O Sítio de Antioquia, 1097-1098

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Artigo

Mark Cartwright
por , traduzido por Jose Monteiro Queiroz-Neto
publicado em 12 julho 2018
Disponível noutras línguas: Inglês, Árabe, francês
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O sítio de Antioquia em 1097-1098 ocorreu durante a Primeira Cruzada (1095-1102) quando os cavaleiros ocidentais se encontravam a caminho para retomar Jerusalém. A grande metrópole de Antioquia no Norte da Síria era pesadamente fortificada e foram necessários oito meses e um pouco de traição para que finalmente os cruzados entrassem na cidade. Mesmo assim, os cruzados tiveram de derrotar um grande exército de socorro muçulmano, as dificuldades de sua captura, os contos de visões divinas, relíquias sagradas, fome e coragem, fizeram do sítio de Antioquia uma das mais narradas histórias de todas as Cruzadas medievais.

The Siege of Antioch, 1097-8 CE
O Sítio de Antioquia, 1097-1098
Unknown Artist (Public Domain)

Prólogo

A Primeira Cruzada foi concebida pelo Papa Urbano II (pont. 1088-1099) após um apelo vindo do Imperador bizantino Alexios I Komnenos (rein. 1081-1118) que desejava reagir contra a expansão dos muçulmanos seljúcidas turcos que haviam roubado uma grande parte do Império Bizantino na Ásia Menor. O fato de Jerusalém, a cidade mais sagrada da cristandade, que também havia caído nas mãos muçulmanas, provou ser um grande motivador para os cavaleiros viajarem, vindos de quase toda a Europa, e tentarem recuperá-la. Inicialmente, a força mista de cruzados e bizantinos alcançava sucesso, notavelmente recapturando Nicéa em junho de 1097 e conseguindo uma grande vitória em Dorilea em 1º de julho 1097. Em setembro de 1097 houve a separação do exército cruzado-bizantino, com um dos exércitos dirigindo-se para Edessa, no Leste, e o outro para a Cilícia no Sudeste. O corpo principal voltou-se para Antioquia na Síria, a chave para a fronteira do Eufrates.

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Após cem anos de governo muçulmano de antioquia haveria a certeza de que quaisquer vitórias posteriores para o sul seriam permanentes.

Embora tivesse perdido um pouco de esplendor, desde o século VI, para a rival local Alepo, a grande cidade de Antioquia possuía uma brilhante história desde os tempos helenísticos e era uma das cinco sedes patriarcais da Igreja Cristã. Havia sido, também, o lar de São Paulo e São Pedro e, provavelmente, o local de nascimento de São Lucas. Retomar Antioquia após 100 anos de governo muçulmano seria um estímulo para todo mundo e ajudaria a assegurar que vitórias territoriais futuras para o Sul permaneceriam para sempre.

Fortaleza de Antioquia

Localizada às margens do Rio Orontes, 19 km (12 milhas) distantes da costa, Antioquia possuía uma população de aproximadamente 40.000 habitantes e era cercada por elevadas muralhas erguidas pelos bizantinos no século X. A cidade, grande e espalhada, com um terreno em volta que se mostrava difícil para que um exército sitiante a circundasse. Ao mesmo tempo, as muralhas eram tão extensas que os defensores não conseguiam vigiá-las adequadamente. De qualquer modo, a mais importante fortaleza da Síria não poderia ser deixada de lado, pois a retaguarda dos cruzados poderia ficar exposta a um ataque. A cidade tinha de ser tomada.

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O governador de Antioquia era Yaghi-Siyan, administrando uma mescla de população com cristãos, gregos, armênios e sírios. Os muçulmanos eram tolerantes com relação à grande comunidade cristã, permitindo ao Patriarca manter sua posição e não converteram as maiores igrejas em mesquitas. Quando chegaram notícias a respeito da aproximação do exército cruzado, o Patriarca foi aprisionado e muitos líderes cristãos expulsos da cidade. Yaghi-Siyan apelou por ajuda às cidades de Damasco e Mosul, governadas pelos seljúcidas, e ambas prometeram enviar forças de socorro e os sultões de Bagdá e da Pérsia também prometeram apoio. Existia a impressão de que, como possuía bom suprimento de água dentro da cidade e 6 a 7.000 homens armados, e caso conseguisse suprimentos suficientes, Yaghi-Sivan poderia resistir confiando nas fortificações e esperar por ajuda.

Bohemund the Norman
Bohemund, o Normando
Merry-Joseph Blondel (Public Domain)

Em 20 de outubro de 1097, o exército cruzado, com 30.000 homens, capturou uma importantíssima ponte fortificada sobre o Orontes e até cercou um comboio de suprimentos em seu caminho para Antioquia. Foi um bom começo e no dia seguinte o exército já se encontrava frente às muralhas da cidade. Espantados com seu tamanho e esplendor, os cruzados precisaram se preocupar em ver por eles mesmos que a cidade se encontrava protegida por pântanos, um rio de um lado, uma cadeia de montanhas de outro e defesas inclinadas que subiam pelas montanhas em ambos os lados. No ponto mais alto, erguia-se a citadela elevando-se a 300 metros (1.000 pés) acima da cidade abaixo. A conquista iria demorar um pouco.

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O Sítio

Dispondo de somente uma pequena força, Yaghi-Sivan preferiu não se arriscar com incursões sobre os atacantes e passaram-se duas semanas sem muita ação à medida que os cruzados organizavam suas posições. Os contingentes liderados pelo normando Bohemund de Taranto, por Godofredo de Bouillon, pelo duque da Baixa Lorena e por Raymond IV (ou Raymond de Saint-Gilles), Conde de Toulouse, encontravam-se estacionados frente aos principais portões da cidade. Os cruzados, exceto Raymond que era a favor de um assalto imediato, preferiam descansar seus homens e, talvez, esperar por reforços, especialmente de Alexios, que poderia fornecer uns poucos engenhos de sítio. Enquanto isso, após a inatividade aumentar a confiança dos defensores, pequenas incursões foram feitas sobre os acampamentos cruzados. Mais tarde chegaram boas notícias, para os defensores, a respeito de um exército muçulmano de que socorro estava a caminho, vindo de Damasco.

os cruzados sofreram a miséria de semanas de chuva e pouca comida. Homens morriam de fome e a deserção era comum.

Com a chegada do inverno, Bohemund conseguiu fazer com que a guarnição muçulmana próxima a Harenc saísse em campo aberto, quando então foi exterminada. Logo em seguida, chegou uma frota de 13 navios genoveses trazendo homens, armas e suprimentos. A alimentação estava se tornando um problema e os cruzados foram forçados a procurar alimentos mais longe, expondo-se a mais incursões de ataques vindas da cidade. Em resposta, foi construída uma torre acima do acampamento de Bohemond para melhor cobrir o desfiladeiro do Onopnicles. No final do mês de dezembro tornou-se essencial encontrar uma melhor fonte de alimentos e uma grande força, sob a liderança de Bohemund e Robert de Flandres, foi enviada a Hama para consegui-los.

Com sua rede de espiões mantendo-o informado de todos os movimentos dos sitiadores, Yaghi-Sivan realizou um ataque contra um dos acampamentos dos cruzados. A incursão foi contida e os atacantes voltaram para as muralhas com com grandes perdas, porém muitos cavaleiros também foram mortos. A situação não estava caminhando bem em outros lugares também. Deslocando em dois grupos, com Bohemund um pouco atrás do exército de Robert, este último deu de frente com a força muçulmana de socorro vinda de Damasco e foi cercado por ela. Bohemund deteve-se e, no justo momento quando tudo parecia perdido, ele atacou as forças muçulmanas de surpresa em seu flanco, derrotando-os. No entanto, os cruzados foram obrigados a retornar à Antioquia sem terem completado a missão. Os atacantes sofreram a tristeza de semanas de chuvas e pouco alimento, homens morrendo de fome e a deserção era comum. O exército dos cruzados contava agora com somente 700 cavaleiros. Para provocar os cristãos a respeito da segurança de suas fortificações, o Patriarca de Antioquia era, ocasionalmente, colocado balançando dentro de uma gaiola sobre as muralhas da cidade. Os cruzados não eram nada melhores, violando os túmulos muçulmanos e roubando o que ali houvesse de valor. A batalha estava caminhando, particularmente, para uma exibição de maldades.

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The Siege of Antioch, 1098 CE
O Sítio de Antioquia. 1098 d.C.
Jean Colombe (Public Domain)

Nesta atmosfera de adversidades e descontentamento, Bohemund realizou seu primeiro movimento que veio a revelar sua ambição pessoal de conquistar e governar Antioquia para ele mesmo, independente de quaisquer promessas anteriores de que as conquistas cruzadas deveriam ser entregues ao Imperador bizantino. Bohemund começou a sugerir, para qualquer um que o ouvisse, que tinha a intenção de se retirar do sítio pois tinha de ir até suas terras na Itália. O normando prometeu que somente ficaria se suas perdas fossem compensadas com a entrega a ele do direito de governar Antioquia, quando ela fosse capturada. Os comandantes cruzados não concordaram com isto e Bohemund acabou permanecendo, aguardando seu tempo.

Enquanto isso, uma segunda força de socorro foi enviada de Alepo e cidades aliadas com o objetivo de retomar a fortaleza da Harenc. Ao saber disso, Bohemund liderou a força inteira dos cavaleiros cruzados para atacar os recém-chegados, fazendo com que batessem de volta para Alepo. Yaghi-Sivan não perdeu esta distração e enviou uma grande força para atacar a infantaria dos cruzados ainda acampada fora da cidade. Infelizmente para os muçulmanos, os cavaleiros cruzados retornaram no momento da incursão e, uma vez mais, os defensores se retiraram para a segurança da cidade. Toda esta atividade não estava melhorando o suprimento de alimentos, porém a ajuda estava agora chegando em grande quantidade por navios vindos de Chipre. Ainda melhor, em 6 de março um navio comandado pelo inglês Edgar Atheling trouxe máquinas de sítio e materiais de construção do Imperador. Quando um grupo de cruzados retirava estes materiais vitais, eles foram surpreendidos por uma incursão muçulmana, que visava se apossar dos suprimentos, mas reforços chegaram vindos dos acampamentos cristãos e 1.500 turcos foram mortos.

A Queda

Em 19 de março os atacantes colocaram em bom uso seus materiais recém-chegados e construíram uma torre fortaleza para melhor atacar uma ponte fortificada que ainda se encontrava nas mãos do inimigo e outra torre para cobrir o único grande portão que ainda não haviam bloqueado. Ambos os acessos permitiam que os defensores saíssem e entrassem na cidade à vontade, tanto para atacar os cruzados, como para repor alimentos para a cidade. Sem o risco de incursões, os cruzados puderam conseguir seus próprios alimentos sem serem molestados e negociar com os comerciantes locais que haviam perdido seus fregueses habituais de dentro da cidade. A maré estava começando a mudar, porém chegaram notícias de um grande exército muçulmano se aproximando da cidade em maio. Constituído por tropas de Mosul, Bagdá, Pérsia e Mesopotâmia, a chegada desta força a Antioquia poderia aniquilar os cruzados se não tomassem a cidade e utilizassem suas defesas para sua própria proteção. O tempo era essencial.

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Felizmente para os cruzados, o líder da força de auxílio, Kerbogha de Mosul, encontrava-se relutante de se mover contra o inimigo enquanto Edessa estivesse em mãos dos cruzados e se mostrava uma ameaça potencial a seu flanco direito. Uma inútil parada de três semanas naquela cidade deu aos cruzados suficiente tempo para prepararem o assalto final sobre Antioquia. Sem que seus companheiros soubessem, Bohemund estava negociando com um traidor na cidade, um armênio chamado Firouz que se encontrava sedento em vender sua lealdade. Com as notícias de que o exército de Kerbogha voltou a marchar, no entanto, muitos cruzados preferiram fugir do que enfrentar a destruição e é de se notar que entre os céticos encontrava-se Stephen de Blois. O momento era de tristeza, mas no dia seguinte Firouz concordou em permitir que os homens de Bohemund entrassem da parte da cidade em que a muralha estava sob seu comando. Bohemund, então, comunicou o plano aos líderes companheiros e todos concordaram em fingir que estavam se afastando da cidade para ir ao encontro do exército muçulmano que estava chegando. Mas ao anoitecer, encobertos pela escuridão, voltaram e atacaram a muralha oeste de Atioquia, onde Firouz os esperava. O plano funcionou perfeitamente e 60 cavaleiros de Bohemund escalaram as muralhas, tomaram as torres noroeste sem resistência e abriram diversos portões, permitindo que o restante do exército cruzado invadisse a cidade. Exatamente como na tomada da cidade pelos muçulmanos em 1085, as grandes fortificações de Antioquia foram rompidas, não pela força, mas por traição.

Robert of Normandy at the Siege of Antioch
Roberto da Normandia no Sítio de Antioquia
Jean-Joseph Dassy (Public Domain)

Finalmente, em 3 de junho de 1098, após incríveis 8 meses de sítio, a cidade foi conquistada, mas isto não é o fim da história. Os cruzados chacinaram todo e qualquer muçulmano que fosse encontrado, inclusive mulheres e até mesmo muitos cristãos foram mortos durante a confusão. Yaghi-Siyan fugiu através de um pequeno portão, mas seu filho, Shams ad-Daula, reuniu algumas tropas e se dirigiu para a cidadela na parte mais elevada da cidade. Bohemund lançou imediatamente um ataque, mas foi derrotado e o líder normando ficou ferido na ação. O restante dos cruzados se encontrava regozijando na pilhagem da parte baixa da cidade, esquecendo-se que um forte exército muçulmano se encontrava a caminho.

Os Cruzados Sitiados

Kerbogha chegou a Antioquia em 7 de junho e acampou nas mesmas posições que os cruzados haviam se mantido durante tanto tempo. Os sitiadores estavam agora sitiados. Os cruzados construíram uma muralha para isolar a cidadela superior das fortificações inferiores e lançaram incursões sem sucesso sobre as forças de fora. Com a fome novamente a maior ameaça, os cruzados conseguiram somente esperar o auxílio de força de socorro por um exército enviado por Alexios. Foi então que ocorreu um infeliz mal-entendido que viria a ter consequências duradouras. O Imperador bizantino de fato estava se dirigindo para Antioquia, porém encontrou no caminho refugiados da cidade que, erroneamente, informaram-no de que os cruzados se encontravam à beira da derrota contra um forte exército muçulmano e, por isso, o Imperador retornou para casa considerando que seria sem sentido desperdiçar recursos em uma causa perdida. Quando chegou a notícia da vinda de outro exército turco destinado a interceptar Alexios antes que atingisse Antioquia, ele sentiu prudente retirar-se. Bohemund, em particular, não se sentiu satisfeito ao saber que havia sido abandonado pelos bizantinos e decidiu não cumprir seu juramento de devolver todos território capturado ao Imperador. Ele manteria Antioquia para si mesmo se se pudesse mantê-la em suas mãos e as relações ficaram, assim, irremediavelmente ressentida entre os cruzados e os bizantinos.

foi planejado um assalto totalcontra os acampamentos muçulmanos, e o tempo era importante para os cruzadods, pois kerbogha lutava para manter sua coalizão unida.

Nesse meio tempo, Kerbogha realizou um ataque conjunto sobre a muralha sudoeste em 12 de junho de 1098. Dentro da abordagem combinada de tomar as torres, os muçulmanos foram finalmente rechaçados. A situação agora estava novamente desesperadora para os cruzados e um apelo a Kerbogha para permitir passagem segura para o exército cruzado se retirar da cidade em rendição, o que foi rejeitado. Então, um curioso acontecimento mudou a maré da guerra novamente a favor dos cruzados.

Um camponês chamado Pedro Bartolomeu aproximou-se dos líderes cruzados e disse que tivera uma visão na qual Santo André mostrou-lhe onde se encontrava uma das mais sagradas relíquias da cristandade – a lança que havia ferido o lado de Jesus Cristo na crucificação. Escavando no assoalho da Catedral de São Pedro, a lança foi miraculosamente encontrada e a notícia espalhou-se por todo o exército cruzado e que agora possuíam um seguro sinal do favor divino, pois dizia a lenda que aquele que conduzisse a lança derrotaria todos que se aproximassem. Foi planejado um assalto completo sobre os acampamentos muçulmanos e a situação foi fortuita, pois Kerbogha já se encontrava lutando para manter sua coalizão unida, mas deserções eram comuns. Em 28 de junho o ataque foi lançado com grande sucesso, vigiado, de acordo com a lenda, por uma hoste de fantasmagóricos cavaleiros brancos liderados por São Jorge de cima das montanhas. Os muçulmanos entraram em pânico à medida que grandes contingentes batiam em retirada, com seus comandantes não desejando apoiar Kerbogha. As forças da cidadela, vendo a futilidade de combaterem isoladamente, renderam-se no dia seguinte. Finalmente, o sítio foi rompido e Antioquia estava novamente em mãos cristãs.

Consequências

Em dezembro de 1098 o exército cruzado marchou para Jerusalém, tomando, no seu caminho, diversas cidades portuárias sírias. Finalmente chegaram ao objetivo principal em 7 de junho de 1099. Após um curto sítio, a cidade foi tomada em 15 de julho de 1099. Alexios, enquanto isso, queria de volta Antioquia e enviou uma força para atacar a cidade ou, pelo menos, isolá-la dos territórios cruzados à sua volta. Bohemund havia partido e, já na Itália, convenceu o Papa Pascoal II (*1060 +1118) e ao Rei francês Philip I (rein. 1060 - 1108) de que a verdadeira ameaça ao mundo cristão eram os bizantinos. Seu traiçoeiro Imperador e a indócil igreja deveriam ser eliminados e, portanto, uma invasão de Bizâncio, precisamente à Albânia, foi lançada em 1107. Mas ela falhou exatamente porque Alexios mobilizou suas melhores forças para enfrentá-la e o Papa abandonou seu apoio à campanha. Em consequência, Bohemund foi obrigado a prestar subserviência ao Imperador bizantino, que permitiu que ele governasse a cidade em nome de Alexios. Portanto, ficou implantado o modelo para os futuros territórios capturados.

A história do sítio de Antioquia rapidamente penetrou na imaginação medieval com suas dificuldades e tribulações, derrotas, privações, milagres e, finalmente, a vitória, como o historiador C. Tyerman sumariza:

O sítio... forneceu ao século XII sua Guerra de Tróia, afamada em verso, música e prosa, comemorada em pedra e vidro, o episódio central das dificuldades e heroísmo na épica e romântica narrativa da Primeira Cruzada. (135)

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Sobre o tradutor

Jose Monteiro Queiroz-Neto
Monteiro é um pediatra aposentado interessado na história do Império Romano e da Idade Média. Tem como objetivo ampliar o conhecimento dos artigos da WH para o público de língua portuguesa. Atualmente reside em Santos, Brasil.

Sobre o autor

Mark Cartwright
Mark é um escritor em tempo integral, pesquisador, historiador e editor. Os seus principais interesses incluem arte, arquitetura e descobrir as ideias que todas as civilizações partilham. Tem Mestrado em Filosofia Política e é o Diretor Editorial da WHE.

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Estilo APA

Cartwright, M. (2018, julho 12). O Sítio de Antioquia, 1097-1098 [The Siege of Antioch, 1097-98 CE]. (J. M. Queiroz-Neto, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1252/o-sitio-de-antioquia-1097-1098/

Estilo Chicago

Cartwright, Mark. "O Sítio de Antioquia, 1097-1098." Traduzido por Jose Monteiro Queiroz-Neto. World History Encyclopedia. Última modificação julho 12, 2018. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1252/o-sitio-de-antioquia-1097-1098/.

Estilo MLA

Cartwright, Mark. "O Sítio de Antioquia, 1097-1098." Traduzido por Jose Monteiro Queiroz-Neto. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 12 jul 2018. Web. 22 dez 2024.