A rainha Vitória da Grã-Bretanha (r. 1837-1901) foi uma dos mais amadas monarcas da Grã-Bretanha. Sua longevidade, devoção ao papel de figura de proa do império e recuperação após morte de seu amado marido, o príncipe Albert, lhe renderam um status único como o símbolo sempre presente da Grã-Bretanha do século XIX, uma era de tremendas mudanças políticas, industriais e sociais.
A última das monarcas hanoverianas britânicas, Vitória reinou por 63 anos. Ela resistiu às tempestades da vida – viveu por mais tempo do que três de seus filhos – e sobreviveu a tentativas de assassinato, escândalos familiares, fofocas sobre seu relacionamento com o amado criado John Brown e aos reformadores que queriam derrubar a Coroa. A Grã-Bretanha e o Império Britânico nunca mais seriam tão grandes após a morte de Vitória, em janeiro de 1901. A rainha foi sucedida pelo filho mais velho, que se tornou Eduardo VII da Grã-Bretanha (r. 1901-1910).
Os Hanoverianos e a Sucessão
A casa real de Hanôver assumiu o trono britânico em 1714, após a morte da rainha Anne da Grã-Bretanha (r. 1702-1714), que não deixou descendentes. Também eleitores de Hanôver, um pequeno principado na Alemanha, Jorge I da Grã-Bretanha (r. 1714-1727) e Jorge II da Grã-Bretanha (r. 1727-1760) eram na verdade alemães no governo britânico. Jorge III da Grã-Bretanha foi o primeiro hanoveriano a nascer na Grã-Bretanha e a falar inglês como sua primeira língua; ele foi sucedido por dois de seus filhos: Jorge IV da Grã-Bretanha (r. 1820-1830) e Guilherme IV da Grã-Bretanha (r. 1830-1837).
Guilherme IV morreu de cirrose hepática e pneumonia em 20 de junho de 1837, mas não teve filhos legítimos sobreviventes. Como planejado, a Coroa Britânica passou para sua sobrinha Vitória, filha do falecido quarto filho mais velho de Jorge III, Edward Augustus, duque de Kent (1766-1820) e Marie Louise Victoria de Saxe-Coburgo-Saalfeld (que mais tarde se tornaria Saxe-Coburgo-Gota). Esta sobrinha tornou-se a rainha Vitória do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
Alexandrina Victoria nasceu no Palácio de Kensington, em 24 de maio de 1819. Ela não tinha lembranças de seu pai, que morreu em 1820, e sua mãe, portanto, cresceu em importância, assim como o irmão mais novo de sua mãe, o príncipe Leopoldo, que se tornou rei dos belgas em 1831. Uma terceira figura-chave na infância da jovem Vitória foi a sua governanta alemã, a baronesa Louise Lehzen (1784-1870). A educação de Vitória restringiu-se à de uma dama da época e não de uma futura monarca, mas Vitória mostrou-se inteligente e interessada em aprender. O célebre biógrafo real C. Woodham-Smith faz um resumo do caráter, habilidades e fraquezas de Vitória:
Ela não era uma personalidade fácil de se lidar, possuindo qualidades notáveis, aliadas a emoções tão intensas que, às vezes, chegavam à violência [...] Falava e escrevia vários idiomas com considerável fluência. Fisicamente era forte [...] Era obstinada – a obstinação era seu principal defeito –, mas podia se convencida e, quando cedia, o fazia graciosamente. Honestidade, generosidade, lealdade contavam-se entre suas boas qualidades; nunca tinha malícia e raramente se entrava em contato próximo com ela sem ser inspirado pela devoção. (431)
A infância de Vitória, solitária e relativamente empobrecida (considerando sua posição futura), aconteceu principalmente em apartamentos no Palácio de Kensington. Ela não tinha permissão para conviver com seus primos, a multidão de filhos ilegítimos de Guilherme IV que usavam o nome de família inventado de FitzClarence. A única companhia real de Vitória eram suas 132 bonecas. Essa vida protegida, na qual Vitória "ansiava tristemente por alguma alegria" (entrada de diário citada em Cannon, 337), mudou completamente com sua sucessão, em 1837.
Vitória tinha acabado de fazer 18 anos quando se tornou rainha. A sucessão resultou na divisão dos títulos britânico e de Hanôver, já que as mulheres não tinham permissão para governar o principado se houvesse um herdeiro homem, não importava o quão remoto. Assim, o quinto filho de Jorge III, Ernesto Augusto, duque de Cumberland e Teviotdale (1771-1851), tornou-se o novo rei de Hanôver. Vitória foi a última dos hanoverianos britânicos, pois seus filhos estavam classificados como parte da família de seu marido, o príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota (mais tarde renomeada para Windsor).
Príncipe Albert e Vida Pessoal
A magnífica coroação aconteceu na Abadia de Westminster, em 28 de junho de 1838. Para guiá-la em seu papel político, Vitória contava com lorde Melbourne, primeiro-ministro em 1834 e de 1835 a 1841. A rainha chamava seu primeiro-ministro de "Lorde M". Pequena em estatura (1,5 m de altura), com grandes olhos azuis e uma boca bastante pequena, a jovem rainha mostrou-se independente e determinada a assumir plenamente seu papel como monarca constitucional. A monarquia já se encontrava severamente limitada em termos de poder político, mas continuava sendo uma importante figura de proa e ponto de consenso quando os políticos não conseguiam concordar. Como Walter Bagehot (1826-1877) observou em sua famosa obra de 1867, The English Constitution [A Constituição Inglesa], em relação ao governo, a rainha manteve "o direito de ser consultada, o direito de encorajar e o direito de alertar" (Cavendish, 412). Vitória começou seu reinado favorecendo o partido Trabalhista (Whig), mas a influência de Albert garantiu que ela logo se elevasse acima da política partidária. Enquanto os primeiros-ministros trabalhistas e conservadores se alternavam durante seu longo reinado, a extensa experiência da rainha em assuntos de Estado a tornou uma valiosa caixa de ressonância e fonte de sabedoria.
Em 10 de fevereiro de 1840, Vitória casou-se com seu primo Albert de Saxe-Coburgo-Gota (1819-1861), após um ano de noivado. O casamento aconteceu no Palácio de St. James. A união havia sido defendida pelo tio de Albert, o rei Leopoldo, mas, de qualquer modo, Vitória sentiu-se muito atraída pelo príncipe, que descreveu como "lindo" (escrito em itálico e sublinhado para ênfase no diário). De maneira incomum para os monarcas, Vitória e Albert tinham a mesma idade mas, como soberana, o protocolo requeria que a rainha pedisse o príncipe em casamento e não vice-versa. Ele concordou e, eventualmente, recebeu o título de Albert, Príncipe Consorte, pois Vitória permanecia como única soberana. Albert, no entanto, lia os documentos oficiais enviados a Vitória e lhe dava conselhos quando necessário; ele se descrevia como "o secretário particular da soberana e seu ministro permanente" (402).
O casal real teve nove filhos: cinco meninas e quatro meninos, o mais velho dos quais, Albert Edward (n. 1841), conhecido como 'Bertie', tornou-se Príncipe de Gales. Vitória, apesar de sua experiência, sempre temeu os riscos do parto e as ausências forçadas de seu papel como monarca. A gravidez, disse ela, era o "lado sombrio do casamento" (Phillips, 217). A família real deliberadamente se propôs a proporcionar à nação um modelo de respeitabilidade e dever familiar; isso contrastava fortemente com os monarcas hanoverianos anteriores. 'Bertie' revelou-se uma decepção neste aspecto e teve um caso altamente inadequado com a cortesã Nellie Clifden, enquanto seus pais tentavam arranjar o casamento com a princesa Alexandra da Dinamarca (uma união que finalmente aconteceu em 1863).
Enfrentando o Radicalismo
A ascensão de Vitória ao trono provocou descontentamento em parte da população. Radicais e republicanos, apesar de representarem uma minoria, manifestaram suas opiniões na tentativa de assassinato da rainha durante um passeio de carruagem em Londres. Em 10 de junho de 1840, um jovem de 18 anos disparou dois tiros de pistola no casal real, mas não acertou o alvo. Em 30 de maio de 1842, um segundo atirador - embora, de forma bizarra, carregasse uma arma descarregada - abordou a rainha em Pall Mall [via da região de St. James], mas acabou preso e Vitória novamente saiu ilesa. Mais tarde naquele verão, em 3 de julho, outro jovem aspirante a assassino atirou na rainha, mas não carregou bem a arma e também errou o alvo. Em 19 de maio de 1849, um atirador irlandês disparou em direção à rainha enquanto ela se dirigia para casa de carruagem, mas também não carregou sua arma corretamente. Haveria mais alguns atentados, num dos quais um desequilibrado conseguiu atingir Vitória com uma vara, o que a deixou gravemente ferida no rosto. Apesar de tudo, a rainha parecia viver uma vida encantada.
O período representou um teste severo para várias monarquias europeias, com revoluções tentando depor soberanos, às vezes com sucesso, como aconteceu na França. Pode ser considerado uma das muitas conquistas de Vitória não apenas ter resistido à tempestade radical, mas também ter aumentado a popularidade da monarquia durante seu reinado.
Tragédia e Recolhimento
A rainha sofreu sua maior tragédia em 14 de dezembro de 1861, quando Albert morreu de febre tifoide (ou talvez, na realidade, devido às fases finais de um câncer de estômago ou intestino). O Príncipe Consorte, já doente com dores de estômago e eternamente preocupado com as escapadas de 'Bertie', foi apanhado pela chuva enquanto visitava um novo projeto arquitetônico e sua saúde se deteriorou a partir daí. Ele tinha apenas 42 anos de idade. Talvez a rainha nunca tenha realmente se recuperado de sua perda; ela escreveu certa vez, de forma simples e abrangente, tudo o que Albert significara para ela em apenas quatro palavras: "Ele era minha vida" (Phillips, 217). De certa forma, nos anos seguintes, a própria Vitória morreu. A rainha não conseguiu comparecer ao funeral de Albert e usou preto pela segunda metade restante de sua longa vida. Ela se assegurou de que Albert e as causas defendidas pelo príncipe não fossem esquecidas. Vários edifícios públicos receberam o nome do falecido marido, talvez mais notavelmente o Royal Albert Hall, em Londres, inaugurado em 8 de abril de 1871.
Até o início da década de 1870, a rainha retirou-se da vida pública e passava muito tempo no Castelo de Windsor ou em Balmoral - a residência real favorita do casal, projetada pelo próprio Albert. A rainha conduzia seu papel no governo por correspondência. Culpando "Bertie" por seu papel na morte do pai, Vitória restringiu os papéis reais públicos do príncipe de Gales de tal forma que seu herdeiro tornou-se, pelo menos nos círculos oficiais, uma figura ausente também, ainda que não necessariamente em seus divertimentos. Decepcionada com o filho, Vitória o descreveu como tendo "um cérebro pequeno e vazio" (Cannon, 345). Esse vazio real deu munição aos republicanos, que pediam a abolição da monarquia incapaz de desempenhar um papel já tão limitado.
O mistério em torno da rainha oculta, que ficou conhecida como a "viúva de Windsor", levou a rumores desagradáveis, como a existência de um relacionamento inadequado com seu pitoresco e franco criado escocês John Brown (1826-1883). Ela chegou a ser apelidada de "Sra. Brown". Quando Benjamin Disraeli (1804-1881) assumiu o cargo pela segunda vez (1874-1880) e ganhou reputação como o primeiro-ministro favorito de Vitória, a rainha estava lentamente retornando ao seu papel público como chefe de Estado. Ela também viajava para o estrangeiro para descansar, principalmente para Biarritz e a Côte d'Azur, o que contribuiu bastante para que estes locais se tornassem estações de veraneio para os europeus mais abastados.
Vitória teve o infortúnio de sobreviver a três de seus filhos. A princesa Alice (n. 1843) morreu de disenteria em 14 de dezembro de 1878 - numa cruel coincidência, a mesma data da morte de Albert. Em março de 1884, seu filho caçula, Leopold, duque de Albany (n. 1853) morreu após uma queda. Leopold também sofria de hemofilia e possivelmente de epilepsia. Em julho de 1900, o príncipe Alfred, duque de Saxe-Coburgo e Gota (n. 1844), morreu de câncer de garganta, aos 55 anos.
Império e Guerras
A Grã-Bretanha envolveu-se na Guerra da Crimeia (1853-6), na qual os britânicos, a França, o Império Otomano e outros países se aliaram para derrotar a Rússia. Vitória, que se opôs à guerra, visitava pessoalmente os combatentes feridos nos hospitais. Durante este conflito criou-se a Victoria Cross (1856), a mais alta condecoração militar britânica e, por decisão da rainha, as palavras "por bravura" foram adicionadas à frente da medalha.
Ao longo do século XIX, o Império Britânico se tornou o maior que o mundo já viu, e abrangia desde enormes extensões de terra, como o Canadá, Índia e Austrália, a pequenos postos avançados como Barbados, Gibraltar, Áden, Hong Kong e Fiji. A maior parte da metade oriental da África estava sob o domínio britânico, numa linha quase ininterrupta que se estendia do Cairo à Cidade do Cabo.
A ampliação do império britânico foi inexorável, mas houve alguns contratempos sérios ao longo do caminho. A Índia quase foi perdida durante o Motim Sepoy (também conhecido como Revolta dos Cipaios ou Motim dos Sipais) de 1857-8, mas, recuperando o controle, as possessões da Companhia das Índias Orientais foram assumidas pelo governo britânico. Vitória tornou-se Imperatriz da Índia em 1° de junho de 1877. Na Guerra Anglo-Zulu de 1879, ocorreu a perda quase total de um exército britânico inteiro na Batalha de Isandlwana. Em 1885, o grande herói militar General Gordon morreu na defesa de Cartum e de seus moradores contra o autoproclamado Mahdi, Muhammad Ahmad. Este desastre no Sudão tornou-se um verdadeiro vexame político e militar.
A maioria das colônias precisava ser defendida – contra outras potências e insurreições das populações locais – e, portanto, havia sempre conflitos em algum lugar do império durante o reinado de Vitória. O império tinha como objetivo a riqueza e extração de recursos, e isso geralmente acontecia às custas dos povos indígenas. Muitas colônias ficaram bastante felizes em conquistar sua independência no século XX. A colonização tinha consequências brutais, mas os registros mostram que Vitória aparentava ter um genuíno interesse em seus súditos, que totalizavam um quinto da população mundial.
Outros Eventos do Reinado
O reinado de Vitória testemunhou uma extraordinária série de inovações e mudanças sociais e econômicas, muitas das quais foram exibidas de uma forma ou de outra na Grande Exposição de 1851, realizada no Palácio de Cristal, um enorme salão de vidro e ferro fundido construído com esta finalidade. Projeto de estimação e triunfo do príncipe Albert, a exposição reuniu mais de 6 milhões de visitantes, que se maravilharam não apenas com as máquinas estranhas e maravilhosas, mas com milhares de itens trazidos de todo o mundo, desde o mais recente tipo de dentadura postiça até o fabuloso diamante Koh-i-Noor.
O primeiro censo nacional da Grã-Bretanha, realizado em 1851, revelou que mais pessoas viviam em vilas e cidades do que no campo. As pessoas também se deslocavam muito mais. No final do século XIX, os britânicos podiam viajar com muito mais facilidade com a chegada das ferrovias, do automóvel e do metrô de Londres. A vida doméstica ficou mais agradável com a invenção da luz elétrica, do gás para cozinha e aquecimento, do gramofone e do rádio. As pessoas também se tornaram mais conectadas graças ao sistema postal Penny Post e mais pessoas podiam se expressar por escrito, graças às escolas gratuitas que passaram a ser disponibilizadas para a população a partir de 1891. As leis de Reforma de 1867 e de 1884 aumentaram muito o número de homens que podiam participar das eleições. Em contraste com a progressão da democracia britânica, o novo prédio do Parlamento (necessário após o grande incêndio de 1834) trazia uma tumultuada mistura de arquitetura medieval e Tudor. A rainha inaugurou oficialmente o novo edifício em 3 de fevereiro de 1852.
A família real desempenhou seu próprio papel nas mudanças de comportamento: Vitória, por exemplo, popularizou o uso de clorofórmio durante o trabalho de parto e o príncipe Albert garantiu que a árvore de Natal alemã substituísse os tradicionais anéis de visco como a peça central de muitos lares.
A influência de Vitória disseminou-se ainda mais graças aos seus 31 netos. Um deles foi o imperador alemão Kaiser Guilherme II (r. 1888-1918), outra tornou-se Alexandra Feodorovna, czarina da Rússia (1894-1917), e cinco outras tornaram-se rainhas de reinos europeus. Vitória certamente deixou sua marca tanto na Grã-Bretanha quanto no exterior, tanto que ficou conhecida no final da vida como a "matriarca da Europa".
Morte e Sucessor
O sucesso do Império Britânico e sua longevidade, como uma rocha tranquila em meio aos mares arrebatadores das mudanças do século XIX, ajudaram muito a impulsionar a popularidade de Vitória, que diminuíra um pouco durante o período de luto por Albert. As celebrações dos Jubileus de Ouro e Diamante de Vitória (1887 e 1897, respectivamente), demonstraram a elevada estima que desfrutava junto ao público britânico. Após a última celebração, em 22 de junho, a rainha anotou em seu diário:
Um dia inesquecível. Ninguém jamais, creio eu, recebeu tantas ovações quanto as que me foram dadas [...] As multidões eram indescritíveis [...] As aclamações eram bem ensurdecedoras e cada rosto parecia estar repleto de verdadeira alegria. (Phillips, 222)
Sofrendo de problemas de saúde e reumatismo em seu último ano de vida, a rainha morreu pouco depois de um derrame em seu retiro de férias, Osborne House, na Ilha de Wight, em 22 de janeiro de 1901. Tinha 82 anos. Dentro de seu caixão, de acordo com seus desejos, havia uma verdadeira loja de curiosidades: uma mecha de cabelo de John Brown, um vestido bordado por sua filha Alice, várias fotografias, algumas pequenas estatuetas e até mesmo uma quantidade de joias. Refletindo seu amor eterno por Albert, a rainha foi sepultada com um molde da mão do Príncipe Consorte e seu roupão. O rosto da rainha estava coberto com o véu usado no casamento. Após 40 anos de separação, Vitória reuniu-se ao marido, sepultada ao seu lado no Mausoléu Real, em Frogmore, no Windsor Great Park.
O número de súditos britânicos dobrou durante o reinado de Vitória e poucos, na verdade, podiam se lembrar de uma época em que ela não fosse rainha. A Era Vitoriana finalmente terminou. O próximo na linha de sucessão, seu primogênito, tornou-se Eduardo VII da Grã-Bretanha, que garantiu o retorno total da pompa e do espetáculo da monarquia britânica.