A colonização européia das Américas foi o processo pelo qual colonos europeus ocuparam a América do Norte, Central e Sul, e as ilhas do Caribe. Hoje, reconhece-se também seu papel na erradicação e substituição de práticas culturais de diversos grupos indígenas dessas regiões.
O processo colonizatório ocorreu relativamente rápido entre 1492-1620, com colonos chegando em maior volume entre 1620-1720, tendo a migração perdurado até o início do século 20. Com a maior chegada de europeus, mais territórios eram necessários, de maneira que os nativos americanos eram forçados a recuar para reservas conforme os colonizadores europeus expandiam seu domínio sob o território.
A primeira comunidade européia na América do Norte foi estabelecida em 980-1030 pelo viking nórdico Leif Erikson (970 a.C – 980 d.C) na região de Terra Nova, na área hoje conhecida como L’Anse aux Meadows. Esse assentamento foi, contudo, temporário, e os nórdicos retornaram à Groelândia pouco mais de um ano depois, sem intenções de iniciar novas explorações na região. Ainda que artefatos nórdicos tenham sido encontrados em parte da costa leste da América do Norte, sugerindo assim algum grau de exploração, não há maiores evidências de uma presença nórdica em larga escala nas Américas.
Portanto, a colonização da região tem seu início formalmente reconhecido a partir de Cristóvão Colombo (1451-1506), cujas viagens para as Índias, América Central e do Sul e outras ilhas do Caribe, entre 1492-1504, despertaram na Europa um interesse no chamado Mundo Novo. Colombo não planejava descobrir a América, ao invés disso, procurava por uma nova rota marítima para a Ásia devido ao fechamento de rotas de comércio terrestre (Conhecidas como Rota da Seda) pelo Império Otomano em 1453, evento esse que desencadeou a Era da Descoberta. Colombo, que navegava em nome da Espanha, abriu o caminho para que colonizadores espanhóis se fixassem nas regiões que havia explorado, o que iria posteriormente levar à conquista espanhola de territórios da América Central e do Sul durante todo o século 16.
A região que o Brasil atualmente ocupa foi reivindicada por Portugal em 1500, pelo aristocrata e navegador português Pedro Álvares Cabral (aprox. 1468 – 1520), enquanto territórios que hoje pertencem ao Canadá foram reivindicadas pela França após a exploração pelo navegador e explorador florentino Giovanni da Verrazzano (1485-1528), o qual mapeou toda a costa oriental da América do Norte em 1524, levando assim à formação da colônia de Nova França em 1534.
A República Holandesa (República Unida dos Países Baixos ou República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos) fundou a colônia da Nova Holanda na América do Norte em 1614, na região em que hoje se localizam os estados de Connecticut, Delaware, Nova Jersey, e Nova York nos Estados Unidos, e em 1638 a Suíça já havia estabelecido sua colônia, Nova Suíça, em parte do que é hoje o estado de Delaware. Outras nações como Rússia, Alemanha e Escócia também tentaram estabelecer postos no Novo Mundo, mas não obtiveram sucesso.
A riqueza que a Espanha adquiriu a partir da exploração de suas colônias e do tráfico escravista de povos indígenas encorajou a Inglaterra a marcar presença no Novo Mundo. Suas duas primeiras colônias, Popham e Roanoke, falharam, mas a terceira, Jamestown, fundada em 1607 no que hoje é o estado estadunidense da Virgina, obteve sucesso. Em seguida estabeleceu-se a colônia de Plymouth, fundada em 1620 no estado estadunidense de Massachusetts, e, posteriormente, bases para controle europeu na América foram estabelecidas, apesar de conflitos periódicos. Esse controle será rompido somente durante a Guerra Franco-Indígena (1754-1763), a qual resulta numa significativa reforma e expansão do controle inglês para toda a costa do que é atualmente os Estados Unidos.
A colonização é reconhecida como processo inicial para o Intercâmbio Colombiano, termo contemporâneo criado em 1972 pelo historiador Alfred W. Crosby Jr. da Universidade do Texas em Austin, e refere-se ao intercâmbio cultural e material de animais, plantações, doenças, tecnologia e valores culturais entre a América, o Oeste africano e a Europa.
Entre as plantas mais importantes introduzidas pelos povos indígenas aos colonizadores da América do Norte está o tabaco. Este demandava uma extensa área cultivável e árduo trabalho de cultivo, o que gerou em conflitos crescentes entre europeus e nativos, uma vez que mais e mais áreas eram tomadas para a plantação em larga escala, gerando um aumento no desflorestamento. Em 1640 o escravismo já havia sido institucionalizado, seguindo o exemplo da divisão de trabalho feudal estabelecida pela Espanha em suas colônias na América, a encomienda.
A história da conquista e da colonização da América foi, em larga escala, escrita pelos vencedores, o que transforma a narrativa histórica em uma história de desbravamento movida pelo esforço, expansão da civilização e conversão de povos indígenas em cristões. Na era moderna, essa narrativa tem sido desafiada, e iniciativas propuseram reconhecer as perdas culturais e abusos de direitos humanos dos povos nativos e do oeste africano pelos colonizadores europeus porém, até o momento, nenhuma mudança significativa emergiu de tais esforços.
Colombo, Portugal e a Conquista Espanhola.
O comércio entre a Europa e a Ásia era constante desde 130 a.C, quando a Dinastia Han da China (202 a.C – 220 d.C) fundou o que hoje é chamada de Rota da Seda. Durante séculos, disputas por territórios que abarcavam trechos da Rota se tornaram comuns. Ainda que diferentes monarquias e tribos conseguissem controle de partes da Rota, eventualmente do todo, o comércio permanecia aberto, e mercadorias atravessassem-na em ambos os sentidos. No entanto, com a queda do Império Bizantino para os Otomanos em 1453, o Império Otomano optou por fechar a Rota para o Ocidente, interrompendo assim o comércio.
Os europeus, no entanto, haviam se acostumado com os itens provenientes da Ásia, de maneira que passaram a procurar rotas alternativas para o Oriente. Colombo acreditava que poderia encontrar uma nova passagem caso viajasse para oeste, e convenceu Ferdinando II e Isabella I da Espanha a financiarem sua expedição. Assim, sua primeira viagem partiu em 1492. Colombo atracou em Bahamas, crente de que a primeira ilha que conquistava para a Espanha era parte de um arquipélago próximo da costa chinesa. Planos para suas três viagens seguintes incluiriam esforços para encontrar uma passagem na região que levasse à Ásia. Porém, após a primeira expedição, o interesse espanhol estava fragmentado entre a busca por uma rota para o Oriente e a colonização e exploração do novo território encontrado.
Colombo e sua tripulação realizaram a primeira expedição em três navios. Sua segunda expedição, em 1493, mais do que quintuplicou em tamanho, e consistia em 17 naus, as quais continham colonizadores, soldados, padres e grandes Mastiffs (uma raça de cachorro de largo porte) com o intuito de intimidar os povos nativos. Colombo, seguindo seu acordo com Ferdinando e Isabella, se tornou governador de uma nova colônia e estabeleceu o sistema de encomienda, no qual colonos espanhóis delimitavam uma área considerável da terra e ofereciam proteção aos nativos, principalmente deles mesmos, em troca de trabalho servil.
Em 1500 Cabral reivindicou o que é o atual Brasil, e uma colônia seria estabelecida em 1530. Os portugueses mostraram tanto apreço pelos nativos quanto Colombo, e não demoraram a escravizá-los. Ao descobrir que os povos nativos não possuíam imunidade contra doenças europeias, de maneira que morriam rapidamente após contraí-las, e que não possuíam inclinação para um esforço contínuo, eles importaram escravos da costa oeste da África. Em 1540, somados os esforços de Colombo e Cabral, estima-se que 90% da população indígena local havia sido dizimada.
Colombo havia prometido a Ferdinando e Isabella a presença de ouro do Novo Mundo. Quando a promessa não se realizou, foram mandados outros exploradores. Hernán Cortés (1485 – 1547) está entre um dos mais famosos, conhecido pela conquista do Império Asteca do México entre 1519 – 1521. Pedro de Alvarado (aprox. 1485 – 1541), comandante de Cortés, forçou a retração dos Maias para o norte em 1523, algo que o prévio conquistador Cordoba nunca completou. No entanto, o processo de conquista somente será concluído em 1697, quando o conquistador Martín de Ursúa (1653 – 1715) esmagar a última resistência Maia.
Nesse momento, as culturas maias de Yucatex e Quiché (ou K’iche’) haviam sido marjoritariamente destruídas, e os poucos agrupamentos restantes foram forçados a recuar para o subsolo. Livros e ícones dos Maias de Yucatán, México, foram queimados pelo bispo Diego de Landa em Mani em 1562, e o livro sagrado dos Quiché, o Popol Vuh, datado entre 1554 – 1558, afirma ter sido escrito em segredo como tentativa de preservar o que já fora perdido para os conquistadores espanhóis.
A expansão do domínio espanhol prosseguiu em ritmo acelerado para todas as direções, tendo como motivação a busca dos europeus por ouro dentro do contexto do metalismo. Eventualmente, foram conquistadas territórios no sul dos Estados Unidos, na América Central e do Sul. Na região da atual Venezuela, Francisco Pizarro (aprox. 1476 – 1541), consolidou a derrota dos Incas em 1532, sendo que a última resistência inca foi esmagada em 1572. Uma vez que os povos indígenas haviam sido dizimados, vendidos como escravos ou então removidos por outros meios, colonizadores europeus finalmente puderam se estabelecer em suas terras.
França e os holandeses
A colonização da Nova França foi iniciada no atual Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491 – 1557) em 1534. A França também reivindicou territórios no atual estado de Lousiana nos Estados Unidos, na América do Sul, Caribe e diversas outras regiões. A missão de Cartier, assim como a de Colombo, era navegar pela passagem para a Ásia e retornar para a França com ouro.
Em sua primeira viagem, ele e sua tripulação sequestraram dois filhos do chefe de uma tribo Iroquois, Donnacona. Cartier retornou em 1535 com três navios, os dois filhos (que seriam devolvidos ao seu pai em troca de uma miríade de artefatos) e planos para um assentamento que seria inteiramente consolidado em sua terceira viagem em 1541. Cartier nomeou o novo território Canadá, da palavra Katana dos Iroquois que significa vila.
Cartier tinha certeza, baseado no que acreditava que Donnacona havia lhe dito, que o Canadá era uma terra fervilhante de ouro. Sua crença era tão incisiva que chegou ao extremo de sequestrar o Chefe Donnacona e levá-lo à França, para que ele então falasse à corte pessoalmente sobre as supostas riquezas do território. Tal insistência garantiu que mais colonos e interessados chegassem na região a partir de 1542. Os franceses não tinham interesse na escravização dos indígenas, e optaram por realizar negociações de maneira que os nativos os supriam com peles animais e outros objetos que seriam vendidos na Europa.
Os holandeses iriam também reivindicar partes do sul do Canadá, assim como a região do atual Vale do Rio Hudson, no estado de Nova York nos Estados Unidos, através dos esforços da Companhia Holandesa das Índias Orientais, que, assim como outras, procurava uma rota para a Ásia (essa esquiva rota, nunca encontrada porque não existe, veio a ser conhecida como Passagem Noroeste). No caminho, também colonizariam a América do Norte. O explorador Henry Hudson (Hendrick Hudson, aprox. 1565 – 1611) mapeou e reivindicou regiões para a Companhia Holandesa das Índias Orientais em 1609. Colônias seriam continuamente estabelecidas, até que em 1614, Nova Amsterdã (atual Manhattan nos Estados Unidos) foi consolidada.
Primeiras colônias inglesas.
A Inglaterra, impressionada com as riquezas que a Espanha havia conquistado com o Novo Mundo, considerou estabelecer suas próprias colônias. Optou, no entanto, por financiar navios piratas para interceptar naus espanholas que retornavam da América para assim se apropriar de sua carga. Dentre os piratas contratados está Sir Francis Drake (aprox. 1540 – 1596), conhecido pelos espanhóis como O Dragão devido à ferocidade de seus ataques, tanto em assentamentos no Panamá quanto nos contínuos entraves contra navios espanhóis.
Os ingleses, no entanto, perceberam que os ataques aos navios espanhóis seriam mais eficientes se partidos da América, ao invés da Inglaterra, como estava sendo feito até então. Portanto, a Rainha Elizabeth I da Inglaterra (r. 1558 – 1603), que financiara as missões de Drake, designou a seu amigo e confidente Sir Walter Raleigh (aprox. 1552 – 1618) a missão de enviar uma expedição para reivindicar quaisquer terras na América que não estavam sob domínio de qualquer bandeira europeia.
A Expedição Amadas-Barlowe, 1584, tinha como objetivo de encontrar territórios que se encaixassem nessa categoria, e foi liderada pelos capitães Philip Amadas e Arthur Barlowe. A expedição retornou ainda no mesmo ano e relataram a Raleigh, que então contou a Elizabeth, que eles haviam encontrando uma terra próspera, repleta de nativos amigáveis, e que haviam nomeado Virgínia em honra a Elizabeth, a rainha virgem.
Devido a uma tempestade que impediu que os navios atracassem no continente, o primeiro assentamento foi estabelecido em 1585 na Ilha Roanoke, sob o comando de Ralph Lane (m. 1603). Os nativos locais se mostraram amigáveis, porém com os mantimentos dos colonos em constante queda e sem uma recíproca do auxílio oferecido, os nativos se tornaram relutantes em sua ajuda. Lane atacou e matou o chefe local. Posteriormente, com alimentos em falta e sobrepujados pelos nativos, os colonos aceitaram uma carona de volta para casa com Francis Drake, que estava passando por perto após outro ataque aos espanhóis.
Uma segunda expedição foi enviada em 1587 sob o comando de um John White, o qual levou sua família e mais outros 117 colonos, grupo principalmente composto por famílias, sob a promessa de terras. Como ocorrera anteriormente, os colonos rapidamente sofreram com falta de alimento, porém dessa vez os indígenas não foram tão amigáveis e nenhuma ajuda foi oferecida. White retornou à Inglaterra em busca de mais mantimentos, e devido à más condições de tempo e outros atrasos, não retornou até 1590, quando descobriu que todos os colonos haviam partido, dando a Roanoke o epitáfio de “a colônia perdida”.
Um dos motivos que colaborou para que White demorasse a retornar foi a ameaça que os navios espanhóis passaram a apresentar. A Espanha, cansada da pirataria financiada pelos ingleses, orientou seus navios a atacarem a raiz do problema. Assim, em 1588 reuniu sua frota, composta por 132 navios, 17.000 soldados e 7.000 marinheiros, e partiu para invadir a Inglaterra. Seus esforços foram interceptados por Drake e outros piratas, que lançaram em sua direção navios flamejantes, os quais incendiaram as naus espanholas. Por fim, uma tempestade surpresa rompeu com a formação dos navios. Somente metade da frota conseguiu retornar para a Espanha.
Elizabeth I morreu em 1603, e a coroa foi assumida por James VI da Escócia, que se tornou James I da Inglaterra (r. 1603 – 1625). Com a ameaça espanhola removida, novos planos foram feitos para colonizar o Novo Mundo, e expedições foram enviadas em 1606: uma fundada pela Companhia de Londres (também conhecida como Companhia da Virgínia) e outra pela Companhia Plymouth, ambas as quais receberam autorização do Rei James I para estabelecer colônias em diferentes regiões da América do Norte. A expedição da Companhia Plymouth fundaria a Colônia Popham em 1607, na região do atual estado do Maine nos Estados Unidos, mas que falhou pouco mais de um ano depois. A colônia da Companhia da Virgínia tornaria-se Jamestown, também fundada em 1607, a qual, apesar de dificuldades, se tornou a primeira colônia permanente da Inglaterra na América do Norte.
Conclusão
A colônia de Jamestown mal sobreviveu aos seus primeiros anos, perdendo 80% de sua população ao decorrer de apenas alguns meses. Isso ocorreu principalmente porque a maior parte dos integrantes da expedição eram aristocratas de classe alta, que se recusavam a trabalhar para se alimentar; ou trabalhadores de classe baixa que não possuíam experiência na agricultura. A colônia foi salva pelo Capitão John Smith (1580 – 1631), um soldado, marinheiro, e aventureiro que famosamente declarou “aqueles que não trabalham, não comem”. Ele conseguiu organizar os sobreviventes de maneira que desenvolvessem autonomia, ao mesmo tempo que estabeleceu uma relação cordial com a tribo Powhatan, sem a qual os colonos teriam perecido pela fome.
Smith retornou à Inglaterra em 1609, e a colônia sofreu com sua ausência, passando pelo que é chamado de Era da Fome, na qual os habitantes tiveram que recorrer ao canibalismo. Um navio, Sea Venture, estava a caminho para fornecer mantimentos quando foi desviado de sua rota e afundou em Bermuda em 1609. Com nenhuma ajuda a caminho e sem alimento, os colonos estavam prestes a abandonar o assentamento e retornar para a Inglaterra quando, em 1610, navios chegaram carregando mantimentos e três homens que iriam mudar a sorte da colônia. Eram eles, John Rolfe (1585 – 1622, que posteriormente iria se casar com a famosa Pocahontas, aprox. 1596 – 1617), Sir Thomas Gates (aprox. 1585 – 1622, o futuro governador), e Thomas West, Lorde de La Warr (1577 – 1618).
De La Warr impediu que colonizadores desesperados partissem e organizou a colônia, enquanto Gates lidou com a administração do cotidiano, e Rolfe introduziu um novo tipo de semente de tabaco que ele previu que se adaptaria bem ao solo da Virgínia e seria popular na Europa. Rolfe estava correto, e a safra de Tabaco não somente salvou a colônia, mas também encorajou outros na Inglaterra a viajar para o Novo Mundo. A nova safra, no entanto, demandava largas extensões de terra para um melhor cultivo e rendimento, de maneira que a chegada posterior de Sir Thomas Dale (aprox. 1560 – 1619), organizou a remoção da tribo Powhatan. A princípio, a servidão contratada forneceu o trabalho necessário para o cultivo do tabaco, mas quando esta passou a criar muitos problemas foi substituída pela escravidão institucionalizada.
Em 1619, a Casa de Burgesses foi pela primeira vez convocada, se tornando a primeira assembleia de ingleses da América do Norte a se reunir a estabelecer leis. Esse evento é tradicionalmente reconhecido como uma das primeiras expressões da democracia no Novo Mundo, ainda que seja reconhecido que tribos nativas americanas tenham praticado uma forma democrática de governo por anos antes dessa data.
O sucesso de Jamestown encorajou a fundação da colônia de Plymouth em 1620 pelos Separatistas Puritanos, sob comando de Edward Winslow (1595 – 1655) e William Bradford (1590 – 1657), os quais se autodenominaram peregrinos em busca de uma terra sagrada na qual poderiam cultuar de maneira livre. Jamestown seria eventualmente abandonada e esquecida, mas a colônia de Plymouth, ainda que dure somente até 1691, irá viver no imaginário nacional estadunidense, inspirando assim imagens de agradecidos peregrinos e prestativos nativos, e se tornará o mito fundacional do que será os Estados Unidos da América.