
O Massacre de Boston, também chamado de Incidente na King Street, ocorreu em Boston, Massachusetts, em 5 de março de 1770, quando nove soldados britânicos dispararam contra uma multidão de colonos americanos, matando cinco e ferindo outros seis. O massacre foi fortemente propagandeado por colonos como Paul Revere e contribuiu para elevar as tensões na fase inicial da Revolução Americana (c. 1765-1789).
Antecedentes
Em meados da década de 1760, o Parlamento da Grã-Bretanha tentou tributar diretamente as Treze Colônias da América do Norte britânica, como uma forma de elevar a receita após a dispendiosa Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Embora o Parlamento acreditasse estar agindo conforme suas prerrogativas, os colonos americanos discordavam; como súditos da Coroa, deveriam ter direitos iguais aos demais, incluindo o direito de autotributação. Já que não estavam representados no Parlamento, os colonos alegavam que o Parlamento não tinha poder para tributá-los diretamente; cidadãos proeminentes, como Samuel Adams (1722-1803), um morador de Boston, argumentavam que os americanos ficariam relegados ao status de "escravos tributários" se consentissem em pagar o imposto parlamentar (Schiff, 73).
Em abril de 1765, chegou às colônias a notícia de que o Parlamento havia emitido a Lei do Selo, um imposto direto sobre todos os documentos em papel. Indignados, os colonos protestaram de várias maneiras; a Câmara dos Burgueses da Virgínia aprovou uma série de resoluções denunciando o ato como uma violação dos direitos dos americanos, enquanto os comerciantes coloniais começaram a boicotar as importações britânicas. No entanto, a oposição mais dramática à Lei do Selo ocorreu em Boston, capital da província da Baía de Massachusetts. Em 14 de agosto de 1765, uma multidão de moradores de Boston enforcou num olmo a efígie de Andrew Oliver, o distribuidor de selos de Massachusetts, antes de saquear violentamente sua casa à noite. Temendo por sua vida, Oliver renunciou ao cargo no dia seguinte, mas a multidão não se satisfez; em 26 de agosto, atacou a casa do vice-governador de Massachusetts, Thomas Hutchinson, roubando tudo o que podiam. Todas as colônias celebraram esses tumultos; os Filhos da Liberdade, um grupo mais ou menos organizado de agitadores políticos coloniais, dataram sua fundação a partir destas agitações, enquanto o olmo no qual a efígie de Oliver foi enforcada ficou conhecido como a "Árvore da Liberdade" de Boston.
O Parlamento revogou a Lei do Selo em março de 1766, mas os colonos mal tiveram tempo de comemorar antes que os parlamentares aprovassem um novo conjunto de impostos e regulamentos, as Leis Townshend, entre 1767 e 1768. Essas leis impunham novas tributações sobre bens como vidro, tinta e chá e requeriam a instalação de um Conselho de Comissários, com sede em Boston, para supervisionar a cobrança. Quando os cinco comissários chegaram à cidade, em novembro de 1767, uma multidão hostil os recebeu, carregando efígies e portando cartazes com os dizeres: "Liberdade & propriedade & sem comissários" (Middlekauff, 163). Os principais cidadãos de Boston também recepcionaram os comissários com frieza; John Hancock (1737-1793), um dos comerciantes mais ricos da cidade, recusou-se a permitir que sua Companhia de Cadetes, a organização militar que operava, participasse do desfile realizado para recebê-los. Dispostos a colocar homens como Hancock em seu devido lugar, os comissários apreenderam a chalupa de Hancock, Liberty, em 10 de junho de 1768, sob o pretexto de que havia transportado mercadorias de contrabando e que seu capitão ameaçara um cobrador de impostos.
Quando os marinheiros britânicos chegaram para tomar posse do Liberty, uma multidão os recebeu, já irritada porque os britânicos vinham alistando marinheiros de Boston na Marinha Real. Uma briga irrompeu nas docas e logo se transformou num tumulto em toda a cidade, com milhares de colonos percorrendo as ruas e espancando os cobradores de impostos, além de atacar as casas dos comissários. Os oficiais reais tiveram que fugir para Castle Island, uma ilha fortificada na baía de Boston, para escapar da violência. Para restaurar a ordem, o general Thomas Gage, comandante-em-chefe de todas as forças britânicas na América do Norte, decidiu deslocar tropas para Boston. Cerca de 2.000 soldados britânicos, a maioria dos 29º e 14º regimentos, embarcaram em Halifax e chegaram à cidade em 1º de outubro de 1768. Uma manifestação do poder imperial da Grã-Bretanha, os soldados de casaco vermelho desembarcaram e marcharam para uma área pública conhecida como Boston Common, com as baionetas em riste brilhando à luz do sol.
A Guarnição e a Cidade
A força britânica era comandada pelo tenente-coronel William Dalrymple, do 14º Regimento, que enviou um pedido aos funcionários públicos de Boston para fornecer alojamentos e provisões para seus homens. As autoridades coloniais rejeitaram a solicitação, informando a Dalrymple que havia amplos alojamentos em Castle Island e, até que esses quartéis atingissem a capacidade, não pagariam pelo alojamento de soldados britânicos em Boston. Depois de vários dias de negociações infrutíferas, durante os quais os regimentos britânicos permaneceram aquartelados nos navios, o coronel Dalrymple finalmente se cansou. Ele ordenou que todos os seus homens desembarcassem; se as teimosas autoridades locais se recusassem a fornecer instalações adequadas, Dalrymple simplesmente instalaria um acampamento para seus homens no Boston Common.
De fato, a maior parte do 29º Regimento montou acampamento na área pública, armando suas tendas entre o rebanho de gado local, enquanto o 14º Regimento, com um pouco mais de sorte, instalou-se num mercado e salão de reuniões chamado Faneuil Hall, por mais frio e apertado que fosse. Com a aproximação cada vez maior do inverno, estas acomodações só podiam servir por algum tempo e, em poucas semanas, as tropas passaram a ocupar armazéns, estalagens e prédios particulares alugados. Se as autoridades de Boston haviam fincado pé em se recusar a pagar pelo alojamento do exército, o coronel Dalrymple também insistia no seu ponto: até que Boston assumisse o que fizera, os soldados tinham chegado para ficar. Por um ano e meio, isso se tornou um fato inevitável da vida e os bostonianos e soldados viviam e trabalhavam lado a lado.
A inimizade entre os colonos e os soldados ficou evidente desde o início. A visão diária dos redcoats [casacas-vermelhas] armados patrulhando as ruas e postados do lado de fora de prédios públicos deixava os moradores de Boston perto do seu limite, já que não estavam acostumados a ter suas liberdades pessoais desafiadas dessa maneira. Os colonos odiavam particularmente ter suas idas e vindas fiscalizadas pelas sentinelas britânicos que patrulhavam as principais ruas. Embora fosse um procedimento padrão para as sentinelas na Grã-Bretanha interpelar os transeuntes, os bostonianos ressentiam-se disso e, com frequência, não respondiam; esse comportamento algumas vezes resultava em rixas que provavelmente terminavam com o indomável colono sendo atingido com a coronha de um mosquete. Não ajudava em nada o fato de que os soldados, quando não em serviço, bebessem demais, resultando em vários incidentes de provocação ou ameaça aos colonos.
Quanto mais tempo os soldados britânicos permaneciam em Boscon, mais se integravam à comunidade, para grande desgosto de alguns de seus novos vizinhos. Os regulamentos militares da época permitiam aos soldados, quando não estavam a serviço, procurassem empregos civis para complementar seus rendimentos. Em geral, os soldados aceitavam trabalhar por salários menores, ocupando desta forma empregos que os bostonianos sentiam que pertenciam a eles. Alguns soldados britânicos cortejavam e até se casavam com mulheres da cidade, uma união inaceitável para qualquer Filho da Liberdade que se prezasse. O juiz Richard Dana, por exemplo, chegou ao ponto de impedir sua filha de deixar a casa, temendo que ela confraternizasse com um soldado.
Ao mesmo tempo, muitos habitantes da cidade sentiam pena dos militares, especialmente após testemunhar a rígida disciplina a que estavam sujeitos. Não era incomum que os soldados recebessem centenas de açoites por infrações que os colonos consideravam insignificantes; um soldado raso chamado Daniel Rogers acabou sentenciado a 1.000 açoites do chicote conhecido como cat-o'-nine-tails [literalmente, gato de nove caudas, denominação dada ao chicote com várias correias empregado nestas punições], após desertar de seu posto para visitar a família na vizinha Marshfield. Rogers recebeu 170 açoites antes de perder a consciência; ele foi poupado de suportar o resto de sua punição depois que os moradores de Boston pediram ao coronel Dalrymple que tivesse misericórdia.
O soldado raso Richard Eames, outro desertor, não teve tanta sorte; depois de ser capturado numa fazenda em Framingham, Eames foi executado por um pelotão de fuzilamento em Boston Common. Tais ações horrorizaram os colonos e os convenceram da crueldade do exército britânico. Por volta de abril de 1769, em média um soldado da guarnição estava desertando a cada dois dias e meio, uma taxa que alarmou os oficiais, que passaram a suspeitar que os colonos estavam abrigando os desertores. Não estavam errados: alguns bostonianos estavam estimulando ativamente os soldados a desertar; a taxa de deserção favorecia a propaganda dos Filhos da Liberdade, que não perdiam tempo em mostrar que a vida na América era preferível ao exército britânico.
O Assassinato de Christopher Seider
Enquanto aumentavam as tensões entre os bostonianos e os soldados britânicos, os boicotes dos comerciantes coloniais às Leis Townshend continuavam acontecendo. No entanto, alguns comerciantes, como Theophilus Lillie, recusaram-se a aderir; Lillie argumentava que os bostonianos não tinham mais direito de forçá-lo a obedecer ao boicote do que o Parlamento tinha de tributar as colônias. A franqueza de Lillie o marcou como um alvo para a facção libertária de Boston; no dia 22 de fevereiro de 1770, uma multidão composta principalmente de garotos colocou uma placa em sua loja com os dizeres "importador", que indicava o comerciante como violador do boicote.
Um dos vizinhos de Lillie, Ebenezer Richardson, tentou afastar a multidão e derrubar a placa. Richardson era bem conhecido como informante dos oficiais reais e a multidão rapidamente voltou sua raiva para ele. A multidão o seguiu até chegar em casa e cercou o imóvel, com alguns participantes gritando: "Saia, seu maldito f. da p., vou arrancar seu coração e seu fígado" (Middlekauff, 208). Richardson ficou atemorizado e, depois que parte da multidão começou a quebrar as janelas, disparou sua arma contra a multidão. Um dos garotos ficou ferido e outro, Christopher Seider, de onze anos, acabou morto. Preso, Richardson foi posteriormente condenado por homicídio, embora tenha sido libertado, no final das contas, após um perdão do rei.
O assassinato do jovem Seider contribuiu para aumentar ainda mais as tensões. Ainda que Richardson não fosse um soldado britânico, suas ações aumentaram o desdém da cidade em relação aos oficiais reais e os soldados que, apesar de tudo, estavam ali para levar a efeito as ordens que recebiam os superiores. Os Filhos da Liberdade organizaram o funeral de Seider, que contou com a presença de milhares de bostonianos.
A Briga na Fábrica de Cordas de Gray
Nas semanas seguintes ao funeral de Seider, as rixas entre soldados e moradores de Boston se tornaram mais frequentes. A mais grave delas ocorreu no dia 2 de março, quando um soldado de folga entrou na Ropewalk (grandes barracões utilizados para a fabricação de cordas] de John Gray procurando emprego. Quando o soldado indagou a um cordoeiro se havia algum trabalho disponível, recebeu a resposta que sim, "limpar minha latrina" (Middlekauff, 209). Sentindo-se insultado, o soldado golpeou o cordoeiro; a luta rapidamente se transformou numa briga de rua, envolvendo outros soldados e bostonianos. No dia seguinte, novas brigas irromperam, inclusive com a utilização de porretes e bastões. Com tensões num nível máximo, era somente uma questão de tempo até que houvesse derramamento de sangue.
O Incidente
Às 20h do dia 5 de março de 1770, o soldado Hugh White, do 29º Regimento, estava de guarda do lado de fora da alfândega da King Street. Enquanto estava em seu posto, o soldado White ouviu Edward Gerrish, um aprendiz, insultar um oficial do exército, dizendo que "não havia cavalheiros entre os oficiais do 29º" (Middlekauff, 210). White encarregou-se de disciplinar o rapaz, dando-lhe uma pancada na orelha; Gerrish também parece ter sido atingido por um soldado de folga que estava por perto. A notícia de que Gerrish havia sido abordado por um soldado britânico rapidamente se espalhou e, em 20 minutos, uma multidão de bostonianos furiosos cercou o soldado White. A multidão começou a insultar o soldado; quando White ameaçou atravessá-los com sua baioneta se não se dispersassem, a multidão começou a jogar bolas de neve e pedaços de gelo. White recuou até a porta da alfândega, onde tentou conter a multidão sozinho.
O capitão Thomas Preston observava a situação com crescente desconforto. No comando da guarnição naquela noite, Preston estava ciente de que teria que agir se a multidão não se dispersasse por conta própria. Logo ficou evidente que Preston não teria essa sorte; os sinos da igreja da cidade começaram a tocar, o que geralmente significava que havia um incêndio. Inicialmente, muitos civis bem-intencionados apareceram carregando baldas de água para ajudar a extinguir o incêndio inexistente; em seguida, outros surgiram, carregando porretes e até espadas, sua fúria alimentada pelos rumores de que os britânicos pretendiam derrubar a Árvore da Liberdade. Preston decidiu agir e ordenou que seis soldados rasos e um cabo o seguissem até a multidão, com o propósito de resgatar White. O grupo conseguiu penetrar na multidão com facilidade, mas em seguida ficaram aprisionados quando os bostonianos os cercaram.
Com os soldados cercados pela multidão, Preston ordenou que seus homens formassem um semicírculo, com suas costas para a alfândega, e carregassem seus mosquetes. Por 15 tensos minutos, o impasse continuou: alguns dos redcoats foram reconhecidos pelo colonos como tendo participado da briga de rua perto da fábrica de cordas de Gray, elevando as tensões. Neste ponto, a multidão compreendia entre 300 e 400 pessoas e os furiosos bostonianos continuavam a atirar bolas de neve e pedaços de gelo nos soldados. Alguns colonos começaram a cutucar os mosquetes com varas, desafiando os soldados a disparar. O capitão Preston posicionou-se à frente de seus homens e, em dado momento, um colono alertou-o para "tomar cuidado com seus homens, pois, se eles dispararem, você pode responder com sua vida". O oficial replicou simplesmente: "Estou consciente disso" (Middlekauff, 211). Um estalageiro chamado Richard Palmes puxou Preston de lado para perguntar-lhe se os mosquetes estavam carregados; Prestou respondeu afirmativamente, mas assegurou que os soldados não disparariam.
Enquanto os dois conversavam, um pedaço de gelo atirado pela multidão atingiu o soldado raso Hugh Montgomery, fazendo com que escorregasse e caísse. Montgomery levantou-se, cambaleante, antes de disparar seu mosquete contra a multidão, apesar de não ter recebido nenhuma ordem para isso. Depois que o tiro de Montgomery soou, houve uma pequena pausa antes que os demais soldados abrissem fogo. Onze homens foram atingidos. Três morreram instantaneamente, incluindo o cordoeiro Samuel Gray, o marinheiro James Caldwell e Crispus Attucks, um marinheiro mestiço de ascendência africana e nativa americana. Samuel Maverick, um aprendiz de 17 anos, tornou-se a quarta vítima na manhã seguinte, não resistindo aos ferimentos, enquanto Patrick Carr, um imigrante irlandês, que levara um tiro no abdômen, resistiu por duas semanas antes de finalmente sucumbir.
Julgamentos
Após ser dispersada pelo tiroteio, a multidão voltou a se reunir horas depois e começou a percorrer as ruas, pedindo vingança contra o capitão Preston e seus homens. O vice-governador Hutchinson, percebendo que precisava jogar água na fervura, prendeu Preston e os outros oito soldados no dia seguinte; os soldados britânicos foram indiciados por assassinato. Apesar da raiva que muitos moradores de Boston sentiam em relação ao exército britânico, as autoridades de Boston estavam cientes de que precisavam garantir um julgamento justo para não dar ao exército pretexto para retaliação. Para atingir esse objetivo, os julgamentos de Preston e seus homens foram adiados até o outono para acalmar os ânimos e dar mais chances de selecionar um júri imparcial. Os soldados seriam defendidos por John Adams (1735-1826), um advogado bostoniano destinado a se tornar o segundo presidente dos Estados Unidos. Ainda que um ardente patriota, ele acreditava firmemente que todos tinham direito a um julgamento justo, o que o levou a aceitar o caso.
O capitão Preston foi julgado primeiro, na última semana de outubro de 1770. Depois de chamar várias testemunhas com relatos muitas vezes contraditórios, Adams conseguiu convencer o júri de que havia uma dúvida razoável sobre a ordem para os soldados dispararem e Preston acabou sendo absolvido. O julgamento conjunto dos oito soldados ocorreu um mês depois; Adams argumentou que eles tinham sido acossados por uma multidão violenta e só atiraram em legítima defesa. Essa multidão, de acordo com Adams, era composta principalmente de "molattos, irish teagues e Jack Tars [mulatos, irlandeses católicos e marinheiros]" (Zabin, 216). Ao pintar a multidão como consistindo principalmente de forasteiros, ele desviou com sucesso a culpa dos bostonianos "íntegros" e dos soldados. Mais uma vez, Adams alcançou seu objetivo; o júri absolveu os seis soldados. Condenados por homicídio culposo [sem intenção de matar], dois deles tiveram os polegares marcados, uma punição leve em comparação com a pena de morte que resultaria da condenação por assassinato.
Conclusão
Embora os soldados sofressem apenas uma punição leve, nem tão cedo o povo de Boston esqueceria que cinco conterrâneos haviam sido mortos a sangue frio por integrantes do exército de Sua Majestade. As tensões entre colonos e os redcoats só aumentaram após o incidente; uma famosa gravura de Paul Revere (1735-1818), baseada num original de Henry Pelham, retrata a linha de soldados britânicos disparando calmamente uma saraivada contra a multidão e o capitão Preston parado atrás deles, com a espada erguida. Embora esta seja claramente uma versão de propaganda dos eventos, tornou-se aceita por muitos colonos, que começaram a se referir ao incidente como o "Massacre de Boston".
O massacre ocupa um lugar importante na história da Revolução Americana, marcando a primeira instância em que se derramou sangue pela causa da liberdade das colônias. Mais colonos começaram a ver a Grã-Bretanha, e até mesmo o rei, com desconfiança; após o massacre, a divisão entre os 'legalistas' americanos, ou apoiadores da Grã-Bretanha, e os 'patriotas', ou apoiadores da causa da liberdade, tornaram-se mais definidas, ajudando a acelerar a eclosão da Guerra Revolucionária Americana (1775-1783) e, finalmente, a elaboração da Declaração de Independência.