Na Europa pré-medieval, um tema principal de muito assustadores contos-se-tornam-realidade eram os famosos saqueadores vikings saindo de seus longos navios com cabeças de dragões em um estado de desejo por sangue, sedentos por ouro. Com sua presença ameaçadora, estendendo-se do leste da Europa e do Mediterrâneo até o Norte da América, nenhuma terra parecia segura - e foi no começo de seus esforços que os vikings chegaram às atrativas e verdejantes praias da Irlanda. De 795 em diante, monastérios e cidades foram saqueadas ou destruídas em ataques persistentes, seguidos pela construção de fortes e assentamentos que permitiram a esses homens do norte se tornarem jogadores importantes no cenário político irlandês. Embora tenham perdido seu poder autônomo no final do século X e começo do XI, os vikings já tinham, até então, integrado a sociedade irlandesa através de casamentos e um contato próximo com os locais, e deixaram uma marca duradoura tanto no comércio quanto na cultura.
A atração
O que exatamente motivou os vikings a navegar para a Irlanda (ou as Ilhas Britânicas, em geral), no entanto, é um tema de debate constante. No oeste da Noruega, onde a terra que não tentava matar você ou suas plantações era escassa, uma procura por novas terras pode ter servido como um empurrão. Isso parece se encaixar com o fato dos vikings norugueses derrotarem seus companheiros escandinavos na luta para se expandirem em direção ao oeste, alcançando Orkney no século VII. Foram os nórdicos que acabaram nas praias irlandesas.
Quando, por volta do final do século VII, crescentes contatos comerciais com a Europa do oeste levou notícias, aos escandinavos, de riquezas na Europa assim como histórias de conflitos internos em reinos, um incentivo se apresentou em uma bandeja de prata. E mais, os escandinavos aprenderam o conhecimento técnico sobre navegação - algo que originalmente não tinham - da Europa ocidental, o que permitiu a eles remodelaram seus tímidos barcos em embarcações rápidas e mortais. Assim, todos os feitos de uma expedição de ataque bem-sucedida estavam aí.
Os primeiros saques (795-837)
Os anais irlandeses medievais, escritos por monges e clérigos que estavam entre as testemunhas, registram que o primeiro saque viking aconteceu em 795, quando a ilha de Rathlin, no nordeste da costa e o grande monastério d St. Columba, na ilha de Iona, foram atacados por estranhos. Eles apareceram do nada, levando os tesouros em expedições provavelmente descoordenadas organizadas por bandos guerreiros independentes. Nos anos seguintes, os vikings levaram seus navios para o Mar Irlandês, queimando, por exemplo, a Ilha de St. Patrick ao norte de Dublin em 798. Essas empreitadas iniciais eram conduzidas por não mais do que dois ou três navios por vez - dificilmente frotas cheias de nórdicos - à moda de atacar e correr.
Por volta de 807, os vikings tinham alcançado as baías ocidentais também, e a maioria dos alvos escolhidos - monastérios e cidades pequenas - eram presas fáceis. Eles tinham o elemento surpresa e, em geral, ficavam a 30 km de águas navegáveis, o que os tornava altamente móveis. Apesar de alguns poucos exemplos de resistência local bem-sucedida, os irlandeses provavelmente tinham uma frota subdesenvolvida, não tinham fortes costeiros e uma costa de 480 km, imprática de defender; um trabalho um tanto irremediável. O atrativo dos monastérios era óbvio: abrigavam mais do que apenas monges, metalurgia refinada era feita ali para embelezar os livros sagrados e reliquários e tesouros guardados eram abundantes; um saque fácil de ser transportado. A comunidade de Iona ficou tão abalada depois de ser saqueada em 795 e queimada em 802 que realmente realocou seus tesouros e alguns de seus funcionários para um novo monastério construído no interior, em Kells.
Compreensivelmente irritado com toda essa situação, o indivíduo que escreveu o registro irlandês Anais de Ulster (a principal fonte sobre os ataques vikings; as contagens estão um ano atrasadas, mas são referenciadas aqui de forma correta), no ano 820, reclama que, na época:
O mar vomitou torrentes de estrangeiros sobre Erin, de modo que nenhum refúgio, nenhum local de desembarque, nenhuma fortaleza, nenhum forte, nenhum castelo pudesse ser encontrado, mas foi submerso por ondas de vikings e piratas. (820)
Nos primeiros 40 anos que os invasores vieram bater às portas irlandesas, os vikings permaneceram uma fúria sem rosto, assolando a costa da Irlanda, sobretudo na metade norte, e saqueando muitos centros monásticos. Antes de 837, nenhum nome viking aparece nos registros irlandeses e não é até a metade do século IX que os reis vikings começam a dar as caras; essa fase inicial de ataques era apenas um prelúdio.
Pressão crescente & assentamentos (837 em diante)
Os ataques iniciais deixaram claro o potencial da Irlanda para olhos procurando por tesouros e, a partir da década de 830, os grupos vikings nórdicos aumentaram a pressão, com os anais irlandeses listando cerca de 50 ataques em monastérios e nove grandes saques em igrejas e pessoas em lugares como Leinster e as terras Uí Néill entre c. 830 e 845. Não apenas itens valiosos eram roubados; levar cativos e cobrar um resgate era um jeito bom de fazer dinheiro, também.
Uma nova fase do envolvimento viking com a Irlanda pode ser identificada a partir de 837. Seguindo a já crescente escala de ataques, nesse ano uma frota de vikings muito maior navegou pelos rios Liffey e Boyne até os territórios do interior, atacando as terras de Brega no sul do Condado Meath:
Uma força naval de fortes sessenta navios nórdicos estava em Bóinn, e outros sessenta navios no rio Life. Essas duas forças pilharam a planície de Life e Brega, incluindo igrejas, fortes e habitações. Os homens de Brega afugentaram os estrangeiros em Deoninne em Mugdorna de Brega, e seis vintenas de nórdicos caíram. (Os anais de Ulster, 837.3)
Esses navios, provavelmente embarcando das áreas ocupadas pelos vikings na Escócia, parecem ter carregado 3.000 homens saudáveis no total, que pela primeira vez enfrentaram uma resistência local, um tema que continuou conforme uma força de Uí Néills se levantou contra os vikings, também, embora com menos sucesso já que deles "uma quantidade incontável foi massacrada" (Anais de Ulster, 837.4). Avançando nas vias fluviais do interior das terras do oeste, onde eles logo se tornaram uma visão regular, em vez de suas antigas incursões na costa, os vikings aparentemente se organizaram em expedições reais vindas da Escócia viking, com chefes ou reis unindo vários grupos e arrecadando recursos para apoiar essas missões. Com esse novo foco no interior, fortes, fazendas e cidades agora estavam sob ameaça crescente. No geral, de 837 em diante, alvos maiores (como as grandes cidades monásticas de Armagh, Glendalouh, Kildare, Slane, Clonard, Clonmacnoise e Lismore) foram atingidas por forças maiores do que nos primeiros dias, enquanto igrejas menores, locais, onde havia menos para ser roubado podem ter escapado dos assaltos.
Expedições maiores traziam mais recompensas e, embora os artefatos religiosos que os nórdicos saqueavam geralmente não tivessem o mais alto valor metálico, o fato de eles significarem algo para os irlandeses cristãos significava que se podia ganhar dinheiro por resgates. Tomar escravos - incomum para os irlandeses locais - também era uma prática regular dos ataques vikings, em geral, e ajudava a preencher os vácuos.
Infelizmente, para os irlandeses, em vez do frio invernal interromper a temporada de ataques vikings e dá-los um tempo para respirar, a partir de 840, ao menos, os nórdicos começaram a passar o inverno na Irlanda. Eles se abrigaram em Lough Neagh neste ano e estabeleceram, em 841, sua primeira fortaleza costeira, que também abrigava os navios deles, conhecidas como longphorts, incluindo uma em Dublin. Como os analistas observam, em 841 "havia um acampamento [longphort] naval em Duiblinn..." (841.4), e então, com uma surpresa quase palpável, o começo de 842 registra "os pagãos ainda em Duiblinn" (842.2). Ataques podiam, agora, alcançar alvos no meio do inverno, com escravos mantidos como prisioneiros nos novos quartéis vikings.
Os longphorts dos vikings se tornaram a base estratégica deles, funcionando como pontos de apoio para atividades de pilhagem ao longo da costa irlandesa. Eles também anteciparam seus mais duradouros assentamentos em lugares como Wicklow, Waterford, Wexford, Cork, Limerick e Dublin, onde os vikings gradualmente incorporaram a área ao redor em reinos costeiros que competiam com outros reinos irlandes e nórdicos em volta deles. Comparado à situação na Inglaterra e Escócia, no entanto, os nórdicos nunca ganharam territórios irlandeses substanciais.
Resistência & convergência
Esses novos desenvolvimentos tiveram poucos efeitos. A ameaça viking não podia mais ser ignorada - nem mesmo pelos grandes reis irlandeses que também amavam bater cabeça uns com os outros e brigar entre si - e, por volta de 845, Nial Caille, rei de Tara, descobriu ser capaz de inflingir uma derrota em um bando de vikings em Donegal. Muitos sucessos militares irlandeses aconteceram, como o de Maél Sechnaill I (um descendente da dinastia Uí Néill do sul que se entitulou Alto Rei da Irlanda), em 848, em que 700 vikings supostamente morreram. A antiga dinâmica presença dos vikings mudou, com eles se transformando, de certa forma, em grupos sedentários em seus longphorts, o que os tornava mais vulneráveis à endurecida resistência irlandesa.
Além de antagonizar os locais, os assentamentos vikings também os introduziram na cena política irlandesa, como Donnchadh Ó Corráin explica:
Os reis irlandeses agora guerreavam com eles [os nórdicos], agora usavam como aliados e mercenários na rede de alianças no centro do que jazia a tentativa dos Uí Néil [uma dinastia irlandesa] de se tornarem reis da Irlanda. (Ó Corráin em The Oxford Illustrated History of the Vikings, 89-90).
Já que nem os irlandeses nem os vikings estavam unidos, grupos misturados de ambos podiam se opor um ao outro. Essas alianças começaram a andar lado a lado com casamentos no topo das hierarquias desses grupos sociais, aproximando os vikings ainda mais da sociedade irlandesa como um todo e, por volta da segunda metade do século IX, a presença viking tinha se tornado uma visão familiar na Irlanda. Impostos extraídos das terras que eles controlavam e comércio conduzido com os irlandeses também levaram os vikings a construir laços comerciais com seus anfitriões.
Entretanto, os vikings nórdicos, ocupados tentando explorar uma Irlanda teimosa o melhor possível, não permaneceram incontestados. Após décadas de serem os únicos vizinhos, em 849, um frota danesa apareceu e embarcou em águas irlandesas. Os Anais de Ulster registram que:
Uma expedição naval de sete vintenas de navios de apoiadores do rei dos estrangeiros (righ Gall) veio para extrair obediência dos estrangeiros que estavam na Irlanda antes deles e depois causaram confusão em todo o país. (849)
O alvo dos daneses claramente era os nórdicos - e não os irlandeses. Em 851, eles atacaram tanto a Dublin viking quanto o longphort em Linn Dunchaill e derrotaram os nórdicos depois de uma batalha naval de três dias em Carlingford Lough, no ano de 853, depois da qual os nórdicos voltaram e finalmente afugentaram os danos. Com os nórdicos e os daneses como grupos vikings rivais, de acordo com Dáibhí Ó Cróinín (250-251), não é impossível que os irlandeses tenham iniciado uma aliança com os daneses e então sentado para assistir as coisas se desenrolarem.
Ao final do século IX, ficou claro para os nórdicos que a Irlanda não dividira suas riquezas ou terras tão (relativamente) fácil quanto outros territórios vikings como aqueles na Frankia e Inglaterra. Além de seus punhados de assentamentos e seu envolvimento na sociedade irlandesa, a presença viking não conseguiu estender suas asas muito além e continuou enfrentando resistência irlandesa. Isso pode tê-los incentivado a procurar alvos mais fáceis na Islândia e no norte da Inglaterra, o que reduziu um pouco da pressão na Irlanda.
A Dublin viking
A Dubkin viking, que começou como um longphort em 841 e foi tomada por um braço de vikings escoceses liderados por Amlaíb (ou Olaf), que se juntou a outro líder viking, Ímar (ou Ivarr), por volta de 853, provavelmente sofreu dificuldades similares. Esses dois transformaram Dublin e o Mar do Norte em um centro de atividade nórdica indo da Escócia e Inglaterra até a Ilha de Man. Durante mais de 20 anos, seus nomes são encontrados nos anais devido às confusões causadas pelo país e por terem se enfiado na política da região norte do Mar da Irlanda. No entanto, depois da morte de Ímar em 873, os registros não tem nada em termos de um pesado duto de atividades viking na Irlanda e fica difícil rastrear os feitos da dinastia dos reinos de Dublin, que podem ter se dividido nessa época.
O ano de 902 fornece mais informações, no entanto; o que foi deixado da Dublin viking foi tirado da cidade por forças conjuntas de Brega e Leinster:
Os pagãos foram tirados da Irlanda, i.e. da fortaleza de Áth Cliath [Dublin]...e eles abandonaram um bom número de seus navios e escaparam meio mortos depois de serem feridos e quebrados. (Os anais de Ulster, 902.2)
Com Dublin agora em mãos irlandesas, parece que muitos vikings se juntaram e deixaram a Irlanda e, em mais de um caso, acamparam na Inglaterra.
Depois de uma pausa curta, em 914, a costa de Waterford viu o aparecimento repentino, no horizonte, de uma grande quantidade de embarcações vikings, aproximando-se mais e mais, com sua carga humana reclamando Waterford e assolando as terras ao redor de Munster. Outras bases como Wexford, Cork e Limerick também retornaram ao poder dos vikings a esta altura, enquanto Dublin foi tomada pelo grupo viking original que também governou Yule e a Nortúmbria. Essas conexões dinásticas de longo alcance impulsionaram o comércio e a urbanização em toda a Irlanda e também aumentaram os recursos de seu rei único, transformando Dublin em um centro econômico e político do qual os reis irlandeses também se beneficiavam.
A derradeira cena do conto viking da Irlanda finalmente acontece por volta do final do século X. Começou com o rei viking de Dublin, Amlaíb Cuáran, ficando um pouco confiante demais, tendo conquistas na mente. Depois de enfiar as espadas de seu exército em muitos pescoços irlandeses, incluindo aquele do rei de Leinster, ele foi prontamente derrotado na batalha de Tara, no reino de Meath, em 980, no que os analistas chamam de "um massacre vermelho" (Brink & Price, 432). Mael Sechnaill mac Domnaill, rei de Meath, então de forma bem sucedida foi até Dublin, que, em sua rendição, teve de liberar as terras de Uí Néill de impostos e libertar os escravos dentro dos territórios vikings. Todas as cidades vikings, agora, estavam direta ou indiretamente sob o controle dos reis irlandeses.
Com os navios com cabeça em formato de dragão partindo e os nórdicos restantes se integrando à cena política irlandesa, a Batalha de Clontarf, em 1014 - apesar de seu status lendário - apenas reforçou essa tendência. Brian Boru, Alto Rei da Irlanda, invadiu Dublin, auxiliado por vikings de Limerick, enquanto homens de Leinster apoiaram os vikings de Dublin em uma típica rede de alianças que veio a caracterizar a política irlandesa neste período. A grande bagunça que se seguiu viu Brian Boru cair, mas Dublin perder, seguindo a antiga derrota de 980 e colocando Dublin e outras cidades vikings ainda mais na estrutura irlandesa; elas agora eram governadas por lordes irlandeses que as viam como "a fonte de renda e poder, não apenas como cidadelas de estrangeiros a serem saqueadas" (Ó Cróinín, 267). O epílogo vem na forma de uma invasão Normanda da Inglaterra em 1066, cujos descendentes conquistaram a Irlanda a partir de 1169.
Impacto na Irlanda & legado
A imagem de saqueadores vikings despejando sua brutalidade e destruição na Irlanda parece clara nos primeiros registros medievais e tende a se encrustar nas mentes atuais. No entanto, quando se olha com mais atenção para o contexto, pode-se concluir que isso é um grande exagero. Em termos de frequência, os ataques não foram exatamente um perigo constante durante o período inicial, com apenas 25 ataques monásticos registrados entre 795-829, enquanto a Irlanda tinha vários monastérios e igrejas. Até mesmo os que foram atingidos mais de uma vez claramente se recuperaram rápido o bastante para serem atingidos de novo e, no geral, a maioria dos monásterios sobreviveu a essa época.
O julgamento contundente de sede de sangue atribuído aos vikings decorre das mãos dos próprios clérigos que estavam na linha de frente dos confrontos e que, obviamente, estavam irritados com esses 'pagãos' vindo e saqueando seus santuários. Esse ódio se infiltra em suas escritas e dá uma impressão injusta de uma destruição em massa; ao contrário de todos os "refúgios" serem "submergidos por ondas de vikings" (Os Anais de Ulster, 820), embora traumático, a realidade dos ataques era mais suave. Ademais, durante o período viking, os próprios irlandeses, na verdade, pilharam mais igrejas do que os nórdicos e eles certamente não precisariam de lições de brutalidade vindas destes, sendo eles mesmos já bem versados nesse quesito.
Embora os territórios tomados pelos vikings não fossem grandes e, portanto, não tivessem um grande impacto geográfico na Irlanda, os vikings acabaram influenciando de modo significativo a política, economia e cultura da Irlanda. Os irlandeses pegaram emprestados alguns aspectos nórdicos relacionados à guerra, especialmente quanto a armas e táticas, mas foram os longphorts vikings que se expandiram em cidades comerciais que deram à Irlanda, antes carente de cidades propriamente ditas, um impulso grande e duradouro. Além disso, os laços vikings com o resto das ilhas britânicas e a Europa continental ampliaram a cena comercial irlandesa em geral.
A integração progressiva (reforçada por casamentos) de reinos vikings à sociedade irlandesa, sobretudo ao longo do século X, não apenas viu os vikings abraçarem a mesma cristandade cujas casas de adoração eles inicialmente atacaram, mas também viu reis irlandeses serem influenciados por ideias vikings de reinado, as quais eram mais abrangentes. Por fim, o impacto mais tangível para nós está na arte e língua: estilos escandinavos podem ser vistos na metalurgia irlandesa assim como em cruzes de pedra da época e tanto nomes quanto termos relacionados a típicas atividades vikings, como embarcações, foram pegos emprestados pelos irlandeses, como o antigo nórdico knattar-barki (um pequeno barco cravejado), que virou cnaturbarc.
A reputação exageradamente louca dos vikings garante sua sobrevivência na memória coletiva europeia e, com exceção de um ponto aqui e ali, tirado por motivos contextuais, sua relação intricada com a Irlanda é tanto fascinante quanto digna de nota.