Johannes Gutenberg

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Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 25 julho 2022
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, espanhol, Turco
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Johannes Gutenberg (by Wikipedia, Public Domain)
Johannes Gutenberg
Wikipedia (Public Domain)

Johannes Gutenberg (v. c. 1398-1468) foi o inventor da prensa de tipos móveis (c. 1450) e aparentemente a desenvolveu a partir das prensas de vinho e azeite da época. A invenção de Gutenberg não somente revolucionou a fabricação de livros mas, literalmente, mudou o mundo no que se refere ao compartilhamento de ideias, que, com o uso da palavra impressa, podiam atingir maiores distâncias e públicos mais amplos do que antes.

A impressora de Gutenberg também sugeriu o conceito de máquinas tomando o lugar do trabalho humano para produzir produtos uniformes voltados ao mercado de massa. Antes dela, os livros eram copiados à mão ou fabricados utilizando-se uma prensa de blocos de madeira, técnicas que consumiam muito tempo e que resultavam em produtos que poucos poderiam possuir devido aos altos valores. Dali por diante, os livros poderiam ser fabricados rapidamente, a preços baixos e de maneira uniforme. Cada cópia parecia-se exatamente com as demais e, num mundo em que os erros dos escribas podiam alterar significados, isso trazia uma inovação significativa.

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Quem quer que escrevesse podia ter suas obras impressas e distribuídas para aquisição por quaisquer pessoas letradas e com recursos disponíveis. Gutenberg compreendeu o valor de sua invenção e acreditava que ela o faria um homem rico, especialmente após imprimir a Bíblia em 1456, mas seu principal investidor, Johann Fust (v. c. 1400-1466) cobrou uma dívida antecipadamente, ficou com a primeira tipografia do mundo e transferiu a operação para seu filho adotivo (e genro), Peter Schöffer (v. c. 1425 - c. 1503). Fust e Schöffer continuaram a imprimir a Bíblia, bem como outras obras, e tentaram assumir o crédito pela invenção.

A impressora de Gutenberg forneceu os meios para o consumo em massa de ideias numa escala que nunca se imaginaria possível.

Embora Gutenberg tenha sido reconhecido como o inventor da prensa de tipos móveis pelo Arcebispo Adolph von Nassau, em 1465, e recebido um estipêndio como recompensa, morreu em relativa pobreza e foi sepultado sem alarde no cemitério de uma igreja em Mainz. Sua invenção é considerada como uma das mais significativas contribuições para a cultura mundial e compreensão na história. A imprensa na Europa permitiu:

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  • Um aumento substancial no volume de livros publicados em relação à produção manual.
  • Um aumento no acesso aos livros em termos de disponibilidade e custo.
  • Um aumento no número de autores publicados, incluindo os desconhecidos.
  • Autores bem-sucedidos passaram a ganhar a vida através da escrita.
  • Um aumento no uso e padronização do vernáculo nas obras impressas, em substituição ao latim.
  • Aumento dos índices de alfabetização.
  • Disseminação mais veloz de ideias referentes à religião, história, ciência, poesia, arte e vida cotidiana.
  • Aumento da precisão de textos canônicos.
  • Melhor organização de movimentos cujos líderes não tinham contato físico com seus seguidores.
  • Criação de bibliotecas públicas.
  • Censura de livros por autoridades preocupadas. (Cartwright, 2020)

A prensa de Gutenberg facilitou e emponderou a Renascença, a Reforma Protestante, o Iluminismo e a Revolução Científica, ao fornecer os meios para o consumo em massa de ideias numa escala nunca antes considerada possível.

Início da Vida e Educação

Embora a cidade de Mainz tenha declarado em 1900 que o ano oficial de nascimento de Gutenberg é 1400, a data exata é desconhecida. De forma geral, acredita-se que ocorreu entre 1394-1404. Foi o segundo das três crianças do casal aristocrático Friele Gensfleisch zur Laden e Else Wyrich. Seu pai era "da Casa de Gutenberg", o nome de seus ancestrais, e Johannes ou adotou o nome ou encurtou "Johannes Gensfleisch zu Gutenberg" para Johannes Gutenberg. Ainda que a questão do nome seja discutida, não se sabe quando adotou a denominação pela qual veio a ser conhecido, já que quase nada é conhecido de sua vida pregressa e muito pouco sobre ele de forma geral.

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Mainz Old Town
Cidade Velha de Mainz
Simsalabimbam (CC BY-SA)

O pai era um rico ourives em Mainz e sua mãe veio da nobreza. Acredita-se que o filho trabalhou como aprendiz do pai na casa da moeda local. Em 1411, quando uma insurreição contra os aristocratas de Mainz forçou muitos ao exílio, a família de Johannes mudou-se para uma das propriedades da família em Eltville am Rhein. Em 1418, ele teria se inscrito na Universidade de Erfurt para estudar ourivesaria. Um estudante de nome Johannes de Altavilla está registrado na instituição naquele ano e Altavilla é a forma latina de Eltville am Rhein. No período em que estava em Erfurt ele já seria fluente em alemão e latim, duas línguas que se sobressaem em seu trabalho posterior.

Havia uma demanda por livros entre a nobreza, bem como na emergente classe média letrada.

Com a morte do pai em 1419, Gutenberg recebeu uma herança, mas nada se sabe de sua vida entre 1419-1434, quando uma carta datada de Março de 1434 o coloca em Estrasburgo. Registros judiciais dos anos de 1436-1437 indicam que ele rompeu um compromisso de casamento com uma mulher chamada Ennelin, mas se desconhece quem ela seria ou quaisquer detalhes deste evento. Em 1439, há registro do investimento num negócio envolvendo espelhos com alto polimento. As verdadeiras multidões de cristãos que visitavam os centros de peregrinação mais populares nem sempre conseguiam chegar perto o suficiente das relíquias sagradas para absorver seu poder espiritual e, portanto, pensava-se que espelhos colocados sobre as pessoas para refletir a relíquia poderiam capturar algo de sua essência.

A cidade de Aachen planejava uma grande exposição de relíquias da coleção de Carlos Magno e Gutenberg e seus sócios financiaram a produção de um grande número de espelhos que seriam vendidos para os visitantes. Uma inundação e a praga cancelaram a exposição, porém, e Gutenberg e seus associados foram deixados com centenas de espelhos que ninguém queria. Parece haver indicações de que a iniciativa dos espelhos teria sido ideia de Gutenberg, porque se diz que ele precisou aplacar os demais sócios, prometendo compartilhar com eles um projeto secreto no qual vinha trabalhando e que poderia deixá-los ricos. Acredita-se que este projeto secreto seria a prensa com tipos móveis.

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Os Livros Antes de Gutenberg

Gutenberg não foi a única pessoa interessada em criar meios mais rápidos e melhores de fabricar livros. O estudioso Malcolm Vale assinala:

Um público leitor secular já existia bem antes de Johannes Gutenberg começar a imprimir com tipos móveis. A produção de manuscritos era uma indústria próspera, sujeita a regulações de guildas nas cidades setentrionais, com muitos livros em vernáculo produzidos em papel, mais barato de produzir e adquirir do que o pergaminho. Eles atendiam à demanda por livros acessíveis, com frequência sem encadernação, escritos em inglês, francês, holandês e alemão, voltados para a clientela menos abastada. O gosto tendia a ser ditado pelo que estava disponível e pelas preferências dos grandes nobres da época. (Holmes, 346-347)

A Monk Tasting Wine
Um Monge Provando Vinho
Unknown Artist (Public Domain)

Os livros na Europa medieval eram copiados em pergaminho conhecido como velino, feito de couro de bezerro, pois a igreja condenava o papel ou papiro - ambos conhecidos dos autores da Idade Média - como não-cristãos, devido ao seu uso por autores pagãos do passado e pelos "infiéis" (muçulmanos) no presente. De fabricação demorada e caro, o velino começou a ser substituído, a partir do século 11, pelo papel - feito de tecido de algodão cozido, cujas fibras eram dispostas numa tela para formar as folhas -, que se tornou aceitável devido ao custo mais baixo e maior facilidade de produção.

A produção dos volumes envolvia a cópia a mão ou a ilustração – como no caso dos Manuscritos com Iluminuras – ou impressão em xilogravura (utilizando blocos de madeira). Esta última fora importada para a Europa da China (em alguma ocasião antes de 1300), onde vinha sendo utilizada desde o século IX. O método consistia em gravar a imagem ou texto desejados num bloco de madeira, que recebia a tinta e era pressionado sobre o papel. Um novo bloco precisava ser gravado para cada página de texto e o material se desgastava com o uso repetido, mas, ainda assim, permitia a produção mais rápida de livros do que a cópia manuscrita.

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Havia uma demanda por livros entre a nobreza, bem como na emergente classe média letrada e, portanto, quem quer que desenvolvesse os meios para a produção de obras de alta qualidade em grandes números certamente teria enormes lucros. Isso foi precisamente o objetivo de Gutenberg, que ele revelou aos seus coinvestidores em 1440, num livro que chamou de Adventur und Kunst ("Empreendimento e Arte"). Acredita-se que esta obra detalhava sua pesquisa e que ele já teria usado as habilidades adquiridas como ourives para construir uma prensa funcional, modelada conforme as prensas de vinho e óleo da época, mas isso é incerto.

Mainz, a Prensa e Fust

Não se sabe o que fez durante o período entre 1440-1448 mas, em 1448, ele tinha se mudado para Mainz e tomado um empréstimo de seu cunhado Arnold Gelthus. Presume-se que este dinheiro financiou a prensa de tipos móveis, mas isso não está comprovado. Por volta de 1450, no entanto, sua prensa estava em operação e a primeira obra que se acredita ter sido impressa seria um poema, “A Profecia da Sibila”, com a utilização da impressora com tipos móveis.

Movable Type as Invented by Johannes Gutenberg
Tipos Móveis Inventados por Johannes Gutenberg
Willi Heidelbach (CC BY-SA)

Não se sabe qual seria o método original de Gutenberg de criação de tipos porque muitas tipografias proliferaram rapidamente a seguir. Os planos e qualquer descrição da operação de sua prensa original também nunca foram encontrados e, assim, qualquer debate sobre a primeira impressora baseia-se em especulação sobre as que foram documentadas posteriormente. Parece, no entanto, que ele aproveitou seu conhecimento do trabalho em metal para criar um buril (uma vareta de metal) com uma letra gravada numa das pontas. A peça era martelada numa barra de cobre para criar um molde (uma matriz). A matriz era então inserida em outro molde, preenchido com metal derretido, e isso produzia um tipo que, ao contrário dos blocos de madeira, poderia ser usado milhares de vezes antes de se desgastar.

Este processo era repetido com todas as letras do alfabeto, bem como sinais de pontuação, e os tipos móveis dispostos num cavalete. Este cavalete era preso na mesa de impressão, com os tipos com a face para cima. A tinta era espalhada usando-se duas bolas feitas de pele de cão (que não tem poros), com recheio de lã e hastes de madeira. Após espalhar a tinta, uma folha úmida de papel era colocada sobre os tipos (úmida porque absorveria melhor a tinta e permitiria uma impressão mais precisa) e então a placa superior era abaixada sobre o papel e pressionada por operadores girando uma manivela. O material impresso era removido para secar e o processo recomeçava com uma nova folha.

A Bíblia de Gutenberg foi impressa com 42 linhas espaçadas por página, tornando-a fácil de ler, além de ornamentada para maior apelo estético.

A impressão de Gutenberg criou livros uniformes, que eliminavam os erros na cópia dos escribas e eram mais fáceis de ler do que os volumes anteriores. Também podia produzir mais livros numa semana do que anteriormente possível em meses ou num ano inteiro. Tendo provado que a prensa funcionava e sabendo que seria lucrativa, Gutenberg pediu um empréstimo a um homem de negócios local, Johann Fust, totalizando 800 guilders (uma soma significativa, igual a aproximadamente três anos de salários de um trabalhador não qualificado da época) para financiar seu novo negócio tipográfico, que ele instalou num edifício conhecido como Humbrechthof, na parte antiga de Mainz.

Com a certeza que a igreja pagaria valores elevados, um dos primeiros itens impressos foram cartas de indulgências – documentos vendidos para os crentes para reduzir o tempo deles (ou de uma pessoa querida) no purgatório. Anteriormente, as cartas de indulgências eram escritas a mão, mas a versão impressa permitia a produção em larga escala, com espaços em branco para o comprador e o vendedor. Podiam ser vendidas em números muito maiores, garantindo mais dinheiro para a igreja e também para o seu fornecedor, ou seja, Gutenberg. É irônico que o primeiro sucesso financeiro do novo sistema fossem as indulgências impressas, que seriam o estopim para a Reforma Protestante quando Martinho Lutero (v. 1483-1546) começou a protestar contra elas em 1517. As 95 Teses, condenando, entre outros itens, a venda disseminada de indulgências, encontraram um público somente por causa da imprensa.

Replica of Gutenberg's Press, Featherbed Alley Printshop Museum, Bermuda
Réplica da Prensa de Gutenberg, Museu Gráfico Featherbed Alley, Bermuda
Aodhdubh (CC BY-SA)

A Bíblia, Fust e Schöffer

Gutenberg contratou o genro de Fust (também citado como seu filho adotivo), Peter Schöffer, que havia trabalhado como escriba e impressor em Paris, como seu impressor principal. Schöffer parece ter supervisionado as operações diárias na oficina tipográfica. Nesse meio tempo, o inventor concebeu um projeto muito mais ambicioso do que a impressão de indulgências. A igreja precisava de Bíblias para suas catedrais e outros centros de culto e, antes da imprensa, as cópias requeriam um processo demorado e bastante dispendioso. Não se sabe quanto tempo Gutenberg trabalhou para aperfeiçoar os tipos para sua Bíblia, mas ele publicou a primeira em 1456 (algumas vezes citado como 1455).

A princípio, todas as Bíblias deveriam ser impressas em velino em vez de papel, mas, como seria muito dispendioso, este material ficou restrito a alguns exemplares. Após a impressão, eram entregues a um ilustrador, que decorava a capa e páginas de forma que lembrasse um Manuscrito com Iluminuras. Pessoas que nunca poderiam custear um livro com iluminuras no passado descobriam agora que poderiam ter um tão belo quanto por menos da metade do preço. A Bíblia de Gutenberg foi impressa com 42 linhas bem espaçadas por página, tornando-a fácil de ler, e ornamentada para apelo estético, o que aumentou sua popularidade.

Gutenberg fizera outro empréstimo de 800 guilders junto a Fust em alguma ocasião entre 1450 e 1456, mas não se sabe por quê. A tipografia parece ter ido bem a partir de 1450 e, por isso, sugeriu-se que Gutenberg talvez quisesse expandir as operações - possivelmente com duas impressoras funcionando, o que requeria pessoal adicional - e necessitasse de mais dinheiro. Quaisquer que fossem as razões para pedir um novo empréstimo, ele sem dúvida se arrependeu quando, em 1456, Fust o acusou de mau uso do dinheiro e exigiu o pagamento da dívida. Os empréstimos tinham uma taxa de juros de 6% e, portanto, Gutenberg devia 2.026 guilders, uma soma considerável. Fust o processou na justiça, venceu e, quando Gutenberg confessou que não tinha o dinheiro, o devedor recebeu então a tipografia como compensação.

16th Century CE Flemish Book Printer
Impressora de Livros Flamenga do Século XVI
The British Museum (CC BY-NC-SA)

Exatamente por que Fust exigiu o pagamento da dívida, o que “mau uso de fundos” significava, ou por que Peter Schöffer testemunhou contra seu patrão não se sabe. É possível, até provável, que Fust, reconhecendo o quão lucrativa a Bíblia produzida em massa seria, assim como outras obras que poderiam ser publicadas através da invenção de Gutenberg, tenha decidido tirá-lo do negócio, substituindo-o por si mesmo e Schöffer. Logo a seguir um Livro de Salmos foi impresso, no qual eles tentam assumir o crédito pela invenção.

Conclusão

É possível que Gutenberg tenha montado outra oficina de impressão em Bamberg em 1459, novamente com dinheiro emprestado, mas acredita-se que parou de imprimir em 1460, possivelmente devido à perda progressiva da visão, embora não haja certeza disso. Em 1465, sua realização foi reconhecida pelo Arcebispo Adolph von Nassau, que lhe concedeu o título de Hoffmann – cavalheiro da corte – com um estipêndio anual, verba para roupas e a concessão anual de 576 galões (2180 litros) de grãos e 528 galões (2000 litros) de vinho. Ainda assim, Gutenberg morreu em relativa pobreza e obscuridade três anos depois, em 1468, e foi sepultado no cemitério de uma igreja franciscana em Mainz que já não existe mais.

Sua invenção tinha, naquela época, se espalhado com rapidez por toda a Europa, que em 1520 já totalizava mais de 200 centros de impressão, revolucionando completamente como as pessoas compreendiam o mundo. Anteriormente, a visão do mundo da maioria das pessoas era formada pelos pais, vizinhos e pelo pároco local. As pessoas viviam e morriam no mesmo povoado ou cidade onde tinham nascido e tinham escasso conhecimento do como era a vida alhures, do que as pessoas pensavam ou se viviam de forma diferente. A invenção de Gutenberg mudou tudo isso e, literalmente, transformou o mundo. O estudioso Aaron J. Keirns comenta:

Há muitas pessoas que merecem a honra de serem chamados Homem (ou Mulher) do Milênio. Nos últimos 1000 anos, cada área de esforço humano produziu homens e mulheres excepcionais, cujas contribuições mudaram o curso da história. Entretanto, Gutenberg é de alguma forma único. Seu trabalho permitiu a distribuição em massa de obras impressas pela primeira vez. Os livros mudaram tudo. Como sementes espalhadas através do mundo, eles germinaram novas ideias e descobertas que afetaram virtualmente cada aspecto da vida moderna. Mesmo em nossa era eletrônica, o livro impresso é ainda uma força poderosa. (v)

Após a invenção de Gutenberg, histórias de outras terras, visões diversas sobre religião e filosofia e diferenças políticas ficaram disponíveis a qualquer um com os recursos necessários para comprar um livro produzido em massa e quem não dispusesse de recursos poderia ouvir os livros lidos em voz alta pelos que os adquiriam. A imprensa abriu um mundo de ideias e o próprio mundo físico de maneiras inimagináveis anteriormente, permitindo a redescoberta do conhecimento na Renascença, a revisão de crenças religiosas na Reforma Protestante, o desenvolvimento de outras máquinas executando tarefas antes feitas por pessoas e o aperfeiçoamento da ciência e tecnologia que tornou possível a era moderna.

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Perguntas e respostas

Quem foi Johannes Gutenberg?

Johannes Gutenberg foi o inventor da prensa com tipos móveis na Europa, por volta de 1450.

Por que Johannes Gutenberg é famoso?

Gutenberg é famoso porque sua impressora permitiu a produção em massa de livros, capazes de transmitir ideias a distâncias anteriormente impossíveis. A imprensa revolucionou o mundo ao conectar pessoas que não haviam e jamais se encontrariam pessoalmente.

Gutenberg ficou rico com a invenção da imprensa?

Gutenberg morreu em relativa pobreza após ser processado pelo sócio, que assumiu o crédito pela invenção. Ele acumulou dívidas durante toda a sua vida e jamais parece ter lucrado por muito tempo pela sua invenção.

Onde Gutenberg foi sepultado?

Gutenberg morreu em 1468 e foi sepultado no cemitério de uma igreja franciscana em Mainz. A igreja e o cemitério foram destruídos na Segunda Guerra Mundial e o túmulo de Gutenberg desapareceu.

Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2022, julho 25). Johannes Gutenberg [Johannes Gutenberg]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-20945/johannes-gutenberg/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Johannes Gutenberg." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação julho 25, 2022. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-20945/johannes-gutenberg/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Johannes Gutenberg." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 25 jul 2022. Web. 20 nov 2024.