Heródoto

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Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 19 outubro 2022
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, Persa, espanhol, Turco
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Herodotus (by Photograph by Marie-Lan Nguyen, CC BY)
Heródoto
Photograph by Marie-Lan Nguyen (CC BY)

Heródoto (c. 484 - 425/413 a.C.) foi um historiador grego famoso por suas Histórias. Recebeu o título de Pai da História pelo escritor romano Cícero, que o admirava, mas também terminou sendo rejeitado como Pai das Mentiras por críticos, antigos e modernos, os quais afirmam que sua obra consiste em pouco mais do que relatos exagerados.

Ainda realmente Heródoto, algumas vezes, apresente informações incorretas ou exageros para conferir mais efeito, seus relatos têm sido considerados mais ou menos confiáveis. Críticas iniciais à sua obra acabaram sendo refutadas por evidências arqueológicas, as quais comprovam que algumas de suas alegações mais contestadas estavam, de fato, corretas; baseavam-se em informações aceitas à época; ou são resultado de erros de tradução ou interpretação de sua parte.

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Embora seja claro que Heródoto faz uma série de afirmações agora reconhecidas como erradas, ainda há muito em sua obra que se mostrou verdadeiro. Suas Histórias várias vezes apontam o caminho para a compreensão de um determinado evento ou paradigma cultural, mesmo quando os detalhes que ele fornece estão incorretos ou exagerados. Nos dias atuais, Heródoto continua a ser reconhecido pela maioria dos historiadores como o "Pai da História" e uma fonte confiável de informações sobre o mundo antigo.

Confiabilidade

A crítica ao trabalho de Heródoto parece ter se originado entre os atenienses, que se opuseram ao relato da Batalha de Maratona (490 a.C.) e, especificamente, sobre quais famílias teriam direito a mais honras pela vitória sobre os persas. O questionamento mais sério à sua obra está relacionado à credibilidade dos seus relatos de viagem.

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Um exemplo disso vem da afirmação da existência de formigas do tamanho de raposas na Pérsia, que espalhariam pó de ouro enquanto escavavam seus formigueiros. Ele escreve:

Na areia deste deserto existem formigas maiores que raposas, embora nunca atinjam o tamanho de cães; há também algumas dessas formigas no palácio do rei persa, que foram capturadas no deserto e levadas para lá. De qualquer forma, essas formigas escavam seus ninhos no subsolo e, ao fazê-lo, trazem areia para a superfície, exatamente da mesma maneira que as formigas na Grécia (elas também são muito semelhantes às formigas gregas em forma), e a areia trazida para a superfície contém ouro. (III.102)

World Map of Herodotus
Mapa-Múndi de Heródoto
Bibi Saint-Pol (Public Domain)

Esse relato foi rejeitado ao longo dos séculos até que, em 1984, o autor e explorador francês Michel Peissel confirmou que uma marmota do tamanho de uma raposa, nos Himalaias, realmente espalhava pó de ouro ao cavar e que os relatos mostravam que o animal havia feito isso na Antiguidade, pois os aldeões tinham uma longa tradição de coletar esse pó.

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Em sua obra, Heródoto move-se de maneira fluida de cultura para cultura, sempre mais interessado em contar uma boa história.

Peissel também explica que a palavra persa para formiga da montanha era muito próxima da que designava uma marmota e, portanto, ficou estabelecido que Heródoto não estava inventando formigas gigantes, mas, como não falava persa e tinha que confiar em tradutores, foi vítima de um mal entendido na tradução.

Esse mesmo cenário poderia se aplicar a outras observações e afirmações encontradas nas histórias de Heródoto, embora, certamente, não a todas. Com o propósito de contar uma boa história, às vezes ele se entregava a especulações e, outras vezes, repetia relatos que ouvia como se fossem suas próprias experiências.

Isso pode ser constatado em especial na descrição da Babilônia, que, ao que parece, ele nunca visitou. Embora não afirme tê-lo feito, a descrição é tão vívida e o uso de frases como "ainda de pé em meus dias" (I.181, ao se referir ao zigurate da Babilônia) encorajou o entendimento de que seria o relato de uma testemunha ocular. A erudição moderna demonstrou que Heródoto estava errado em vários pontos sobre a Babilônia, notadamente sua afirmação sobre a prostituição sagrada (I.199) e a ausência de profissionais médicos na cidade (I.197). Mesmo assim, a narrativa babilônica é precisa em vários pontos e o mesmo se aplica ao restante de sua obra. O estudioso Robin Waterfield faz o melhor resumo da questão relativa à confiabilidade de Heródoto:

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O próprio Heródoto não espera que acreditemos em tudo o que lemos. Para ele, a palavra história continuou a ter seu significado jônico de "pesquisa" ou "investigação, estudo" e, em várias ocasiões, enfatiza que nos oferece informação provisória, o melhor que conseguiu descobrir em suas pesquisas. Algumas vezes chega interromper um relato em andamento para assumir sua voz como narrador, precisamente para nos lembrar de não tratar a narrativa como definitivamente verdadeira. (xxvii-xxviii)

Como é o caso de muitos historiadores antigos, a verdade em Heródoto nem sempre equivale a fato histórico, mas há sempre algum elemento de verdade histórica numa passagem, mesmo que os detalhes sejam imprecisos. Na passagem frequentemente criticada de I.199 sobre a prostituição sagrada, por exemplo, essa política pode não ter sido realmente praticada, mas sua narrativa reflete a visão geral do patriarcado sobre as mulheres como objetos utilitários, mesmo numa cultura em que as mulheres tinham mais direitos do que em outras.

Hoplite Warrior, Dodona
Guerreiro Hoplita, Dodona
O.Mustafin (Public Domain)

Início da Vida e Viagens

Embora pouco se saiba sobre os detalhes de sua vida, parece certo que Heródoto nasceu numa família rica e aristocrática da Ásia Menor, que tinha condições de custear sua educação. Considera-se que sua habilidade na escrita traz a evidência de uma educação integral nas melhores escolas da época. Ele escreveu em grego jônico e, claramente, era versado nas obras da época. Sua capacidade de viajar, aparentemente à vontade, também apoia a ideia de um homem com recursos. Acredita-se que ele serviu no exército como hoplita, pois suas descrições de batalha são bastante precisas e sempre contadas do ponto de vista de um soldado de infantaria.

Waterfield comenta sobre o início da vida de Heródoto:

Heródoto não era nativo de Atenas. Ele nasceu em Halicarnasso (a moderna cidade turca de Bodrum), na época das Guerras Persas. Halicarnasso, uma cidade dórica, trazia muitos casamentos mistos entre a população grega, cária e persa [...] Se os antigos relatos que chegaram até nós estão corretos, sua família foi exilada durante os anos difíceis após as Guerras Persas e, na infância, Heródoto pode ter vivido na ilha de Samos. Seus comentários ocasionais nas Histórias mostram-nos que viajou extensamente pelas regiões do Mediterrâneo oriental. Não sabemos quando ou como as Histórias foram inicialmente escritas; parece provável, no entanto que tenham surgido a partir das palestras ou leituras que fez por vários anos em outras cidades gregas e em Atenas, no auge de seu poder imperial. (x)

A predileção de Heródoto por contar histórias e seu óbvio talento nesse sentido alarmaram e irritaram os críticos desde a Antiguidade.

Se Waterfield estiver correto, a experiência inicial de Heródoto com viagens teria moldado suas inclinações posteriores; ele não parece ter permanecido por muito tempo em nenhum lugar. Em sua obra ele se move de maneira fluida de cultura para cultura, sempre mais interessado em contar uma boa história do que em checar os detalhes dos relatos sobre o que ouviu e reproduz em suas páginas. Tal tendência, como já observado, originou séculos de críticas ao autor.

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As Histórias

Embora seja inegável que Heródoto comete alguns erros em seu trabalho, suas Histórias são geralmente confiáveis e estudos acadêmicos em todas as disciplinas (da arqueologia à etnologia, entre outras) continuaram a fundamentar todas as observações mais importantes.

Heródoto se identifica no prólogo da obra como nativo de Halicarnasso (na costa sudoeste da Ásia Menor, a Turquia moderna) e isso é aceito como seu local de nascimento, embora Aristóteles e a Suda afirmem que ele era nativo de Túrio (uma colônia grega da Itália). Essa discrepância é geralmente entendida como um erro cometido por uma fonte antiga (possivelmente uma tradução anterior de sua obra), pois Heródoto pode ter vivido em Túrio, mas não nasceu lá.

Ele viajou muito pelo Egito, África e Ásia Menor e escreveu suas experiências e observações, fornecendo às gerações posteriores relatos detalhados de eventos históricos importantes (como a Batalha de Maratona, em 490 a.C., e a Batalha das Termópilas e a Batalha de Salamina, em 480 a.C.) da vida cotidiana na Grécia, no Egito, na Ásia Menor e das várias "maravilhas" que observou em suas viagens. Sua descrição da cidade de Babilônia como uma dessas maravilhas é um exemplo das razões pelas quais recebeu muitas críticas. Ele escreve:

A Babilônia estende-se numa grande planície e em tamanho é tal que cada lado mede 22½ km, sendo a forma do todo quadrada; assim, a área é de 90 km. Tal é o tamanho da cidade de Babilônia, e tem magnificência maior do que todas as outras cidades das quais temos conhecimento. Primeiro corre à sua volta um fosso profundo e largo, cheia de água; depois um muro de cinquenta metros de espessura e cem metros de altura [...]. No topo do muro, ao longo das bordas, eles construíram torres de um andar, de frente uma para a outra; e entre as fileiras de torres, deixaram espaço para a passagem de um carro com quatro cavalos. Ao longo do muro há uma centena de portões feitos de bronze. (Histórias, I.178-179)

Hanging Gardens of Babylon
Jardins Suspensos da Babilônia
Martin Heemskerck (Public Domain)

Evidências arqueológicas, bem como outras descrições antigas, indicam claramente que a Babilônia não era tão grande quanto Heródoto descreve e estava longe de possuir 100 portões (existiam apenas oito). Assim, foi determinado (como observado acima) que este relato baseou-se em boatos, em vez de uma visita pessoal, embora Heródoto pareça dar a impressão de que visitou a cidade. Como ele tinha um grande apreço pelas obras de Homero (ele baseia a organização das suas Histórias de acordo com o modelo homérico), acredita-se que sua passagem sobre a Babilônia esteja emulando a descrição do algum escritor anterior sobre a Tebas egípcia. Os acadêmicos W.F.M Henkelman et al comentam:

A questão inevitável enfrentada pelos pesquisadores repetidas vezes com relação a essa descrição é a "confiabilidade" e, portanto, a "utilidade" das informações transmitidas. Mas a abordagem dessa importante questão nem sempre ficou livre de suposições; na maioria das vezes, procedeu-se com base em certas premissas tacitamente assumidas. Assim, por exemplo, foi amplamente aceito que Heródoto visitou pessoalmente a Babilônia. Da mesma forma, era axiomático que Heródoto recebesse suas informações de informantes locais, uma vez que era considerado um ‘proto-historiador’, operando de acordo com as regras estabelecidas para a pesquisa moderna e, portanto, só transmitiria detalhes que ele próprio recebera. (450)

Como Henkelman e seus coautores observam (assim como Waterfield e outros), grande parte das críticas a Heródoto decorre da aplicação de padrões modernos de pesquisa histórica às narrativas antigas. Para Heródoto, a exemplo de muitos escritores da Antiguidade, os detalhes factuais não eram tão importantes quanto uma boa história. A predileção de Heródoto por contar histórias e seu óbvio talento nesse sentido alarmaram e irritaram os críticos desde a Antiguidade, mas esta característica das Histórias também levou a grande admiração pela obra. Ele consegue conduzir os leitores para o âmago dos eventos que relata, criando cenas vívidas, com personagens interessantes e, muitas vezes, oferecendo explicações que se aproximam mais da mitologia do que da história.

Dificilmente pode ser considerado um observador imparcial do mundo sobre o qual escrevia e, muitas vezes, dava opiniões pessoais extensas sobre várias pessoas, costumes e eventos. Ainda que sua admiração por Homero fique sempre evidente, Heródoto também questiona livremente a verdade histórica da Ilíada, indagando por que os aqueus iriam empreender uma campanha tão longa e custosa como a Guerra de Troia por causa de uma mulher. Este representa apenas um dos muitos exemplos da personalidade do autor aparecendo em sua obra. Waterfield comenta:

Certos tipos de narrativa aparecem o suficiente [nas Histórias] para nos fazer sentir que estamos vendo o gosto idiossincrático do narrador emergindo - que ele aprecia um tipo particular de história e, tendo a opção, vai incluí-la sempre que possível. Heródoto é fascinado pela interação da natureza e da cultura; os citas, vivendo em uma terra sem árvores, inventam uma maneira de cozinhar carne na qual os ossos e a gordura do animal proporcionam o fogo e o estômago fornece a panela na qual se cozinha a carne (4.61). Ele também destaca indivíduos excepcionais e grandes realizações; gosta de assinalar o "primeiro inventor" de algo, ou um edifício particularmente impressionante, ou barco, ou costume, ou outra conquista cultural. (xxxviii)

A personalidade de Heródoto, de fato, aparece com bastante frequência nas páginas de suas obras. Os leitores compreendem que se trata de um indivíduo com certos gostos e interesses e que o autor considera o que tem a dizer importante o suficiente para não exigir explicação, qualificação ou desculpas pelas imprecisões; se sentisse vontade de incluir algum detalhe, Heródoto o acrescentaria e nunca parece se importar com a possível descoberta de erros pelos leitores.

Herodotus of Halicarnassos
Heródoto de Halicarnasso
monsieurdl (Public Domain)

Heródoto nas Histórias

Que ele tinha alta consideração por si mesmo fica evidente no prólogo das Histórias:

Estas são as pesquisas de Heródoto de Halicarnasso, que ele publica na esperança de preservar da decadência a lembrança do que os homens fizeram e de impedir que as grandes e maravilhosas ações dos gregos e dos bárbaros percam seu devido reconhecimento e glória; e também para registrar quais eram os motivos das contendas. (I.1)

Certa vez, Heródoto recusou-se a ler seu livro em público até que houvesse uma ampla cobertura de nuvens para protegê-lo na plataforma.

Ao contrário de outros escritores antigos (como Homero, anteriormente, ou Virgílio, mais tarde), Heródoto não atribui sua narrativa a fontes divinas, nem pede ajuda a elas, mas anuncia claramente que esta é sua obra e de ninguém mais. Sua exaltada opinião sobre si mesmo também aparece no que é registrado como a primeira publicação das Histórias nos Jogos Olímpicos da Antiguidade.

As obras desta época eram publicadas para leitura em voz alta e o escritor grego Luciano de Samósata (v. 125-180 d.C.) afirma que Heródoto leu a totalidade de sua obra para o público numa única ocasião, recebendo grandes aplausos. Outra versão mesma obra, no entanto, diz que Heródoto se recusou a fazer a leitura pública até que houvesse uma ampla cobertura de nuvens para protegê-lo na plataforma. Enquanto ele esperava, o público deixou o local, e esse evento deu origem à máxima: "Como Heródoto e sua sombra", aludindo a alguém que perde uma oportunidade esperando por circunstâncias ideais.

Seja qual for o relato verdadeiro, ou nenhum deles, estas histórias refletem a exaltada opinião que Heródoto parece ter tido de si mesmo, além da elevada consideração que desfrutava junto ao público. Em ambas, a audiência assiste à leitura de sua obra e o elogia ou espera sob o sol enquanto pode aguentar apenas para ouvi-lo.

Final da Vida e Morte

Depois de viajar pelo mundo conhecido da época, Heródoto veio morar na colônia grega de Túrio, onde se dedicou, nos últimos anos, a revisar e editar as Histórias. Também viveu em Atenas e, em alguma ocasião, acredita-se que tenha retornado à cidade. Os estudiosos consideram provável que ele tenha morrido em Atenas da mesma praga que matou o estadista ateniense Péricles (495-429 a.C.), em algum momento entre 425 e 413 a.C.

Sua fama era tão grande que muitas cidades diferentes (entre as quais Atenas e Túrio) alegaram ser o local de seu funeral e ergueram monumentos em sua homenagem. O significado duradouro de seu trabalho continua a ser apreciado por milhões de pessoas nos dias atuais e, como mencionado anteriormente, Heródoto continua a ser considerado como uma fonte primária de informações confiáveis sobre o mundo antigo que observou e sobre o qual escreveu. Mesmo as passagens que foram contestadas ou rejeitadas ainda oferecem ao leitor uma visão significativa do evento ou cultura descritas, ainda que apenas para ilustrar como um escritor grego via a cultura e as práticas de outros povos.

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Perguntas e respostas

Quem foi Heródoto?

Heródoto foi um historiador grego do século V a.C., conhecido como o "Pai da História" devido a sua obra.

Por que Heródoto é conhecido como Pai da História?

Heródoto é conhecido como Pai da História porque foi o primeiro grego a escrever uma obra objetiva sobre o tema, relatando eventos como os entendia, em vez de atribuir o trabalho à inspiração ou revelação divinas.

Heródoto é uma fonte confiável?

Heródoto foi criticado por observações imprecisas e exageros, mas ainda é considerado como uma fonte confiável sobre a história antiga.

Como Heródoto morreu?

Acredita-se que Heródoto morreu entre 425-413 a.C., possivelmente devido à praga que assolava a Grécia à época. A causa exata de sua morte é desconhecida.

Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2022, outubro 19). Heródoto [Herodotus]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-234/herodoto/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Heródoto." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação outubro 19, 2022. https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-234/herodoto/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Heródoto." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 19 out 2022. Web. 21 dez 2024.