Jacques Necker (v. 1732-1804) foi um banqueiro e estadista suíço que serviu como ministro das Finanças do rei Luís XVI da França (r. 1774-1792). Ele atuou no ministério do rei em três ocasiões distintas, encarregado de tirar a França de sua terrível crise financeira. Inicialmente popular entre o povo, Necker desempenhou um papel significativo no início da Revolução Francesa (1789-1799).
Partindo de uma origem humilde em Genebra, Necker se tornou um dos homens mais poderosos da França após a nomeação como diretor-geral do tesouro real, em 1777. Determinado a não aumentar os impostos durante a Guerra Revolucionária Americana, ele manteve a nação à tona contraindo empréstimos no estrangeiro. O ministro alcançou ampla popularidade ao tornar públicas as finanças reais e tornou-se tão amado que sua demissão, em 11 de julho de 1789, representou um grande catalisador para a Queda da Bastilha (ou a Tomada da Bastilha). Ele logo foi reintegrado, mas nunca mais alcançou os mesmos níveis de popularidade, já que sua terceira e última renúncia, em 1790, foi recebida com indiferença geral.
Carreira Inicial
Jacques Necker nasceu no dia 30 de setembro de 1732, na República de Genebra, atual Suíça. Seu pai, Charles-Frédéric Necker, um advogado natural de Neumark, na Prússia, tornou-se cidadão de Genebra em 1726, depois de ter sido eleito professor de direito na cidade. Jacques e seu irmão mais velho, Louis, foram criados como calvinistas e receberam uma educação aprimorada. Ele interrompeu os estudos, porém, quando um amigo de seu pai lhe ofereceu uma posição de funcionário no banco de Thellusson e Vernet, em Paris. Embora tivesse apenas 15 anos, Necker aceitou o cargo e partiu para sua nova vida na França.
Uma vez na França, era improvável que tivesse um grande progresso. Em uma nação onde se requeria de todos os súditos do rei a fé católica, um protestante como Necker já se encontrava em desvantagem. Para piorar as coisas, ele era tímido e ainda precisava concluir sua educação formal. Ainda assim, desde muito jovem, Necker mostrou-se bastante ambicioso e não precisou esperar muito para provar seu valor. Um dia, o funcionário-chefe de seu banco adoeceu e não pôde comparecer a uma importante reunião de negócios. Sem mais ninguém disponível, Necker foi enviado em seu lugar, com ordens estritas para seguir instruções específicas. Durante as negociações, ao avaliar os detalhes da transação, Necker decidiu confiar em seus instintos em vez das orientações de seu empregador. Sua aposta valeu a pena e o banco um lucrou meio milhão de livres [moeda francesa da época]. Impressionados, seus empregadores logo o transferiram para a sede do banco em Paris. Mal chegando aos 20 anos, ele estava no caminho rápido para o sucesso. Necker revelou-se um banqueiro extremamente hábil. Ele especulou com fundos públicos, comércio de grãos e títulos britânicos durante a Guerra dos Sete Anos, o que lhe permitiu conquistar rapidamente uma grande riqueza. Em 1762, quando um dos sócios do banco se aposentou, Necker ocupou seu lugar como sócio júnior, administrando a filial de Paris.
Nessa época, ele começou a cortejar Suzanne Curchod, filha de um pastor que até recentemente estava noiva do escritor britânico Edward Gibbon (1737-1794). Necker e Suzanne se casaram em 1764. Dois anos depois, Suzanne deu à luz sua filha, Anna Louise Germaine, que, mais conhecida como Madame de Staël (1766-1817), cresceria para se tornar uma famosa escritora, teórica política e uma destacada salonnière [anfitriãs dos salões com a presença de artistas e intelectuais nos séculos XVII e XVIII]. Com o incentivo de Suzanne, Necker acabou deixando o banco para buscar um cargo no serviço público. Em 1768, tornou-se diretor da malfadada Companhia Francesa das Índias Orientais, que perdeu seu monopólio na Índia e faliu no ano seguinte. Ainda assim, tratava-se de um respeitável degrau para a vida pública e Necker conseguiu, inclusive, aumentar sua própria fortuna com a venda dos navios e mercadorias da companhia. Com capital entre 6-8 milhões de livres, ele começou a fazer empréstimos ao governo francês.
Em 1773, Necker destacou-se como uma voz proeminente no mundo das finanças com sua defesa do corporativismo estatal, disfarçado como um elogio a Jean-Baptiste Colbert, um dos ministros do rei Luís XIV da França (r. 1643-1715). Por esta obra, recebeu um prêmio da prestigiada Academia Francesa. Em 1775, Necker atacou a teoria econômica da fisiocracia, criticando especificamente Anne-Robert Jacques Turgot, o controlador-geral das finanças reais. Necker discordava das políticas de laissez-faire [mercantilistas] de Turgot, como a remoção do controle de preços dos grãos. Ele foi justificado quando exatamente esta política levou à onda de tumultos conhecidos como a Guerra das Farinhas de 1775, que resultou na demissão de Turgot no ano seguinte. Tendo impressionado o conde de Maurepas, conselheiro real do rei, com suas obras, Necker foi escolhido em 1777 como o próximo ministro das finanças do rei.
Primeiro Ministério: 1777-1781
Embora agora fosse um ministro do rei, a fé protestante de Necker e seu passado plebeu representavam desvantagens significativas. Sua nomeação causou escândalo e gerou muitos comentários entre os círculos sociais aristocráticos. Proibido de participar de conselhos reais, ele também não foi autorizado a assumir o título de Controlador-Geral de Finanças e foi chamado de Diretor-Geral. No entanto, em sua condição de plebeu protestante, passou a ser considerado, de maneira geral, como inocente pelos problemas enfrentados pela França católica, ou seja, o estado vacilante das finanças nacionais. Como um banqueiro experiente, Necker parecia ser o homem certo para proporcionar uma solução, como um oposto do filosófico, mas incompetente Turgot. O novo ministro, extremamente confiante em suas próprias habilidades, estava determinado a consertar as finanças francesas sem aumentar impostos.
Quando Necker assumiu o cargo, em 29 de junho de 1777, a França ainda não havia ingressado oficialmente na Guerra Revolucionária Americana, embora um número crescente de vozes dentro do círculo íntimo do rei acabasse tornando esse resultado inevitável. Ele se opôs à participação francesa na guerra, temendo que as dívidas decorrentes do conflito contra os britânicos levassem a crise financeira ao limite. Quando a França finalmente entrou em guerra, em 1778, ao lado dos Estados Unidos, Necker foi confrontado com a tarefa monumental de financiar o conflito e reparar a crise financeira existente do Ancien Régime, tudo ao mesmo tempo e sem elevar impostos.
Ciente de que abolir os gabinetes corruptos e venais estava fora de questão, para não correr o risco de incorrer na ira dos poderosos parlements, ele aboliu os cargos desnecessários dentro do próprio ministério, livrando-se de mais de 500 que ele considerava inúteis. Ele substituiu os 48 Arrecadadores-Gerais, responsáveis pela cobrança de impostos diretos, por 12 funcionários que respondiam diretamente a ele. Necker, inclusive, investiu contra a Fermé Générale [Fazenda Geral], a poderosa e bastante odiada agência contratada pelo governo francês para coletar impostos indiretos, com frequência por meios violentos. Ainda que o ministro preferisse abolir a instituição como um todo, isso era impraticável em tempos de guerra. Em vez disso, ele reduziu seus integrantes em um terço e instituiu novas regulamentações para seu funcionamento.
Para tornar a tributação mais eficiente e representativa, Necker tentou instalar assembleias provinciais, órgãos representativos dos três estados da França pré-revolucionária nas províncias, que teriam o objetivo de legislar sobre questões administrativas locais. Ele conseguiu estabelecer tais assembleias nas províncias de Berry e Haute-Guyenne, garantindo que, em cada assembleia, os representantes do Terceiro Estado (os plebeus) fossem iguais em número aos dos dois estados superiores (clero e nobreza). Tentou fazer o mesmo em outras províncias, mas foi impedido pelos demais ministros reais. Já vinha fazendo inimigos poderosos.
Relatório para o Rei
Como a guerra se arrastava, tais medidas se mostraram insuficientes e, para manter as finanças do estado solventes, ele foi obrigado a fazer empréstimos no estrangeiro. O número de inimigos pessoais de Necker crescia e panfletos começaram a circular, atacando-o pela má administração das finanças. Em resposta, o ministro tornou público um relatório das finanças reais em 1781, publicado com o título de Compte Rendu au Roi (Relatório para o Rei). O amplo sucesso desta publicação trouxe fama imediata a Necker. Numa sociedade como a do Ancien Régime, na qual tais registros costumavam ser mantidos historicamente longe dos olhos do público, tratava-se de uma inovação significativa. Vinte mil cópias foram impressas em Paris, um número sem precedentes, e vendidas nas primeiras poucas semanas. O relatório, traduzido em cinco idiomas, acabou sendo distribuído por todo o mundo ocidental.
O Compte Rendu alegava um superávit de 10 milhões de livres para o ano fiscal de 1781, mas deixou de fora as contas extraordinárias, que teriam mostrado um déficit de mais de 46 milhões. Necker não pretendia divulgar um relatório enganoso, já que seu propósito era demonstrar que as obrigações financeiras em tempos de paz poderiam ser cumpridas pela arrecadação atual e, portanto, excluiu os empréstimos e as dívidas de guerra em seu demonstrativo. No entanto, essa exclusão levou seus inimigos a alegar que ele havia ocultado o verdadeiro déficit da coroa para apresentar um resultado melhor, e alguns o rotularam como uma fraude.
Percebendo a pressão crescente destes inimigos poderosos, entre os quais se incluía a rainha Maria Antonieta, Necker fez um ultimato ao rei, ameaçando renunciar a menos que passasse a integrar o conselho real. No entanto, Necker descobriu que não tinha amigos; seu velho aliado Maurepas invejava sua fama, e o conde de Vergennes, o ministro das Relações Exteriores, o desprezava por suas críticas à guerra americana. Ambos ameaçaram renunciar caso o ministro fosse admitido no conselho e Necker, sem outra escolha, deixou o cargo em maio de 1781.
Segundo Ministério: 1788-89
A publicação do Compte Rendu granjeou a Necker um novo patamar de popularidade. Após sua renúncia, pessoas de todas as classes reuniam-se em sua casa em St. Ouen e a Imperatriz Catarina, a Grande da Rússia (r. 1762-1796) até o convidou para visitá-la em São Petersburgo. Em vez disso, Necker retirou-se para o Lago Genebra, onde passaria os próximos anos defendendo seu tempo como ministro e escrevendo seu famoso Tratado sobre a Administração das Finanças na França, publicado em 1784, para justificar suas políticas.
Quando a Guerra Revolucionária Americana chegou ao fim, a França descobriu que sua crise financeira havia piorado ainda mais. Colocando a culpa da situação em Necker, o novo Controlador-Geral, Charles-Alexandre de Calonne, apresentou uma série de reformas radicais com as quais esperava salvar a nação da falência. Em 1786, quando a confiança do público no governo do rei despencou após o caso do colar de diamantes, Necker fez um retorno glorioso a Paris; sua suposta transparência com a publicação de seu relatório, a recusa em aumentar os impostos e a defesa de assembleias provinciais faziam dele uma celebridade, especialmente entre o povo.
Enquanto Necker escrevia panfletos venenosos e críticos contra Calonne, o controlador-geral enfrentava outros problemas ao tentar aprovar suas reformas na Assembleia dos Notáveis de 1787. Visto como um perdulário corrupto, a maré da opinião pública voltou-se definitivamente contra o ministro, que acabou sendo demitido em abril de 1787. Seu sucessor, Loménie de Brienne, não teve melhor sorte; suas tentativas de reforma levaram à Revolta dos Parlements (1787-88), durante a qual o tesouro esvaziou-se por completo. Brienne renunciou em agosto de 1788 e o rei não teve escolha a não ser reintegrar Necker em seu ministério. Sem Calonne e com as mortes de Vergennes e Maurepas, a nomeação não encontrou oposição significativa. Ele aceitou o cargo de Ministro-Chefe da França e finalmente conquistou um assento no conselho real. Sua recondução levou a comemorações com fogos de artifício e muita bebida pelas ruas de Paris.
O futuro da França imediatamente parecia mais brilhante, já que a nomeação de Necker resultou numa súbita elevação do valor das ações na bolsa de valores e sua presença garantiu à coroa crédito suficiente para mais empréstimos, evitando a falência do governo. Para remediar a situação financeira de uma vez por todas, o novo ministro-chefe anunciou a convocação dos Estados-Gerais, órgão representativo dos três estados da França pré-revolucionária que se considerava ter autoridade para legislar sobre questões de tributação. A reputação de Necker como o campeão do povo foi reforçada quando defendeu que o Terceiro Estado recebesse uma representação igual à do clero e da nobreza, o que acabou sendo concedido.
Nos primeiros meses de 1789, a França aguardou com muita expectativa a reunião dos Estados-Gerais, amplamente vistos como uma oportunidade de mudança dentro do opressivo Ancien Régime. Assim, quando os Estados-Gerais de 1789 se reuniram em Versalhes em maio, os deputados do Terceiro Estado ficaram desapontados quando o discurso de abertura de Necker, com mais de três horas de duração, concentrou-se apenas em questões financeiras e não mencionou a desigualdade social.
Os Estados-Gerais logo se transformaram numa Assembleia Nacional, que reivindicava autoridade em nome do povo. Em 17 de junho, a Assembleia declarou ilegais todos os impostos existentes e, em seguida, começou a trabalhar numa constituição. Necker, que pretendia que os Estados-Gerais ajudassem a administração existente, em vez de contribuir para a reforma social, foi, no entanto, visto como um aliado da Revolução, tanto pelo povo quanto pelos ministros do rei. Aderindo a essa reputação e à popularidade que a acompanhava, Necker não fez nada para impedir a ascensão da Assembleia e ofereceu-lhes concessões em nome do rei.
Como parte de sua tentativa de recuperar a autoridade real, Luís XVI demitiu Necker no dia 11 de julho de 1789, ordenando-lhe que deixasse o país imediatamente. No dia seguinte, as ruas de Paris viraram um caos e os insurgentes, carregando bustos de Necker, invadiram arsenais e levaram as armas. Estes tumultos levaram à Queda da Bastilha, no dia 14 de julho, e Luís XVI, sem alternativas, recuou e renomeou Necker como Ministro-Chefe poucos dias depois.
Terceiro Ministério: 1789-1790
O dia do retorno triunfante de Necker a Paris transformou-se num festival, embora tenha sido manchado pelo brutal assassinato em plena rua de Joseph-François Foullon (1715-1789), que o havia substituído. Reintegrado ao cargo, o ministro passou a atuar como um elo de ligação entre o rei e a Assembleia Nacional. Ele rascunhou a resposta desaprovadora de Luís XVI aos Decretos de Agosto, que aboliam o feudalismo, e tentou negociar um acordo sobre a questão do veto absoluto do rei. Quando a Marcha das Mulheres a Versalhes transferiu a sede do governo para Paris, Necker obedeceu à medida sem discutir.
Como se poderia esperar, a queda definitiva de Necker resultou de sua inabilidade de conviver com a reputação messiânica que lhe havia sido atribuída. Muito longe de se dissipar com a irrupção da Revolução, a crise financeira da nação só piorou e o tesouro estava novamente esvaziado em setembro de 1789. As tentativas de Necker de combater a falência por meio da criação de um banco nacional, semelhante ao Banco da Inglaterra, além de mais empréstimos, tiveram pouco sucesso e os ataques de seus inimigos ganharam força. Jean-Paul Marat (1743-1794), em seu influente jornal L'Ami du Peuple [O Amigo do Povo], acusou o ministro de lucrar com os problemas econômicos da França, chegando a rotulá-lo de inimigo público; enfurecido, Necker emitiu um mandado de prisão contra o jornalista, forçando Marat se esconder por um curto período em Londres.
O último prego no caixão da reputação de Necker foi sua oposição ao assignat, a nova forma de papel-moeda da França revolucionária, com o qual se pretendia resolver a dívida nacional. Os defensores dessa moeda, como Honoré-Gabriel Riqueti, conde de Mirabeau (v. 1749-1791) argumentavam que a economia estava sendo sufocada pela escassez de ativos em circulação, enquanto os oponentes, como o próprio Necker, acreditavam que a emissão de assignats causaria inflação desenfreada, o que o deixaria sem valor. Mirabeau, que equiparava as críticas contra os assignats como ataques à Revolução, acusou o ministro de ditadura financeira. Propriedades eclesiásticas e feudais foram confiscadas pela Assembleia para respaldar o valor dos assignats, emitidos em massa em agosto de 1790.
Necker se opôs tanto a essa decisão que renunciou em 3 de setembro de 1790. A essa altura, sua estrela tinha esmaecido e ele saiu do cargo em meio à indiferença generalizada. Deixando 2 milhões de livres de seu próprio dinheiro para o tesouro real, ele foi assediado por multidões enfurecidas a caminho de casa e teve que pedir proteção policial à Assembleia.
Os Anos Finais
Após deixar o solo francês, Necker voltou para a Suíça. Assim como na França, suas tendências moderadas passaram a assombrá-lo, pois era visto pelos emigrantes franceses monarquistas que viviam no exterior como muito revolucionário e monarquista demais pelos jacobinos suíços. Em 1793, depois que os jacobinos chegaram ao poder, Necker passou a integrar a lista de emigrados e perdeu todas as suas propriedades e demais bens na França. Em 1794, Suzanne Necker, que sofreu de problemas de saúde durante toda a vida, morreu, deixando Necker sozinho com sua filha.
Em 1792, ele publicou uma análise sobre o julgamento de Luís XVI e, em 1796, lançou a obra Sobre a Revolução Francesa, na qual tentou explicar os fracassos da Constituição de 1791 e da monarquia constitucional da França. Embora nunca tenha sido republicano enquanto estava no poder, Necker demonstrou simpatia pela causa republicana na velhice, como pode ser constatado em sua obra final, Últimas Visões sobre Política e Finanças. Publicado em 1802, o livro serviu como um apelo discreto ao primeiro cônsul francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) para estabelecer uma república "una e indivisível, sujeita, na medida do possível, às leis da igualdade" (Furet & Ozouf, 295). Napoleão, que na época planejava estabelecer o Primeiro Império Francês (1804-1814, 1815), ofendeu-se com a última obra do ex-ministro.
Necker morreu no dia 9 de abril de 1804, aos 71 anos, e foi enterrado ao lado de sua esposa, no Castelo de Coppet. Seu legado permanece controverso; embora a política de contrair empréstimos durante a Guerra Revolucionária Americana tenha contribuído para a crise financeira francesa, a obra Compte Rendu terminou por representar um ato revolucionário ao tornar públicas as finanças da França. Ainda que o compromisso com o povo talvez tenha sido exagerado, Necker prosperou com a popularidade que tal reputação lhe granjeava. Como outras figuras revolucionárias francesas, à ascensão meteórica de Necker seguiu-se uma queda igualmente rápida, exemplificando a volatilidade e a natureza em constante mudança da França durante esse período.