Retirada de Dunquerque

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Mark Cartwright
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 29 abril 2024
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, espanhol
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The Withdrawal from Dunkirk (by Charles Ernest Cundall, Public Domain)
A Retirada de Dunquerque
Charles Ernest Cundall (Public Domain)

A Retirada de Dunquerque, de 26 de maio a 4 de junho de 1940, conhecida como Operação Dínamo, foi a tentativa de salvar a Força Expedicionária Britânica da completa derrota diante do exército alemão, que avançava em sua direção. Aproximadamente 1.000 embarcações navais e civis de todos os tipos, auxiliadas pelo tempo favorável e pelo apoio aéreo da RAF (Royal Air Force, a Força Aérea Britânica), conseguiram evacuar cerca de 340.000 soldados britânicos, franceses e aliados.

A evacuação prejudicou as relações diplomáticas anglo-francesas, pois os franceses consideraram Dunquerque uma traição, mas a alternativa mais provável seria a captura total da Força Expedicionária Britânica no continente. A França rendeu-se logo após Dunquerque, mas a retirada permitiu à Grã-Bretanha e seu império preservar seus recursos e lutar sozinha no que rapidamente se tornaria um teatro de guerra em constante expansão.

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A Blitzkrieg Alemã

No início da Segunda Guerra Mundial, a partir da invasão da Polônia pela Alemanha, em 1º de setembro de 1939, a França confiava quase totalmente numa simples linha de defesa para se proteger de invasões. Estas defesas, a chamada Linha Maginot, consistiam numa série de impressionantes poderosas estruturas de concreto, casamatas e túneis subterrâneos que se estendiam ao longo das fronteiras orientais francesas. Guarnecido por 400.000 soldados, o sistema de defesa recebeu seu nome do ministro da Guerra francês, André Maginot. A França acreditava que um ataque alemão viria mais provavelmente de dois locais: as regiões de Metz e Lauter. Como se viu, a Alemanha atacou a França através das Ardenas e Sedan, na fronteira belga, contornando a maior parte da Linha Maginot e superando as inadequadas defesas francesas nas proximidades do Rio Meuse - insuficientes porque os franceses consideravam o terreno desta área florestada impróprio para tanques. Mais tarde, durante a campanha, a Linha Maginot acabou sendo rompida próximo a Colmar e Saarbrücken.

Os tanques alemães atravessaram as Ardenas e, em grande velocidade, fizeram uma enorme curva através do nordeste da França para alcançar a costa perto de Bolonha.

Para reforçar as defesas da França, a Grã-Bretanha tinha enviado a Força Expedicionária Britânica (BEF, na sigla em inglês), sob o comando do general John Vereker (mais conhecido pelo seu título posterior de lorde Gort, 1886-1946). Cerca de 150.000 homens, em sua maior parte de infantaria, chegaram em setembro de 1939 para reforçar a fronteira franco-belga. A BEF incluía a Força Britânica Avançada de Ataque Aéreo, com 12 esquadrões da RAF. As aeronaves eram em sua maioria caças Hawker Hurricane e alguns bombardeiros leves, enviados ao continente para o pesar dos comandantes da RAF, que preferiam utilizá-los na defesa doméstica. Os melhores caças Supermarine Spitfire foram mantidos em segurança na Grã-Bretanha até os últimos estágios da batalha na França. Sem divisões blindadas, a BEF tinha um papel muito mais defensivo do que ofensivo Mais divisões de infantaria chegaram até abril de 1940, elevando o contingente para quase 400.000 homens, dos quais 150.000 com pouco ou nenhum treinamento militar. Como observou o general Bernard Montgomery (1887-1976), a BEF era "totalmente incapaz de lutar uma guerra de primeira classe no continente" (Dear, 130). Neste aspecto, tanto a Grã-Bretanha quanto a França permaneciam presas no modo de pensamento defensivo que lhes havia garantido a vitória na Primeira Guerra Mundial (1914-18). Seu inimigo pensava de maneira oposta e havia planejado meticulosamente o que chamou de Fall Gelb (Operação Amarela), a ofensiva alemã no oeste.

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German 6th Panzer Division, 1940
A 6ª Divisão Panzer Alemã, 1940
Imperial War Museums (Public Domain)

Totalmente despreparados para uma guerra de movimento, os franceses e sua estratégia defensiva acabaram sobrepujados nas semanas intermediárias de maio de 1940 pelas táticas alemãs de Blitzkrieg ("guerra relâmpago"), que consistia no movimento rápido de tanques apoiado por bombardeiros especializados e inteligentemente seguido pela infantaria. As forças alemãs varreram os três países neutros da Holanda, Luxemburgo e Bélgica. O 9º Exército atravessou as Ardenas e, velozmente, fez uma enorme curva através do nordeste da França para alcançar a costa perto de Bolonha. A BEF e os exércitos franceses do norte (7º e 1º) ficaram isolados do resto das forças francesas ao sul. A Alemanha alcançara o que chamava de "Movimento de Pinça" (Sichelschnitt). 24 de maio, as tropas francesas e britânicas encontravam-se isoladas e de costas para o Canal da Mancha, ocupando uma região que ia de Dunquerque a Lille. Embora houvesse contra-ataques esporádicos dos defensores, Gort já havia concluído que o exército francês entrara em colapso como força operacional. Ele considerou que um ataque aos alemães no sul, seguindo as ordens que recebera, teria como resultado apenas a aniquilação de seu exército. A BEF devia ser salva e, assim, ele recuou para o norte.

Entre 850 e 950 embarcações de todos os tipos participaram da evacuação de Dunquerque.

O Bolsão de Dunquerque

Restava o problema de como evacuar esses homens e trazê-los de volta para a segurança da Grã-Bretanha. O vice-almirante Bertram Ramsey (1883-1945) teve a ideia de apelar para o apoio civil, que forneceria quaisquer embarcações capazes de atravessar o Canal da Mancha e depois transportar os soldados retidos nas praias de Dunquerque para navios de maior porte no mar ou até mesmo levá-los de volta a Dover. As embarcações participantes deveriam medir entre 9 e 30 metros.

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Com o exército alemão pressionando o bolsão em Dunquerque, mas temporariamente retido pela defesa francesa de Lille e por uma força britânica e francesa combinada em Dunquerque, o almirante Ramsey considerou que a evacuação de cerca de 45.000 homens poderia ser possível se uma frota de resgate grande o suficiente pudesse ser montada. Como se viu, os alemães interromperam seu avanço para reabastecer suas divisões blindadas de movimento rápido, talvez porque Hitler estivesse convencido de que a Força Aérea Alemã (Luftwaffe) sozinha poderia destruir o bolsão cada vez menor de tropas inimigas. O alto comando alemão estava dividido sobre avançar sobre Dunquerque ou conservar as forças para o avanço em direção a Paris. O general Gerd von Rundstedt (1875-1953), comandante-em-chefe do Grupo de Exércitos A, deu a ordem de parada dos blindados alemães em campo no dia 24 de maio. O general Brauchitsch (1881-1948), comandante-em-chefe do Exército Alemão, era contra tal interrupção, mas Hitler endossou a decisão de Rundstedt (tanto von Rundstedt quanto Brauchitsch foram feitos marechais de campo em julho). Conforme observa o historiador A. Gilbert:

A "Ordem de Parada" foi o único grande erro cometido pelos alemães durante a campanha de 1940 no oeste. Se os panzers tivessem continuado seu caminho, então os aliados teriam sido emboscados e forçados a se render, com mais de 200.000 dos melhores soldados britânicos irremediavelmente perdidos. (134)

Germany's Western Attack, May 1940
Ataque Ocidental da Alemanha, Maio de 1940
United States Military Academy (Public Domain)

Outra vantagem para a operação dos Aliados foi o tempo excepcionalmente calmo na última semana de maio e nos primeiros dias de junho. Ainda assim, a Luftwaffe e as forças navais alemãs estavam determinadas a atacar a evacuação (tanto as tropas na praia quanto os navios no Canal). Mesmo em condições ideais, retirar dezenas de milhares de homens de uma única praia com 16 quilômetros de extensão era uma tarefa logística monumental.

A Armada de Voluntários

Entre 850 e 950 embarcações de todos os tipos estiveram envolvidas na evacuação de Dunquerque, que decorreu de 26 de maio a 4 de junho. Havia rebocadores, barcos de pesca (britânicos, franceses e belgas), botes salva-vidas, barcaças (incluindo holandesas), balsas e embarcações de recreio de todas as espécies. Ramsey coordenava o esforço dos voluntários de uma base nos penhascos de Dover. A sala de operações de Ramsey já havia abrigado um dínamo, o que deu origem ao nome oficial da evacuação: Operação Dínamo. A armada de "pequenos navios" tinha a coordenação do almirante Wake-Walker (1888-1945).

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Os destróieres da Marinha desempenharam um papel fundamental na evacuação de pessoal de Dunquerque, embarcando homens transportados até eles por embarcações menores que podiam chegar perto da praia. O tenente-comandante John McBeath, comandante do destróier HMS Venomous, descreve a frota de resgate de Dunquerque:

As autoridades no Reino Unido colocaram em andamento a organização de uma flotilha de pequenos barcos. Tudo começou de maneira bastante aleatória, porque todos os tipos de barcos, desde pequenas embarcações familiares a motor até as de clube, muito maiores e, na verdade, quase tudo o que podia atravessar a motor para o outro lado, participavam inicialmente e de forma bastante isolada. Alguns nunca conseguiram chegar e muitos foram a lugares errados, mas eventualmente receberam orientação e então nos deparamos com vários pequenos barcos indo e vindo, muitos dos quais com uma dúzia ou mais de soldados a bordo. (Holmes, 109)

Troops Awaiting Ships at Dunkirk
Tropas Aguardando Navios em Dunquerque
Imperial War Museums (Public Domain)

Bertie Good, o comissário chefe do Royal Daffodil, uma balsa civil envolvida na evacuação, conta o seguinte:

Chegamos a Gravelines e fomos atacados pela aviação alemã [...] Seguimos para Dunquerque [...] George Johnson nos pegou e fomos atracados ao longo da praia e as tropas vieram, como ratos, e correram em direção ao navio. Embarcamos mil e setecentos homens a bordo e, quando estávamos recolhendo o passadiço, cerca de trinta ou quarenta ambulâncias vieram pelo cais [...] Então, a tripulação desembarcou, trouxe cada homem das ambulâncias (seis de cada) e os colocou no refeitório. Nenhum destes companheiros tinha curativos nos ferimentos e estavam num estado deplorável. Todos os oficiais do navio que tinham kits de primeiros socorros começaram a aplicar curativos nos feridos. (Holmes, 108)

Em sua décima terceira viagem a Dunquerque, o Royal Daffodil foi atingido por uma bomba de uma aeronave alemã. A balsa sobreviveu, mas um tripulante foi morto e cinco ficaram feridos por tiros de metralhadora. Algumas embarcações que cruzavam o canal também sofreram a ataques de submarinos e E-boats [embarcações rápidas de ataque alemãs] e, quando se aproximavam da costa francesa, de projéteis de artilharia inimigos. O bolsão cada vez menor em torno de Dunquerque ficou sob intensa pressão de três direções, que só se intensificou após a remobilização das divisões de tanques alemãs em 27 de maio e a rendição da Bélgica em 28 de maio. A BEF envolveu-se num combate brutal de retaguarda para garantir mais alguns dias de evacuação, que até aquele momento só conseguira salvar meros 8.000 homens. Uma taxa muito mais rápida de evacuação foi alcançada a partir de 28 de maio, com o uso do quebra-mar leste do porto de Dunquerque. A tenaz defesa francesa de Lille também estava ajudando a desviar recursos alemães que, de outra forma, teriam sido mobilizados para atacar Dunquerque.

RAF Reconnaissance during the Dunkirk Evacuation
Reconhecimento da RAF durante a Retirada de Dunquerque
Imperial War Museums (Public Domain)

A RAF intensificou seu envolvimento nos últimos dias da evacuação, mas os caças britânicos estavam voando no limite de seu alcance em termos de combustível. A Luftwaffe continuou a bombardear Dunquerque, destruindo a cidade, seus pátios ferroviários, docas e as refinarias de petróleo próximas em St. Pol. O líder de esquadrão Max Aitken tinha uma visão panorâmica da costa:

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Dunquerque estava em ruínas: havia uma enorme nuvem de fumaça que vinha de navios em chamas e das instalações de petróleo em chamas e as aeronaves voavam nessa fumaça […] Tínhamos combates aéreos ocasionais, mas era muito confuso. O tempo estava simplesmente glorioso – você podia ver por quilômetros, exceto pela fumaça, e a fumaça era fantástica. Não tentávamos proteger as tropas nas praias; esse não era o nosso trabalho. Nosso trabalho era impedir que qualquer aeronave inimiga chegasse até aquelas tropas. (Holmes, 109)

Além do caos nos céus e nas águas abertas, também havia confusão entre as tropas encurraladas nas praias. Muitos soldados estavam tão ansiosos para fugir que se arriscavam a sobrecarregar os barcos. A maior parte das tropas sofria há dias com a falta de comida ou água e, assim, muitos soldados encontravam-se fracos demais para andar ou nadar, o que resultava em muitos afogamentos. Longas filas se formaram das praias para o mar, onde era raso para ficar de pé mas profundo o bastante para que as pequenas embarcações se aproximassem. Alguns barcos menores deliberadamente encalharam na praia para dar aos homens mais fracos a chance de embarcar ou fornecer um cais para outra embarcação. O mar ficou apinhado de barcos destruídos por bombas e cadáveres, dificultando a aproximação de novas ondas de embarcações, que corriam o risco adicional das salvas de artilharia do continente, do bombardeio aéreo e das minas no mar. Como um soldado cockney [residente no East End londrino] comentou, resumindo toda a operação, assim que foi pescado para fora do mar e para a segurança de um barco de resgate: "Gawd [corruptela de God, Deus], que pesadelo sangrento!" (Liddel Hart, 46).

Os comandantes britânicos e franceses também contribuíram para a confusão geral com várias falhas de comunicação e mal-entendidos. Inicialmente, os britânicos tinham a ideia de que suas próprias tropas seriam evacuadas, enquanto os franceses permaneceriam defendendo a retaguarda. Ao mesmo tempo, os comandantes do exército francês hesitavam se deveriam ou não permitir que as tropas francesas fossem evacuadas. Apenas nos últimos dois dias da operação, quando a maioria dos britânicos já havia sido resgatada, que se promoveu um esforço conjunto para evacuar também as tropas francesas.

French Destroyer Sinking during the Dunkirk Evacuation
Destróier Francês Afundando Durante a Retirada de Dunquerque
Imperial War Museums (Public Domain)

Resultados

No final, cerca de 220.000 soldados britânicos e 120.000 franceses foram evacuados de Dunquerque. A quantidade total de soldados resgatados, segundo o Almirantado, totalizou 338.226. Essa escapada extraordinária permitiu à Grã-Bretanha continuar na guerra. Como observou o primeiro-ministro Winston Churchill (1874-1965) em 4 de junho, "houve uma vitória nesse resultado" (Dear, 243). Mas também aconteceram, no entanto, perdas tremendas.

Durante o avanço alemão, a BEF perdeu 68.111 homens em ação (mortos, feridos ou feitos prisioneiros) e outros 600 em mortes acidentais. Os holandeses perderam quase 3.000 homens e outros 7.000 ficaram feridos. 7.500 soldados belgas foram mortos e 15.850 feridos. Trinta mil soldados franceses ficaram em Dunquerque para enfrentar seu destino. Nove destróieres aliados, várias outras embarcações navais e cerca de 200 barcos civis de todos os tipos foram perdidos para bombas, torpedos, projéteis e minas. O destróier HMS Wakeful recebeu um tiro de torpedo e 600 soldados se afogaram. Dezenove destróieres ficaram danificados, mas não afundaram. A RAF tentou desesperadamente proteger a frota de evacuação, perdendo com isso 106 aviões de combate vitais. No total, a RAF perdeu 931 aeronaves e sofreu mais de 1.500 baixas na defesa da França, incluindo a perda de mais de 500 pilotos. Todo os equipamentos pesados e de transporte da BEF se perderam; não apenas a valiosa artilharia (quase 2.500 peças), mas também itens essenciais como caminhões de combustível (os aeródromos da RAF na Grã-Bretanha sentiriam a falta destes veículos por algum tempo). A quantidade total de veículos perdidos chegou a 64 mil. Quinhentas mil toneladas de munição e estoques foram abandonados. Pode ter sido um grande resgate, mas, como Churchill relembrou sucintamente no Parlamento Britânico, "Guerras não são vencidas por evacuações" (Gilbert, 139).

Houve outras retiradas de tropas britânicas (além de polonesas e de outros aliados) da França após Dunquerque, notavelmente em Le Havre, Veules-les-Roses e St. Nazaire, que incluiu o afundamento do navio de transporte Lancastria, no qual 3.000 homens morreram. De maneira geral, o sentimento na Grã-Bretanha, conforme a frase de Churchill, era de que uma derrota havia se transformado numa vitória – pelo menos uma vitória em termos de moral. A enorme frota de voluntários que navegou pelo Canal naqueles turbulentos dias de maio e junho de 1940, que envolveu pessoas de todos os tipos de nacionalidades, transformou-se em algo lendário. O "Espírito de Dunquerque", como foi chamado, ajudaria a inspirar os britânicos durante os tempos difíceis à frente.

Adolf Hitler in Paris
Adolf Hitler em Paris
NARA (Public Domain)

A Defesa da Grã-Bretanha

A partir de 5 de junho, o exército alemão atravessou a França em direção ao sul, de Nantes a Besançon; Paris acabou capturada em 14 de junho. O governo francês transferiu-se para Bordeaux e se rendeu em 22 de junho. A Queda da França levara apenas seis semanas. Determinado a impedir que a Marinha Francesa, estacionada no Norte da África, caísse em mãos alemãs, Churchill solicitou que os navios viessem para a Inglaterra ou se refugiassem em portos neutros. Os franceses rejeitaram a ideia e, assim, a RAF bombardeou a frota em julho, o que resultou em 1.600 mortes.

O tamanho relativamente pequeno da ajuda militar britânica para a defesa da França, a evacuação em Dunquerque e suas consequências imediatas, como o bombardeio naval, azedaram seriamente as relações anglo-francesas. De qualquer forma, a Grã-Bretanha, seriamente atingida, havia perdido seu principal aliado e, embora pudesse convocar tropas de seu império, agora via-se sozinha contra a Alemanha e a Itália (que entraram na guerra no dia 10 de junho). Os britânicos, e particularmente a RAF, tiveram que se reagrupar rapidamente e se preparar para o que então parecia a iminente invasão alemã, um ataque que seria precedido pela operação de bombardeio de aeródromos e fábricas de aeronaves com o objetivo de garantir a superioridade aérea da Luftwaffe. A Batalha da Grã-Bretanha seria a próxima fase crucial da guerra na Europa.

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Perguntas e respostas

O que aconteceu na Retirada de Dunquerque?

A evacuação de Dunquerque foi a retirada de de 340.000 tropas aliadas da França, após a invasão alemã. Uma frota de 1.000 embarcações transportou as tropas de volta à Grã-Bretanha.

Quantos soldados foram deixados para trás em Dunquerque?

Embora cerca de 340.000 tropas aliadas tenham sido resgatadas na evacuação de Dunquerque, aproximadamente 30.000 tropas francesas foram deixadas para trás.

A evacuação de Dunquerque foi um sucesso ou fracasso?

A evacuação de Dunquerque foi um sucesso aliado, pois 340.000 tropas foram retiradas para lutar em outro dia. A alternativa seria se render às forças alemãs superiores que cercavam a região.

Quanto tempo levou a evacuação de Dunquerque?

A evacuação de Dunquerque levou dez dias, de 26 de maio a 4 de junho de 1940.

Bibliografia

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Mark Cartwright
Mark é um escritor em tempo integral, pesquisador, historiador e editor. Os seus principais interesses incluem arte, arquitetura e descobrir as ideias que todas as civilizações partilham. Tem Mestrado em Filosofia Política e é o Diretor Editorial da WHE.

Citar este trabalho

Estilo APA

Cartwright, M. (2024, abril 29). Retirada de Dunquerque [Dunkirk Evacuation]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-22790/retirada-de-dunquerque/

Estilo Chicago

Cartwright, Mark. "Retirada de Dunquerque." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação abril 29, 2024. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-22790/retirada-de-dunquerque/.

Estilo MLA

Cartwright, Mark. "Retirada de Dunquerque." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 29 abr 2024. Web. 21 nov 2024.