duas fachadas de templo entrelaçadas. Foi a solução inovadora de Palladio para cobrir um edifício inclinado com uma fachada simétrica com linhas clássicas. Em 1576, Palladio repetiu a ideia com a igreja vulgarmente conhecida como Igreja do Redentor (Cristo, o Redentor), também em Veneza. O interior é espaçoso, tendo apenas uma nave muito larga e sem corredores. Tem muito pouca decoração e é maioritariamente branca, Palladio preferiu dar personalidade à igreja ao brincar com a luz abundante que ilumina as suas colunas e arcos Coríntios. A luminosidade do interior deve-se principalmente às janelas semicirculares de vidro veneziano extremamente límpido. Ambas estas igrejas venezianas contêm elementos vistos nas termas romanas, tais como zonas abobadadas divididas por divisores de colunas.
Todas estas características da arquitetura renascentista culminaram na nova Basílica de São Pedro, em Roma. A velha basílica, construída no local que se considerava ser o túmulo de São Pedro, foi demolida. O recorde da Catedral de Florença como a maior igreja do mundo estava prestes a ser ultrapassado. Muitos arquitetos estiveram envolvidos neste projeto que se arrastou por mais de um século, mas a primeira grande contribuição foi de Bramante. A Basílica foi encomendada pelo Papa Júlio II (r. 1503-1513) e a primeira pedra foi colocada a 18 de abril de 1506. A pedra final foi colocada em 1626. O interior mede 180x135 metros enquanto a magnífica cúpula tem um diâmetro de 42 metros e ergue-se a uma altura de 138 metros do chão.
Edifícios públicos e residenciais
Um edifício público que é frequentemente citado como um exemplo típico da arquitetura renascentista inicial é o Hospital dos Inocentes em Florença de Brunelleschi (concluído em 1424). O arquiteto utilizou colunas finas para apoiarem arcos que criam uma lógia com cúpulas superficiais, algo que foi imitado na fachada de muitos outros tipos de edifícios públicos durante o século XV.
Em 1546 Palladio desenhou a nova fachada da câmara municipal de Vicenza (mais tarde veio a ser conhecida como a Basílica Palladiana). Os arcos criam o que veio a ser conhecido como a "janela Palladiana", isto é um par de colunas duplas mais curtas apoiam um arco e cada uma ladeada por uma única coluna mais alta. A ideia contribuiu para o que ficou conhecido como "movimento Palladiano" da arquitetura, por vezes chamado de Palladianismo.
Em termos de edifícios residenciais pode ser vista uma reimaginação influente das formas clássicas no Palácio Rucellai de Alberti, construído em cerca de 1450 em Florença. A fachada plana de pilastras e a simetria perfeita até inclui uma porção inferior com decoração em diamante (uma referência direta à antiga técnica Romana de construção de paredes conhecida como opus reticulatum). Este edifício foi o primeiro do Renascimento a receber uma fachada que utilizava as ordens clássicas.
Outra importante contribuição para novas ideias em edifícios privados foi de Bramante com o seu Palácio Caprini de 1501 em Roma. Ficou conhecido como a "Casa de Rafael" depois de Rafael ter começado a viver lá em 1517. Tinha um piso superior de ordens clássicas e um piso inferior rústico com fachadas de lojas em arco. Estes dois pisos combinavam-se para criar uma fachada estritamente simétrica e foi extremamente influente na construção de palácios na Itália durante os dois séculos seguintes.
Palladio também foi extremamente influente na arquitetura residencial. Ao trabalhar para ricos proprietários de terrenos em Vicenza e à sua volta, no norte de Itália, Palladio projetou villas impressionante que reimaginavam os templos da antiga Roma como residências privadas. Adicionou um grande pórtico com colunas para a entrada (ou às vezes um para cada lado do edifício), tinha uma grande divisão central encimada com uma cúpula e colocava toda a estrutura numa plataforma. O melhor exemplo é a Villa Valmarana, também conhecida como "La Rotonda", perto de Vicenza, construída em cerca de 1551. Arquitetos de uma fase posterior do Renascimento adicionavam terraços-jardins para aumentar ainda mais a experiência visual de um grande edifício residencial isolado.
Com o passar do século XVI a arquitetura renascentista transformou-se num estilo mais decorativo e inventivo, o Maneirismo. Um bom exemplo desta mudança de disposição é o pátio do Palácio Marino em Milão (concluído em 1558 d.C.), concebido por Galeazzo Alessi (1512-1572). É uma apresentação teatral de elementos clássicos quase apagada pela escultura decorativa. Compare este edifício com a simetria clássica e a austeridade de um edifício do Alto Renascimento como o Palácio Farnese em Roma (desenhado c. 1517) por Antonio da Sangallo, o Jovem (c. 1483-1546).
Por fim, os arquitetos renascentistas estiveram envolvidos em projetos menos bonitos, mas úteis como a construção de áreas de expensão de inundação, fortificações, fontes públicas monumentais e planeamento urbano.
Obras escritas sobre arquitetura
Tal como já foi referido muitos arquitetos escreveram livros sobre o tema. O De Re Aedificatoria de Alberti foi publicado em Latim em 1452 e depois no dialeto Toscano em 1456. Alberti catalogou os princípios fundamentais da arquitetura clássica e apontou como estes poderiam ser aplicados aos edifícios contemporâneos do Renascimento. Enfatizou a importância dos edifícios serem visíveis de todos os lados, que o arquiteto deveria considerar igualmente o interior e o exterior e que deveriam ser impressionantes tanto em tamanho como aparência. Este livro tornou-se uma espécie de bíblia dos arquitetos, ainda mais depois de ter sido publicado em 1485 como De Architectura. É com razão que Alberti ficou conhecido como o "Vitrúvio Florentino". As obras de Alberti também deram origem a uma discussão mais ampla sobre o papel da arquitetura na sociedade, a relação do design de um edifício com a sua função, e pôs ainda pessoas que não estavam envolvidas com arquitetura a falarem sobre o assunto.
Os Sete Livros de Arquitetura de Serlio (1537 a 1575) não só classificou as cinco ordens clássicas como referido acima, mas abordou os edifícios sobreviventes da antiguidade, teoria arquitetónica contemporânea, assim como forneceu conselhos práticos para arquitetos com base em modelos. Uma característica particular destes livros é a inclusão de uma grande quantidade de ilustrações pormenorizadas e precisas em xilogravura, muitas vezes desenhadas pelo próprio Serlio. Outro livro influente e muito lido sobre as ordens veio de Giacomo Barozzi da Vignola (1507-1573), o seu livro de 1562 Regra das Cinco Ordens de Arquitetura.
Em 1556 Palladio criou uma série de ilustrações para uma nova edição De Architectura do seu herói Vitrúvio e depois fez as suas próprias contribuições para a crescente biblioteca do Renascimento como o seu Os Quatro Livros de Arquitetura (1570). Tendo-se tornado imediatamente popular entre arquitetos esta obra foi traduzida para várias outras línguas europeias, incluindo quatro edições em Inglês entre 1663 e 1738. A obra considera materiais, as ordens clássicas, edifícios residenciais e públicos e fornece ainda reconstruções de templos romanos. Os livros ajudaram a difundir as ideias de Palladio sobre arquitetura porque apesar de se focar em arquitetura clássica o autor tendia a usar os seus próprios desenhos para ilustras as descrições.
A difusão de ideias renascentistas
As viagens de arquitetos para diferentes cidades e a difusão de obras escritas ajudaram a assegurar que a Itália não fosse a única testemunha desta revolução arquitetónica. Era frequente os livros serem traduzidos e, por isso, as 50 ilustrações de entradas extremamente decoradas dos livros de Serlio tornaram-se populares entre os arquitetos Maneiristas no Norte da Europa, por exemplo.
Os arquitetos também emigravam. Por exemplo, em 1541, Serlio emigrou de Itália para França onde trabalhou para o rei, Francisco I de França (r. 1515-1547), no projeto e na construção do Palácio de Fontainebleau. Francisco era um patrono das artes e já tinha empregado Leonardo da Vinci (1452-1519) entre 1517 e 1519, possivelmente envolvendo o italiano na conceção do seu enorme novo Castelo de Chambord. Serlio desenhou o Castelo d'Ancy-le-Franc (c. 1546) com a sua fachada de pilastras de inspiração clássica. Este castelo é um exemplo comum de como, por toda a Europa, as ideias do Renascimento eram combinadas com as tradições arquitetónicas locais em edifícios de todos os tipos, desde Antuérpia a Lisboa.
O arquiteto inglês, Inigo Jones (1573-1652), é conhecido por ter colecionado desenhos originais de Palladio depois de uma visita a Itália, e assim introduziu o seu estilo a Inglaterra. Jones desenhou estruturas grandiosas, tais como, a Casa da Rainha em Greenwich e a Casa dos Banquetes em Whitehall, Londres, ambos concebidos na segunda metade do século XVII. Os desenhos de Palladio também eram populares na Irlanda e nas colónias americanas onde os seus alpendres de entrada com colunas se tornaram uma característica comum em tudo, desde casas a bibliotecas. As ideias do Renascimento até se espalharam para outros continentes. Os Espanhóis viajaram com livros de arquitetura e depois copiaram elementos nos edifícios que erigiram no México e no Perú. Os missionários Jesuítas fizeram o mesmo na Indía e outras partes da Àsia. Enquanto isso, na Europa, o século XVII anunciava o início de um novo movimento arquitetónico que desafiava o estilo Renascentista dominado pela clacissismo. Este era o mais brincalhão e exuberante estilo Barroco.