As fontes medievais sobre a descoberta e colonização da Islândia frequentemente se referem aos exploradores como “vikings”, mas, tecnicamente, não o eram. O termo “viking” se aplica apenas aos invasores escandinavos, e não aos escandinavos em geral. Alguns dos homens e mulheres que colonizaram a Islândia podem ter se envolvido anteriormente em ataques viking, mas foram para a Islândia como agricultores procurando começar uma nova vida num novo mundo.
Ao contrário de outras regiões colonizadas pelos vikings, a Islândia não tinha uma população indígena. Quando os vikings atacaram a abadia de Lindisfarne, na Nortúmbria britânica, em 793, ou quando mais tarde atacaram Wessex, Mércia, Irlanda ou Escócia, tiveram de enfrentar quem já vivia lá. Na Islândia, porém, não havia ninguém para conquistar e nenhuma igreja ou abadia para saquear em troca de riqueza. As pessoas que colonizaram a terra saíram inicialmente da Noruega (mais tarde de Orkney, Shetlands e Irlanda) e foram lideradas por aristocratas noruegueses de considerável riqueza que possuíam seus próprios navios e podiam atrair ou ordenar outros a acompanhá-los.
A história inicial dos escandinavos na Islândia é geralmente dividida em três períodos pelos estudiosos modernos:
- A Era dos Assentamentos, c. 870-930;
- A Era da Commonwealth, 930-1200;
- A Era dos Sturlungs (ou Era Sturlung), 1200-1262.
O cristianismo ganhou vantagem na Islândia em c. 999/1000, substituindo a religião nórdica, mas é claro que a maioria das pessoas não abraçou a nova fé de boa vontade e ela foi mais ou menos imposta pelo rei norueguês Olaf Tryggvason (r. 995-1000) – que converteu a Noruega à força –, e administrada pelo legislador Thorgeir Ljosvetningagodi (ativo c. 985-1001). De acordo com o estudioso Robert Ferguson (entre outros), a aceitação indiferente do Cristianismo em c. 999/1000 encorajou a violência e a guerra civil que marcaram a Era dos Sturlungs, resultando no fim do commonwealth e na aceitação do domínio norueguês pela Islândia em c. 1262.
A era dos assentamentos
As primeiras fontes sobre a história da Islândia são o Íslendingabók (“Livro dos Islandeses”, c. século XII) e o Landnámabók (“Livro dos Assentamentos”, c. século XIII). De acordo com o Landnámabók, o primeiro colono na Islândia foi Naddodd, o Viking (c. 830), que descobriu a Islândia quando sofreu um desvio de seu curso a caminho das Ilhas Faroé.
Ele foi seguido mais tarde por Gardar, o Sueco (também conhecido como Garðarr Svavarsson, c. 860), que também pode ter sofrido um desvio de curso e ido parar na Islândia. Ele estabeleceu um pequeno povoado às margens da baía de Skjálfandi (correspondente à atual cidade de Húsavík), no norte. Gardar rebatizou a terra de “Ilha de Gardar” e navegou de volta para casa. Um membro de sua tripulação, porém, um homem chamado Nattfari, ficou para trás com uma escrava e uma serva. Diz-se que estes três permaneceram no assentamento na Baía de Skjálfandi como os primeiros colonos permanentes.
O terceiro e mais conhecido explorador escandinavo da Islândia foi Flóki Vilgerðarson (também conhecido como Hrafna-Flóki, c. 868), que decidiu colonizar a Islândia. Flóki permaneceu mais tempo que os dois primeiros exploradores e estabeleceu uma comunidade no Borgarfjord (Borgarfjörður, onde fica a atual cidade de Borgarnes), na costa oeste.
O gelo bloqueando o fiorde impediu Flóki de partir e ele foi forçado a ficar muito mais tempo do que havia planejado. Antes de partir, ele chamou o lugar de “Islândia” e, ao retornar à Noruega, contou a todos sobre a terra inóspita de gelo e neve. No entanto, dois membros de sua tripulação – Herjolf e Thorolf – elogiaram a Islândia, e Thorolf chegou ao ponto de dizer que era tão bonita que manteiga pingava da grama. Seus relatos encorajaram novas migrações vindas da Noruega para a nova terra, que, apesar dos elogios entusiasmados de Herjolf e Thorolf, manteve o nome que Flóki lhe dera.
Após o regresso de Flóki, o interesse na migração para a Islândia aumentou tremendamente na Noruega. Nas fontes, não apenas Íslendingabók e Landnámabók, mas também em obras de escribas cristãos, isso é frequentemente atribuído à “tirania” do rei norueguês Harald Finehair (também conhecido como Harald Fairhair, r. 872-930). A forma exata dessa “tirania” não é clara, mas teve algo a ver com o aluguel de terras e os elevados impostos cobrados na Noruega. Uma nova terra, onde se pudesse demarcar uma exploração agrícola numa área considerável de terra – sem tais impostos – teria parecido bastante atraente.
O Landnámabók relata detalhadamente a história do primeiro colono histórico da Islândia, Ingólfr Arnarson (c. 874). Ingolfr e seu irmão adotivo Hjörleifr se envolveram em uma rixa de sangue na Noruega e partiram para a Islândia. Diz-se que encontraram monges irlandeses na ilha, que partiram porque não queriam viver entre os pagãos. Hjörleifr e seu grupo foram mortos pelos escravos que trouxeram da Irlanda, e Ingólfr perseguiu os assassinos e os matou. Depois que seu irmão adotivo foi vingado, Ingólfr fundou a comunidade que se tornaria a atual Reykjavík em 874.
Depois de um assentamento permanente ser estabelecido, outros colonos logo chegaram. O Landnámabók registra como, por volta de 927, quando a Islândia já estava praticamente colonizada, o povo enviou um homem chamado Ulfljot de volta à Noruega para desenvolver um código legal para a Islândia baseado nas leis norueguesas. Ulfljot retornou em 930 e entregou o código ao Althing (a assembleia de homens livres) da Islândia. Àquela altura, a Islândia tinha sido dividida em 36 principados, e cada um tinha um chefe que os representava na assembleia para estabelecer um commonwealth pacífico e harmonioso.
A era do commonwealth
O período inicial da Era do Commonwealth (930-1030) também é conhecido como “A Era da Saga”, pois foi a época em que a maioria das histórias das grandes sagas islandesas surgiram. Essas histórias foram transmitidas oralmente até os séculos XII e XIII, quando foram escritas, e incluem contos da colonização da Islândia (o Íslendingabók e Landnámabók), bem como a famosa A Saga dos Volsungs, A Saga de Ragnar Lothbrok , a Edda em prosa e a Edda poética, que forneceram às gerações posteriores o conhecimento sobre as crenças e costumes nórdicos pré-cristãos.
Estes relatos enfatizam os aspectos igualitários da sociedade nórdica, na medida em que, embora houvesse um chefe tribal, as decisões eram tomadas após consultar conselheiros que representavam os interesses por vezes divergentes da comunidade. Havia muitas comunidades separadas ao longo da costa da Islândia, conhecidas como comunas. Em cada comuna, as pessoas viviam da agricultura no seu próprio terreno, da criação de gado, da pesca, da caça e do comércio.
Cada comuna era liderada por cinco homens eleitos para um mandato de um ano. Um desses cinco era enviado como representante do Althing para resolver disputas e regulamentar leis. Os estudiosos Stefan Brink e Neil Price salientam que “há poucas dúvidas de que a instituição social mais importante na Islândia na Idade Média era a comuna”. (574). Esta afirmação é aceita porque cada comuna tinha a sua própria identidade, mas cooperava voluntariamente com as outras em questões de direito para garantir a igualdade e a harmonia entre as comunidades.
A cada primavera e verão, o chefe de cada principado era enviado para se reunir com os demais no Althing e votar leis e vários cursos de ação, tanto religiosos quanto seculares. A acadêmica Kirsten Wolf comenta sobre a importância do direito na sociedade escandinava, escrevendo:
Não há dúvida de que as leis eram importantes para os escandinavos da Era Viking. A palavra inglesa moderna “lei” é um empréstimo anglo-saxão do tronco nórdico antigo (que significa “o que foi estabelecido ou resolvido”). Pareceria estranho se os anglo-saxões tomassem emprestada tal palavra de um povo que não tinha reputação de ter mentalidade legal. (150)
O Althing formou a base não só para a lei, mas também para o desenvolvimento cultural na Islândia, mantendo a harmonia e o equilíbrio entre as comunas. O governo islandês era uma oligarquia, uma “união de chefes sem rei” (Wolf, 151). O presidente do Althing era o orador que conhecia a lei de cor e a recitava no início de cada reunião. O legislador servia por um período de três anos e então um novo homem era escolhido. As leis na Islândia eram comunicadas oralmente até c. 1117, quando foram escritas.
O Althing conhecia a lei e determinava a lei, mas não tinha poder para fazer cumprir a lei. Uma vez feito o julgamento, cabia ao indivíduo garantir que a justiça fosse feita. O Althing podia legislar sobre disputas de terras e decidir a favor de um agricultor contra outro, mas não tinha poder para garantir que essa decisão fosse respeitada. Cada indivíduo era responsável, portanto, por defender as decisões do Althing e, tanto quanto se pode perceber, eram as pessoas que o faziam. As tradições nórdicas de rixas de sangue e de exigir morte por morte foram substituídas na Islândia por multas. O castigo corporal foi substituído pela pena de Outlawry, pela qual uma pessoa era excluída da comunidade.
Essas leis se baseavam em crenças religiosas comunitárias e precedentes conforme interpretados pelos chefes e pelo orador da lei. Wolf escreve:
Esses chefes tinham o título de godi (plural godar), palavra derivada do deus nórdico antigo (que significa “deus”). O título mostra, portanto, que os chefes cumpriam funções religiosas e seculares. (151)
A paz era mantida conforme todos reconheciam a legitimidade destas leis e a sua natureza sagrada, mas esta paz se tornou cada vez mais ameaçada pelos missionários cristãos enviados da Noruega.
Cristianismo
De acordo com a Saga Kristni (um relato do século XIII sobre a cristianização da Islândia), os dois primeiros missionários cristãos foram um alemão chamado Fredrik (c. 981) e um norueguês escolhido a dedo por Olaf Tryggvason (antes de sua ascensão ao trono), Thorvald, o Viajante Distante. Thorvald foi tão impiedosamente insultado e ridicularizado pelos islandeses que matou dois deles e teve que fugir de volta para a Noruega; Fredrik foi com ele.
Depois de chegar ao poder, Olaf enviou outro grupo missionário liderado por Stefnir (c. 997), que evangelizou a Islândia destruindo os templos e santuários sagrados quando percebeu que ninguém seria convertido por suas palavras. O estudioso Robert Ferguson comenta a resposta dos islandeses a isso, escrevendo: “é uma indicação de seu alarme diante da natureza intolerante do cristianismo que, em uma resposta direta às atividades de Stefnir, os islandeses agora recorreram à lei para desencorajar o fanatismo dos seguidores da nova religião.” (300). Stefnir foi proibido e teve que deixar o país.
O próximo representante cristão de Olaf foi Thangbrand (c.999), que seguiu o mesmo caminho de Thorvald quando ridicularizado e matou dois de seus algozes. Ele também foi proibido e voltou para a Noruega. Olaf respondeu ao seu fracasso confiscando as propriedades dos islandeses na Noruega e ameaçando matá-los ou mutilá-los. Ele foi dissuadido por dois chefes cristãos islandeses, Gissur Teitsson e seu genro Hjalti Skeggjason, que prometeram que teriam sucesso onde os outros falharam. Para garantir que o fizessem, Olaf conseguiu quatro reféns, todos relacionados aos quatro chefes islandeses mais poderosos.
Após seu regresso, Gissur e Hjalti se juntaram aos outros no Althing, no qual rapidamente se tornou claro que nem os cristãos nem os pagãos estavam dispostos a recuar e era necessário chegar a algum acordo. O legislador Thorgeir Ljosvetningagodi, depois de meditar durante 24 horas, deu o veredito de que todos se tornariam cristãos e seriam batizados, mas os pagãos ainda poderiam praticar sua fé em privado.
Isto foi feito, como relata a Saga Kristni, para manter a unidade porque o zelo dos cristãos era tal que ameaçava quebrar o país ao meio com crenças e leis pagãs governando uma parte e os ideais cristãos a outra. Thorgeir parece ter sentido que a conversão ao cristianismo era inevitável à luz da determinação de Olaf, mas é preciso também considerar como sua decisão foi influenciada pelos reféns que Olaf mantinha e pela possibilidade de ele ter sido subornado por um dos chefes.
Independentemente de sua motivação, os islandeses se submeteram à sua autoridade como orador da lei e convertido à nova religião. Ferguson escreve:
A nível individual, como viajantes e comerciantes, a conversão pode ter-lhes poupado o simples constrangimento de serem antiquados num mundo moderno, caipiras agarrados a ideias ultrapassadas na orla do mundo conhecido. Politicamente, pode ter preservado a sua orgulhosa independência, evitando a ameaça imediata de uma invasão da Noruega. (322)
Olaf Tryggvason morreu em 1000 e, em c. 1025, o Althing da Islândia negociou um tratado com o rei Olaf Haraldsson da Noruega (também conhecido como Santo Olaf, Olaf II, r. 1015-1028) garantindo seus direitos e liberdades pessoais na Noruega e autonomia na Islândia. A moralidade cristã era agora a forma subjacente à lei islandesa e a igreja cresceu em poder, tornando-se altamente influente no desenvolvimento de novas leis. As primeiras leis eclesiásticas escritas da Islândia datam de c. 1097, mas provavelmente foram ratificadas muito antes e preservadas oralmente, como sempre ocorreu com as leis.
A Era dos Sturlungs
EM C. 1220, O REI NORUEGUÊS HAAKON HAAKONSSON FICOU MUITO INTERESSADO EM CONTROLAR A ISLÂNDIA E COMEÇOU A NEGOCIAR COM O ENTÃO CHEFE DOS STURLUNGS, SNORRI STURLUSON.
Embora o Althing ainda fosse convocado, suas atividades foram influenciadas pelo Bispo da Islândia que presidiu na Diocese de Skálholt. O primeiro bispo foi Ísleifur Gissurarson (serviu de 1056 a 1080) e muitos outros o seguiram. As comunas também continuaram a funcionar como antes, só que agora observando os costumes e tradições cristãs em vez dos da religião nórdica. Em vez de cinco homens eleitos liderando uma comuna, eles eram agora liderados por um único chefe, e esses chefes, com o tempo, acumularam grande poder e riqueza ao adicionar outras comunas às suas.
Por fim, o poder acabou nas mãos de seis clãs familiares, sendo os Sturlungs os mais poderosos. Em c. 1220, o rei norueguês Haakon Haakonsson (também conhecido como Haakon, o Velho e Haakon IV, r. 1217-1263), ficou profundamente interessado em controlar a Islândia e negociou com o então chefe dos Sturlungs, Snorri Sturluson (c. 1179-1241), o grande mitógrafo e historiador islandês. Snorri concordou em se tornar vassalo de Haakon e prometeu trabalhar para colocar os outros chefes sob a influência norueguesa, sendo o objetivo finalmente a soberania da Noruega sobre a Islândia.
Snorri, por qualquer motivo, nunca fez qualquer tentativa de cumprir seu voto, o qual foi assumido por seu sobrinho Sturla Sighvatsson (1199-1238). Sturla substituiu Snorri como chefe e iniciou campanhas militares contra os outros clãs; Snorri foi exilado de volta à Noruega. Sturla e seu pai, o poeta Sighvatr Sturluson (c. 1170-1238) enfrentaram os clãs das famílias Ásbirningar e Haukdælir na Batalha de Örlygsstaðir em 1238 d.C., na qual foram derrotados e mortos. Gissur Thorvaldsson (1208-1268), do clã Haukdælir, e Kolbeinn ungi Arnórsson (1208-1245), do clã Ásbirningar, eram agora os dois chefes mais poderosos da Islândia e controlavam os clãs mais fracos e suas comunas.
Gissur se tornou então vassalo do rei Haakon Haakonsson da Noruega e pressionou os outros chefes a aceitarem a soberania norueguesa. Em 1241, Snorri Sturluson retornou do exílio, e Gissur, sob as ordens de Haakon, liderou uma equipe de guerreiros que matou o escritor em sua casa. Em c. 1242, o sobrinho de Snorri, Thordur kakali Sighvatsson (r. 1247-1250) retornou da Noruega para vingar a morte do tio e também a do pai e irmão em Örlygsstaðir. Ele lutou contra Kolbeinn ungi Arnórsson até um empate na batalha naval de Flóabardagi (Batalha do Golfo) em 1244 e derrotou as forças do irmão de Kolbeinn, Brandur, na Batalha de Haugsnes em 1246 Brandur foi morto, e o poder dos Ásbirningar caiu.
Thordur kakali Sighvatsson se tornou o chefe mais poderoso da Islândia e também foi vassalo de Haakon da Noruega. Ele e Gissur apelaram ao rei para escolher quem governaria a Islândia e Haakon escolheu Thordur; Gissur voltou para a Noruega. Em 1250, entretanto, Haakon mudou de ideia e ordenou que Thordur retornasse. Gissur foi enviado de volta à Islândia em 1252 para encorajar os chefes a aceitar os termos do acordo conhecido como Antiga Aliança, que estabelecia a soberania norueguesa sobre a Islândia, a qual foi finalmente formalizada entre 1262-1264. A Islândia permaneceria sob controle norueguês até 1944.
Conclusão
A causa exata da violência da Era dos Sturlungs não é clara, mas alguns estudiosos sugerem que estava relacionada à conversão forçada dos islandeses das suas crenças tradicionais para uma nova fé. Ferguson, por exemplo, escreve:
Esta espiral impotente rumo à barbárie pode ter sido encorajada pelo abandono tímido de um conjunto de costumes e valores culturais, e pela adoção imperfeita e não convencida de outro conjunto muito diferente que levou, ao longo do tempo, a um estado de desorientação moral confusa do qual se revelou muito difícil se recuperar. (323)
Esta conclusão é provável, uma vez que a sociedade nórdica sob a antiga religião estava centrada na igualdade e todas as evidências indicam que a Islândia antiga, antes de 1000, seguia este padrão. Só depois da adoção forçada ao Cristianismo é que este paradigma muda e parece que isso foi encorajado por um novo modelo no qual um homem (o bispo) se tornou a autoridade suprema em questões de religião e, portanto, de direito.
As crenças politeístas nórdicas tinham espaço para qualquer deus que parecesse digno de adoração – imagens e amuletos invocando Jesus Cristo foram produzidos e usados juntamente com os do martelo de Thor – e não havia uma divindade considerada melhor que outra. A insistência do Cristianismo num único deus e numa única forma de adorar esse deus estava tão em desacordo com o ethos cultural nórdico como a violência e o desequilíbrio da Era dos Sturlungs estavam em desacordo com os primeiros dias da Islândia.