Freya Stark

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Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 30 junho 2021
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, italiano, espanhol
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Shibam (by Will De Freitas, CC BY-NC-ND)
Shibam
Will De Freitas (CC BY-NC-ND)

Freya Stark ( 1893-1993) foi uma exploradora, escritora e influenciadora política inglesa que registrou eventos mundiais, especialmente no Oriente Próximo, durante o século XX. Ela tanto reportou quanto produziu notícias, já que suas viagens, descritas nas obras que escreveu, a tornaram uma autora célebre.

Um dos biógrafos de Stark, Jane Fletcher Geniesse, afirma que "Freya nunca perdeu a extasiada sensação de que a Terra e tudo que há nela são uma maravilha" (xvii). Após um grave ferimento durante a infância, a leitura tornou-se uma forma de escape e conforto. Histórias de lugares distantes e aventuras a eletrizavam e ela jurou que um dia visitaria os lugares sobre os quais lia em seus livros.

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Por toda a sua vida, Freya buscou o que classificava como o "êxtase da descoberta", sempre procurando a próxima aventura em algum lugar novo e com pessoas diferentes para se encontrar. Frequentemente, era a primeira ocidental a visitar áreas isoladas no Oriente Próximo e a primeira a descrever acuradamente os povos que ali viviam e seus costumes. Stark começou a viajar em 1912 e ainda estava partindo para viagens após completar 80 anos. Sua influência em outros viajantes e escritores, especialmente mulheres, foi profunda e permanece até os dias atuais.

Vida Pregressa

Freya Stark nasceu em 31 de Janeiro de 1893, em Paris, onde Robert e Flora, seus pais ingleses e boêmios, viviam enquanto estudavam pintura. Ela tinha uma irmã mais nova, Vera, e as duas crianças passaram a infância em vários endereços de acordo com os caprichos dos pais. A menina viveu em Devon, na Inglaterra, numa casa que seu pai (que pode não ter sido seu pai biológico) construiu e na qual ela iria dormir numa cama pintada por sua mãe com imagens de grandes navios a vela. Porém, muito da sua infância foi passada entre a Inglaterra e a Itália.

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Freya começou a ler cedo e, quando tinha nove anos, recebeu uma tradução de Mil e Uma Noites que instantaneamente a deixou maravilhada.

Seus pais tinham um casamento infeliz, que terminou quando Flora fugiu em 1903 com um jovem italiano, o Conde Mario di Roascio, e levou as meninas consigo. Freya cresceu em Dronero, na Itália, onde sua mãe e o namorado dirigiam uma fábrica de tapetes. Havia pouco o que fazer na vila e as meninas receberam somente uma educação rudimentar das freiras que viviam nas proximidades. A futura exploradora começou a ler cedo e, quando tinha nove anos, recebeu uma tradução de Mil e Uma Noites, que instantaneamente a deixou maravilhada e chamou sua atenção para a Arábia e todos os lugares mágicos que pareciam haver ali.

Pouco antes do seu aniversário de 13 anos, enquanto visitava a fábrica de sua mãe, seu cabelo enroscou-se numa máquina, que rasgou seu couro cabeludo e arrancou sua orelha direita. Freya precisou suportar dolorosos transplantes de pele para reparar o rosto e couro cabeludo e a partir daí sempre pensou em si mesma como uma pessoa desfigurada. Seu consolo eram os livros e os mundos que eles desvendavam. Ela sonhava em deixar Dronero para trás, mas não tinha recursos para viajar.

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Viagens e Línguas

Viajar estava em seu sangue, porém, e mais tarde ela escreveu que "há uma certa loucura que toma conta de alguém à mera visão de um bom mapa", mas Freya não dispunha de meios sequer para uma viagem curta, ainda mais para as grandes aventuras com a qual sonhava. Em 1912, seus pais autorizaram que ela deixasse a Itália para a universidade em Londres, onde ela se concentrou nos estudos sobre línguas (iria com o tempo ser fluente em Inglês, Italiano, Francês, Árabe e Persa). Quando a Primeira Guerra Mundial estourou em 1914, voltou para casa e serviu no VAD (sigla em inglês para Voluntary Aid Detachment, Destacamento de Apoio Voluntário), como uma enfermeira no front italiano, cuidando dos feridos.

Com o fim da guerra, Freya começou a fazer planos para viajar para o leste. Ela sabia que tinha de aprender árabe, porém, para uma experiência cultural mais completa. O único homem que poderia lhe ensinar esta língua vivia a várias milhas de sua casa, mas isso não foi obstáculo; duas vezes por semana, Freya caminhava por uma hora até a estação ferroviária, que a levava até San Remo, de onde caminhava por mais duas milhas até a residência do seu professor. Não muito tempo depois, ela estava lendo o Corão em árabe.

The Arabian Nights
As Noites Árabes
K.C. Tang (Public Domain)

A futura exploradora tinha recebido uma soma em dinheiro de seu pai, que ela investiu cuidadosamente. Os lucros geraram uma renda de aproximadamente 300 libras por ano. Contrariando o conselho de seu banqueiro, ela investiu investiu quase tudo que tinha num empreendimento que tanto ele quanto o pai consideravam arriscado demais: a Canadian Grand Trunk Railway, uma ferrovia canadense. Os instintos de Freya, contudo, provaram-se acertados e o retorno do investimento foi suficiente para finalmente conseguisse viajar. O banqueiro ficou tão impressionado pela sua confiança (conforme lhe contou tempos depois) que todos os funcionários do banco seguiram seu exemplo e tiveram um excelente retorno.

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Numa estranha reviravolta do destino, que os amigos e conhecidos acharam escandalosa, sua irmã Vera acabou se casando com o Conde di Roascio, o mesmo que tinha sido o amante de sua mãe. Quando Vera e o conde se casaram, Flora recusou-se a deixar a residência na qual viviam e manteve sua posição como chefe da casa, relegando Vera à condição de uma espécie de criada em seu próprio lar. Vera morreu de um aborto em 1926 e Freya, temerosa de que sua mãe pudesse aprisioná-la na mesma espécie de prisão na qual sua irmã tinha morrido, fez reservas num navio para o Líbano e deixou a Itália um ano depois, em 1927. Ela retornaria à Itália para cuidar de sua mãe e da sobrinha, mas por enquanto estava finalmente livre para viajar conforme desejava.

O Oriente Próximo

Seu principal interesse era continuar o estudo da língua árabe e viajar pelo simples prazer de viajar.

Ela achou o povo de Beirute amistoso e acolhedor, afirmando que isso se dava porque a recém-chegada não tinha vindo "nem para desenvolvê-los nem para roubá-los". Seu principal interesse era continuar seu estudo da língua árabe e viajar pelo simples prazer de viajar. Porém, por toda a sua vida ela teve uma saúde precária e chegou à cidade em mau estado. O clima quente, contudo, fez com que melhorasse. Freya começou a explorar a área tão logo se sentiu disposta, viajando através do Líbano e Síria. A Síria, nesse período, estava sob controle dos franceses, que reprimiam brutalmente os nativos drusos e restringiam severamente os deslocamentos. Stark recusou-se a ser controlada pelo que considerava como leis arbitrárias, decretadas por uma força ocupante ilegal, e contratou um guia druso para conduzi-la, junto com sua amiga, Venetia Buddicom, para explorar a região a partir de Damasco.

Rapidamente foram presas pelos franceses e ficaram detidas por três dias, mas com sua inteligência e carisma habitual, Freya encantou os soldados franceses tão completamente, com seu francês fluente, que as duas mulheres - e, numa escala menor, o guia - foram tratadas mais como hóspedes do que prisioneiras da instalação militar. A detenção pelos franceses a fez ser mais do que bem-vinda junto aos drusos com os quais se encontrou mais tarde, permitindo-lhe uma melhor percepção do povo e sua cultura que teria sido difícil ou impossível de outra forma. Nesta ocasião, como em muitas outras, a exploradora foi capaz de transformar um evento desfavorável em algo positivo e fazer amigos de potenciais adversários.

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Primeiros Livros

Seu primeiro artigo foi publicado em 1928 (sob o pseudônimo Tharaya, que em árabe significa "Ela que ilumina o mundo"), e seu primeiro livro, Baghdad Sketches (Cenas de Bagdá), em 1933, relatando suas explorações no Iraque. O segundo, intitulado The Valley of the Assassins and Other Persian Tales (O Vale dos Assassinos e Outros Contos Persas), de 1934, traz suas experiências no Irã em 1929 e, especialmente, nas remotas Montanhas Elburz (ou Albroz), onde visitou o castelo do culto dos Assassinos.

Para alcançar as montanhas ela tinha somente alguns mapas improvisados, fornecidos pelo seu amigo, Capitão Vyvyan Holt (que substituiu Gertrude Bell como Secretário do Oriente do governo britânico), que lhe havia sido apresentado por conhecidos mútuos. Junto com estes mapas imprecisos, Freya também contava com o apoio de dois guias que não faziam ideia de onde se encontrava a Rocha de Alamute, o castelo dos assassinos, já que nenhum dos dois tinha tido a oportunidade de visitá-lo.

The Assassins Alamut Castle, Iran
O Castelo dos Assassinos Alamute, Irã
Alireza Javaheri (CC BY)

Stark não se preocupou; para ela, alcançar o castelo não era tão importante quanto a aventura de chegar até lá. Ela vadeou através de correntes impetuosas, atravessou campos repletos de flores selvagens, dormiu numa tenda fina, sob uma rede para pernilongos, com seus guias de cada lado e escalou até 3.124 metros de altitude para vislumbrar toda a extensão da cadeia de montanhas.

Ela constatou imediatamente que os mapas oficiais estavam incorretos, inclusive colocando a cadeia de montanhas no lado errado do vale, e prontamente os corrigiu. Quando retornou das viagens com os mapas revisados, o Capitão Holt e seus colegas a recomendaram por seu "trabalho corajoso" e eventualmente ela foi premiada com a Medalha de Ouro do Fundador pela Royal Geographical Society (Sociedade Geográfica Real) por suas contribuições.

Viagem e Doença

Por toda a década de 1930, Stark continuou a viajar, escrever e publicar. Seus trabalhos eram imensamente populares, com traduções para várias línguas. Viajou pelo Luristão, no Irã, fotografando e e falando com os Lures, uma cultura virtualmente desconhecida para o mundo exterior na época. A exploradora ouviu histórias a respeito de um grande tesouro de ouro, estátuas e pedras preciosas raras escondidas em uma caverna próximo à cidade de Nihavend (Nahavend) e decidiu encontrá-la com a ajuda de um guia que, a exemplo de ocasiões anteriores, desconhecia a caverna e como localizá-la.

Ela se separou do guia para fazer uma busca por conta própria, mas foi trazida de volta pela polícia local. Indo em busca do que chamou de "um adorável vazio no mapa", partiu então para província iraniana de Masandera (Mazandarão), no Mar Cáspio, para preenchê-lo pessoalmente. Porém, no caminho contraiu disenteria e malária e teria morrido se não fosse pela intervenção de uma mulher local que atuava como curandeira.

Shabwa
Shabwa
BluesyPete (CC BY-SA)

Uma vez recuperada, ela se dirigiu a Shabwa, no Iêmen, um antigo centro de comércio e oásis célebre pela sua associação com o olíbano. Ao contrário de sua expedição anterior a Alamut, nenhum europeu já havia visitado Shabwa. Desta vez ela estava acompanhada de duas arqueólogas e chegou à cidade de Shibam (ou Xibã), "a mais antiga cidade de arranha-céus do mundo" antes que, uma por uma, caíssem doentes com febre. A exploradora tinha contraído sarampo logo antes de partir e ficou seriamente enferma. Precisou ser levada de avião pela RAF (Royal Air Force, a força aérea britânica) para instalações hospitalares em Aden, o que logo se tornou a manchete do dia, quando a mídia soube que a famosa exploradora e escritora Freya Stark tinha escapado da morte por pouco.

Influência como Escritora

Os livros eram tão populares não somente por causa dos temas exóticos abordados, mas por sua voz excepcional. A narrativa nas obras de Stark é vívida quando relata suas aventuras por sítios antigos e maravilhas naturais mas, como muitos dos melhores autores de livros de viagem, seu maior dom é descrever os momentos do cotidiano, como uma conversa noturna ao pé do fogo; a ocasião em que um homem veio lhe pedir medicamentos para sua mulher adoentada; o odor da brisa de uma manhã fresca antes de iniciar o dia caminhando através do deserto; ou um instante de silêncio, sozinha, fitando uma paisagem de flores, colinas e riachos nas montanhas distantes.

Além destas reflexões, cenas do cotidiano e das pessoas com as quais se encontrava, a autora rotineiramente condenava a interferência ocidental na política regional. Seus comentários sobre os mandatos ocidentais eram baseados no testemunho ocular de fatos como o uso pelos franceses de trabalhadores drusos para seus projetos de construção, assinalando a injustiça da virtual escravização das populações locais.

A Irmandade da Liberdade

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, Stark entrou como voluntária para a Seção de Propaganda Britânica do Oriente Médio do Ministério da Informação e entrou escondida no Iêmen com um projetor e algumas latas de filme. Seu objetivo era evitar que o Iêmen se aliasse à causa nazista. Como mulher, tinha livre acesso aos haréns dos chefes e Freya pensou que, mostrando os filmes de propaganda para as senhoras da corte, poderia influenciar os homens no controle.

Ela formou a Irmandade da Liberdade, uma rede de britânicos e árabes que disseminava os ideais de liberdade individual e igualdade.

Seu plano funcionou e o Iêmen permaneceu neutro, negando aos nazistas um terreno estratégico que tinham planejado usar em sua ofensiva. Ela então formou a Irmandade da Liberdade, uma rede de britânicos e árabes unidos que disseminavam os ideais da liberdade individual e igualdade e cujos números ascenderam até 40.000 membros.

A Irmandade da Liberdade é geralmente considerada como instrumental para solidificar a lealdade egípcia e árabe à causa aliada durante a guerra. Stark viajou extensivamente por todo o Oriente Médio neste período, como parte de seu trabalho. Mais de uma vez contou com sua inteligência e com a percepção masculina das mulheres para chegar até onde queria e se manter longe de problemas.

Stark no Irã

Um exemplo famoso disso ocorreu em Abril de 1941, quando o governo do Iraque aliou-se à causa nazista. A exploradora estivera em Teerã e viajava de volta à Embaixada Britânica em Bagdá quando foi detida na fronteira entre os dois países. Os cidadãos britânicos não tinham mais permissão de viajar livremente, disseram-lhe, e por isso ela seria presa. Aprisionada na casa de repouso da ferrovia, enquanto os guardas decidiam o que fazer com ela, a exploradora ouviu que outros detidos tinham sido enviados para campos de detenção.

Imediatamente ela empregou todo o seu charme e convenceu o guarda a lhe trazer chá. Quando o chá foi trazido, ele não pôde resistir ao convite para sentar-se com ela enquanto conversavam e apreciavam a bebida. Stark pediu sua ajuda para um problema que, como um homem refinado, conforme ela o definiu, sabia que seria capaz de entender: era simplesmente impossível para ela, como uma senhora, permanecer em custódia sem uma criada adequada para uma dama. O guarda não aquiesceu de imediato, mas a exploradora continuou a argumentar, com persistência, elogiando-o como um homem civilizado que certamente compreendia como as mulheres eram fracas e incapazes e o que seria sua obrigação, como um cavalheiro de elevada educação.

O guarda a libertou e conseguiu-lhe uma viagem de trem até Bagdá; ao chegar, ela deu um jeito de obter uma carruagem puxada por cavalos que a levou até a embaixada. Foi a última pessoa admitida ali antes do início do Sítio de Bagdá. Numa reflexão dos muitos momentos durante sua vida em que conseguiu o que queria interpretando o papel de uma donzela indefesa, Stark afirmou que "o grande e quase único conforto de ser mulher é que se pode sempre fingir ser mais estúpida do que os demais e ninguém ficará surpreso" (Geniesse, 136).

Casamento e Viagens Adicionais

Após uma turnê de palestras pelos Estados Unidos, Freya voltou à Itália para um chalé em Asoso, que tinha herdado há muitos anos de Henry Young, um velho amigo da família. Ela usou o chalé como um base doméstica da qual partia para suas viagens após a guerra. A exploradora casou-se com um homem chamado Stewart Perowne em 1947, mas rapidamente se separou (nunca se divorciaram), pois decidiram que eram melhores como amigos do que como amantes.

Villa Freya, Asolo
Villa Freya, Asolo
F. Tronchin (CC BY-NC-ND)

Em 1951, aos 58 anos, ela viajou pela Grécia, Turquia e Síria. Na maior parte do tempo, esteve sempre distante de casa pelos quatorze anos seguintes. Após completar 70 anos, viajou pela China e quando completou o 76° aniversário esteve em algumas das mais remotas áreas do Afeganistão. Na década de 1970, explorou o Nepal montada num pônei. Foi nomeada Dama do Império Britânico em 1972.

Stark vivia em seu pequeno chalé em Asolo, escrevendo seus livros (iria publicar mais de duas dúzias) e entretendo seus convidados sempre que não estava viajando. Em 1984, a vila conferiu-lhe a chave da cidade, como sua mais ilustre cidadã. Ela permaneceu escrevendo e recebendo visitantes pelos próximos nove anos até sua morte em 9 de Maio de 1993, poucos meses depois do 100° aniversário.

Conclusão

Numa carta a um amigo em 1929, Stark afirmou: "Uma vida é uma concessão absurdamente pequena" mas, como tudo que lhe foi oferecido, ela fez o melhor possível com o que tinha disponível. A exploradora queria ser amada e se casar (chegou a se chamar "Senhora Stark" após sua separação de Perowne), mas compreendeu que não poderia ter tudo - e que uma vida convencional poderia significar conformar-se com menos do que seu ideal.

Os críticos assinalam que as conquistas reais de Stark como exploradora foram tecnicamente mínimas: ela não foi a primeira europeia a vistar ou escrever a respeito das Montanhas Elburz, não conseguiu alcançar Shabwa por causa da doença, teve o acesso aos tesouros do Luristão impedido pelas autoridades e, em várias outras ocasiões, falhou em seus objetivos imediatos.

Ela teve sucesso, contudo, em transmitir a vitalidade e o povo da região e em legar uma crônica do Oriente Médio na primeira metade do século XX com uma voz que ainda mantém todo o charme e vigor que a tornou famosa por toda a sua vida. Em todos os aspectos, Freya Stark viveu sua vida integralmente, através da concessão que recebeu - os cem anos inteiros dela - e até mesmo ganhou o amor que desejava através de sua obra, que tocou a vida de tantos em todo o mundo e continua a fazê-lo até hoje.

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Bibliografia

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2021, junho 30). Freya Stark [Freya Stark]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-19900/freya-stark/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Freya Stark." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação junho 30, 2021. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-19900/freya-stark/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Freya Stark." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 30 jun 2021. Web. 20 dez 2024.