Teoria dos Germes

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John Horgan
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 24 julho 2023
Disponível noutras línguas: Inglês, francês
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Cholera Bacterium (by Ronald Taylor, Tom Kirn, Louisa Howard, Public Domain)
Bactéria da Cólera
Ronald Taylor, Tom Kirn, Louisa Howard (Public Domain)

A teoria dos germes, que surgiu no final do século XIX, demonstrou que germes microscópicos causavam a maior parte das doenças infecciosas que afetavam os humanos. Estes germes incluíam bactérias, vírus, fungos, protozoários e príons. Louis Pasteur (1822-1895), químico e microbiólogo francês, e Robert Koch (1843-1910), médico e microbiólogo alemão, receberam o crédito pela descoberta da teoria dos germes no período entre as décadas de 1860 a 1880.

Considerada como a mais importante descoberta da história da medicina, a teoria dos germes desafiou a classe médica a reavaliar as doenças em si, ofereceu possibilidades para a prevenção e tratamento e permitiu a descoberta e implementação de novas tecnologias para combatê-las.

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Anteriormente, os médicos presumiam que a doença era um processo interno do corpo humano, em especial a duradoura teoria dos quatro humores de Hipócrates, segundo a qual excessos ou deficiências dos quatro fluidos corporais (sangue, fleuma, bile amarela e bile negra) provocavam as enfermidades e doenças. A teoria dos germes contradizia esta noção ao separar a doença da pessoa afligida. Mais adiante, a nova teoria originou uma nova maneira de classificar as moléstias (nosologia) conforme o tipo de micro-organismo.

Teorias Históricas das Doenças

Antes do desenvolvimento da teoria dos germes, várias outras foram apresentadas como possíveis explicações para as enfermidades e doenças em humanos. A mais antiga é a teoria dos miasmas, atribuída a Hipócrates (460-370 a.C.), um médico grego. Derivada da palavra grega que significa poluição ou "ar ruim", a teoria dos miasmas sugeria que partículas em decomposição de materiais orgânicos, plantas ou animais envenenavam o ar. Além de facilmente detectados pelo olfato, as pessoas ficariam doentes ao inalar o "ar ruim". Além disso, movimentos planetários, distúrbios na Terra, falta de higiene e água poluída também contribuíam para os miasmas. Acreditava-se que a remoção dos resíduos, juntamente com a limpeza, poderiam melhorar a atmosfera, evitando infecções e doenças.

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Qualquer mudança climática ou de estação podia perturbar o equilíbrio dos quatro humores e, assim, surgiram tratamentos para restaurá-lo.

O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) sugeriu a geração espontânea de doenças. Ele acreditava ser possível que organismos vivos pudessem brotar da matéria inerte. Além disso, esse processo, como a aparição de vermes na carne morta, seria um fenômeno regular e natural.

Galeno (129-216 d.C.), um médico romano, aprofundou as primeiras especulações de Hipócrates sobre o desequilíbrio dos fluidos corporais como origem das doenças. Ele atribuiu a cada um dos quatro humores uma estação específica, caracterizada como quente, fria, seca ou úmida. Por exemplo, resfriados e gripes ocorriam com mais frequência durante o tempo frio e úmido. Qualquer mudança climática ou de estação podia perturbar o equilíbrio dos quatro humores e, assim, surgiram tratamentos para restaurá-lo como, por exemplo, purgações, sangrias, enemas e vômitos. Essas teorias antigas dominaram o pensamento médico ocidental sobre as doenças até o século XIX.

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Outra teoria sobre a origem das doenças tinha relação com causas sobrenaturais. Os pecados de uma pessoa levavam ao surgimento de doenças ou enfermidades, uma punição dos deuses ou de Deus. Fantasmas, demônios e espíritos malignos também possuíam a capacidade de afligir uma pessoa. Assim, magia, adivinhação, feitiços, exorcismo e várias drogas eram usadas para diagnosticar e tratar tais moléstias. Cabia a uma variedade de curandeiros – xamãs, sacerdotes, adivinhos, curandeiros – a tarefa de afastar os espíritos malignos. Teólogos cristãos sugeriram a explicação do surgimento das doenças como punição pelos pecados, bem como um teste de fé.

Teorias adicionais sobre a origem das doenças continuaram a surgir. Acredita-se que Girolamo Fracastoro (1476-1553), um médico italiano, tenha sido o primeiro a usar a palavra "contágio" ao descrever a transmissão de enfermidades. Sua teoria das "sementes da doença" preconizava que moléstias poderiam ser transmitidas por contato direto ou indireto, ou até mesmo por longas distâncias, sem nenhum contato. Um químico alemão, Justus von Liebig (1803-1873), um dos primeiros fundadores da química orgânica, sugeriu que, como resultado de processos químicos de decomposição da matéria orgânica, as doenças simplesmente emergiam no sangue (a "fábrica química" do corpo).

Os Fundamentos para a Teoria dos Germes

O médico suíço Paracelso, ou Theophrastus von Hohenheim (1493-1541), e Jean Baptist van Helmont (1579-1644), químico e médico holandês, lideraram a revolução médica ocorrida durante o Renascimento. Paracelso, muitas vezes citado como o pai da toxicologia, envolveu-se no estudo dos efeitos prejudiciais das substâncias químicas em organismos vivos. J. B. van Helmont, o fundador da química pneumática, identificou as propriedades físicas dos gases. Ambos concluíram que os germes causadores de doenças eram externos aos humanos e, uma vez dentro do corpo, atacavam os órgãos internos.

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Mais importante ainda, o surgimento de novas tecnologias, especialmente o microscópio, estimulou o surgimento da disciplina da bacteriologia (um ramo da microbiologia que envolve a identificação, classificação e caracterização de espécies bacterianas). O microbiologista holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723) criou o primeiro microscópio de lente única, que permitiu que ele e outros pesquisadores observassem e trabalhassem com microrganismos. Considerado de maneira geral como o pai deste ramo da ciência, Leeuwenhoek estabeleceu a microbiologia como disciplina científica. A microbiologia não apenas estuda os microrganismos pequenos demais para serem vistos a olho nu, mas também contribui para a criação de medicamentos destinados a prevenir e curar doenças. Surgiram dois elementos críticos da bacteriologia que sustentavam a teoria dos germes:

  1. A doença originava-se de microrganismos.
  2. A doença era transmitida de uma pessoa para outra através da disseminação desses minúsculos germes.

O médico britânico John Snow (1813-1858) rejeitou a teoria dos miasmas, segundo a qual todas as doenças se espalhavam devido ao "ar ruim", tornando-se assim um dos primeiros defensores da teoria dos germes. Na obra Work on the Mode of Communication of Cholera [Trabalho sobre o Modo de Comunicação da Cólera], de 1849, ele revelou que a doença era causada por microrganismos que os humanos engoliam e que se instalavam em seus intestinos, não nos pulmões. Especificamente, após um surto de cólera em Londres, em 1854, Snow identificou uma bomba de água na Broad Street como a fonte da água poluída do Rio Tâmisa. O médico aconselhou as pessoas a ferver a água antes do uso para matar os germes que provocavam a doença (um conselho ainda praticado na saúde pública moderna). A princípio, os colegas de Snow na área médica rejeitaram este primeiro exemplo da aplicação prática da teoria dos germes, contestando a noção de que microrganismos invisíveis causavam enfermidades.

The Doctor
O Doutor
Sir Luke Fildes (Public Domain)

O médico húngaro Ignaz Semmelweis (1818-1865) foi pioneiro na adoção de procedimentos antissépticos em enfermarias cirúrgicas e hospitalares. Semmelweis descobriu que, nas maternidades, as moléstias estavam sendo transmitidas através do contato humano, especialmente por médicos em contato recente com cadáveres nos necrotérios, ao contrário das parteiras, que trabalhavam exclusivamente com gestantes e novas mães. Ele recomendou que lavar as mãos no intervalo de exames de cadáveres e pacientes e inclusive antes de examinar cada paciente reduziria drasticamente os casos de sepse puerperal ("febre do parto"), o que conduziria a taxas de mortalidade mais baixas.

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O cirurgião britânico Joseph Lister (1827-1917) foi outro precursor da medicina e cirurgia antissépticas. Ele estabeleceu que os micróbios causavam a putrefação das feridas, recomendando que não apenas as mãos do cirurgião, mas também os instrumentos cirúrgicos fossem lavados a cada utilização em novos pacientes. A simples implementação desta medida profilática já levou a uma notável diminuição dos óbitos em enfermarias cirúrgicas.

Pasteur & Koch: Os Fundadores da Teoria dos Germes

No dia 19 de fevereiro de 1878, o químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822-1895), diante da Academia Francesa de Medicina, propôs pela primeira vez a teoria dos germes. Juntamente com seus colaboradores Jules Joubert (1834-1910) e Charles Chamberland (1851-1908), Pasteur identificou três características específicas da nova teoria:

  1. Germes específicos criam condições únicas.
  2. Germes específicos causam doenças, fermentação e putrefação.
  3. Vacinas tornam-se possíveis uma vez que os germes específicos são identificados.

As investigações de Pasteur sobre os germes começaram em 1857, quando cervejeiros francesas lhe pediram para descobrir a razão pela qual a cerveja e o vinho estragavam. O pesquisador descobriu que as bactérias faziam com que o álcool se transformasse em vinagre. Ele recomendou que, para matar os germes, o produto fosse aquecido – processo que se tornou conhecido como pasteurização. Essas primeiras experiências na indústria de destilados demonstraram a conexão entre microrganismos e doenças.

Louis Pasteur
Louis Pasteur
Paul Nadar (Public Domain)

Em 1881, Pasteur usou métodos semelhantes para provar a ligação entre o antraz e os animais. Em experimentos com ovelhas, cabras e vacas, Pasteur injetou uma vacina que continha bactérias atenuadas (fracas), que ele produzia aquecendo o germe do antraz. Ele injetou a vacina em ovelhas, o que fez com que o sistema imunológico dos animais desenvolvesse anticorpos. Em seguida, injetou dois grupos de ovelhas – um grupo vacinado, o outro não – com antraz totalmente ativo. O grupo de ovelhas vacinado anteriormente sobreviveu; o outro não resistiu. Assim, o experimento de Pasteur provou que o sistema imunológico produzia níveis suficientes de anticorpos para proteger as ovelhas da morte.

Pasteur é geralmente considerado como o "pai da microbiologia" devido às suas descobertas inovadoras.

Os experimentos de Pasteur com a raiva animal, iniciados no início da década de 1880, concluíram que as vacinas poderiam criar imunidade mesmo que o sujeito já estivesse infectado. A raiva se mostrou mais desafiadora, pois o microrganismo não podia ser visto usando os microscópios da época (a identificação visual requer um microscópio eletrônico, que não seria inventado até a década de 1930). No entanto, Pasteur primeiro injetou coelhos com o vírus, constatando que o período de incubação para o desenvolvimento completo da doença era de seis dias. Ele então realizou uma série de experimentos com cães para determinar a força necessária da vacina, novamente empregando sucessivas graduações para produzir a imunidade completa.

O experimento mais controverso de Pasteur num ser humano ocorreu em julho de 1885, em Joseph Meister, de 9 anos. O menino havia sido mordido por um cachorro raivoso. Durante um período de 14 dias, com o emprego de doses cada vez mais fortes da vacina, Joseph sobreviveu. Num experimento muito mais amplo, a nova vacina contra a raiva foi oferecida a milhares de pessoas em todo o mundo. Pasteur foi criticado por injetar pessoas com uma vacina potencialmente insegura, pois nem todas as pessoas mordidas por animais raivosos desenvolviam a doença. Um estudo de dez anos, concluído em 1915, demonstrou que Pasteur estava correto, pois apenas 0,6% das 6.000 pessoas vacinadas contra a raiva morreram. O trabalho de Pasteur sobre a teoria dos germes emergentes refutou a teoria anterior da geração espontânea. Seus experimentos, especialmente aqueles relacionados à fermentação do álcool, estabeleceram a base biológica da deterioração e da doença. Pasteur é geralmente considerado como o "pai da microbiologia" devido às suas descobertas inovadoras.

O médico e microbiologista alemão Robert Koch (1843-1910), contemporâneo de Pasteur, realizou experimentos semelhantes que contribuíram para o desenvolvimento da teoria dos germes. Em 1876, Koch visualizou as bactérias em forma de bastonete que causavam o antraz em vacas. Ele injetou parte do sangue infectado em camundongos, que contraíram antraz, comprovando desta forma que germes específicos causavam doenças específicas.

Robert Koch
Robert Koch
Unknown Photographer (Public Domain)

Após a pesquisa sobre o antraz, Koch prosseguiu seu trabalho com conclusões mais definitivas sobre tuberculose e cólera. Em março de 1882, numa reunião da Sociedade Fisiológica de Berlim, Koch revelou que a bactéria mycobacterium tuberculosis causava a doença. Um ano depois, inicialmente no Egito e depois na Índia, Koch concluiu que a bactéria vibrio cholera era o microrganismo responsável pela cólera. Estas bactérias estavam presentes no intestino humano e a transmissão ocorria principalmente através da água poluída, o que corroborou as conclusões de John Snow, em Londres, 30 anos antes. Junto com seus alunos, os métodos de Koch, relacionando microrganismos específicos a certas doenças, permitiram identificar a origem de uma série de enfermidades: difteria, febre tifoide, pneumonia, peste, tétano, sífilis e coqueluche.

Mais importante ainda, Koch desenvolveu quatro postulados para identificar determinados germes como as causas de doenças específicas:

  1. O microrganismo deve estar presente em todos os seres humanos/animais afetados pela doença.
  2. O microrganismo deve ser isolado e cultivado fora do animal/humano doente.
  3. Este microrganismo cultivado, quando introduzido num humano/animal saudável, deve causar a doença à qual o germe está ligado.
  4. O microrganismo cultivado deve ser re-isolado e idêntico ao microrganismo que ocorre naturalmente.

A pesquisa e as conclusões de Koch praticamente resolveram o debate em andamento sobre os germes serem causadores de moléstias. Seu trabalho também estabeleceu a bacteriologia como uma disciplina científica específica.

Consequências

A descoberta da teoria dos germes levou a medidas preventivas, especialmente vacinas, e medicamentos, notadamente os antibióticos, que preveniram, minimizaram os efeitos ou curaram pessoas de doenças e enfermidades mortais. No final do século XIX, quase 30% de todas as mortes eram devidas a infecções. Em cem anos, a taxa de mortalidade caiu para 4%, especialmente entre as crianças. A eficácia dos programas de vacinação e a prescrição de antibióticos não só reduziram a taxa de mortalidade, mas também ajudaram a aumentar a expectativa de vida em 30%.

Quase tão importante quanto isso, a teoria dos germes impulsionou o movimento da saúde pública, transformando a higiene pública e privada. A disseminação de informações entre o público de que microrganismos causavam doenças humanas levou a um crescente senso de responsabilidade de que as pessoas poderiam agir de várias maneiras para prevenir o surto e a disseminação de doenças. As campanhas de higiene identificaram a poluição, lixo, esgotos, ar poluído e a falta de limpeza em geral como os terrenos ideais para o surgimento de germes mortais. O público começou a associar a sujeira e os germes com infecção e moléstias. Mesmo que a causa específica de uma determinada doença às vezes permanecesse um mistério, as ações públicas e pessoais eram vistas como eficazes na sua prevenção.

Os séculos XIX e XX testemunharam a adoção generalizada de obras públicas com foco na prevenção de doenças. Essas iniciativas incluíram varredura de ruas; construção de redes de esgotos e de estações de tratamento de água; transporte de lixo; e regulamentos de pureza alimentar. Em termos pessoais e domésticos, as campanhas de limpeza se estenderam para incentivar as pessoas a manter suas casas, roupas e corpos limpos através da lavagem regular, bem como o descarte adequado de lixo e resíduos.

Pasteurization Experiment
Experimento com Pasteurização
Kgerow16 (CC BY-SA)

A teoria dos germes, combinada com o movimento da saúde pública, estimulou o desenvolvimento dos “cuidados caseiros científicos" (ou economia doméstica) na virada do século XX. Varrer, limpar, lavar, tomar banho e lavar roupas tornaram-se ações essenciais na batalha contra os germes e para o aumento do saneamento. Em 1900, não havia medicamentos, exceto vacinas contra a raiva e a varíola, para auxiliar no combate à doença, de modo que a economia doméstica assumiu um papel fundamental em termos de prevenção da saúde pública. De acordo com Nancy Tomes, na obra Spreading the Germ Theory: Sanitary Science and Home Economics, 1880-1930 [Disseminando a Teoria dos Germes: Ciência Sanitária e Economia Doméstica], o movimento da economia doméstica reconheceu que os microrganismos eram responsáveis por doenças humanas, especialmente aqueles germes encontrados no ar, na água e na sujeira. A boa saúde resultava de uma limpeza rigorosa da casa.

A teoria dos germes introduziu o estudo da bacteriologia, um ramo da biologia responsável por identificar, classificar e categorizar as várias bactérias que causavam doenças humanas. A teoria dos germes também impulsionou o estudo da imunologia, voltada ao estudo do sistema imunológico dos animais. O conceito mais antigo de como o sistema imunológico ajudava a proteger contra moléstias pode ser rastreado até a Peste de Atenas, 430-427 a.C., quando Tucídides observou pessoas doentes que sobreviveram e, após se recuperarem, prestavam assistência a outros pacientes sem adoecer novamente.

O movimento de saúde pública incentivou as autoridades a criar e posteriormente expandir os departamentos de saúde com o duplo objetivo de melhorar os sistemas sanitários – filtragem de água, sistemas de esgoto e coleta de lixo –, enquanto instituía regulamentos sobre canalização, preparação de alimentos e outros temas relativos à higiene. Todas essas medidas de prevenção de doenças, uma vez combinadas com o movimento da economia doméstica, proporcionaram a oportunidade de aplicação da ciência à vida doméstica, dando origem à higiene doméstica.

Os avanços no saneamento, higiene e patologia do estudo de microrganismos e doenças decorrentes da teoria dos germes fizeram mais para mudar a sociedade do que qualquer outra inovação médica. Em 2000, a revista Life incluiu a teoria dos germes como o único item médico numa lista dos dez principais avanços importantes do milênio anterior. A teoria dos germes surgiu para proteger e salvar bilhões de vidas; vidas que, de outra forma, teriam sido perdidas para germes invisíveis.

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Perguntas e respostas

O que é a teoria dos germes?

A teoria dos germes, desenvolvida na segunda metade do século XIX, identificou germes microscópicos, tais como bactérias, vírus, fungos, protozoários e príons como a causa da maioria das doenças infecciosas.

Quem descobriu a teoria dos germes?

Louis Pasteur (1822-1895), químico e microbiologista francês, e Robert Koch (1843-1910), médico e microbiologista alemão, receberam o crédito pela descoberta da teoria dos germes nas décadas de 1860 a 1880.

Bibliografia

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

John Horgan
Professor-assistente de história na Universidade de Concórdia, em Wisconsin, nos Estados Unidos. Seus interesses atuais de leitura e pesquisa incluem pestes, doenças e alimentação na história mundial.

Citar este trabalho

Estilo APA

Horgan, J. (2023, julho 24). Teoria dos Germes [Germ Theory]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-22085/teoria-dos-germes/

Estilo Chicago

Horgan, John. "Teoria dos Germes." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação julho 24, 2023. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-22085/teoria-dos-germes/.

Estilo MLA

Horgan, John. "Teoria dos Germes." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 24 jul 2023. Web. 25 dez 2024.