A propaganda desempenhou um importante papel na guerra civil entre Otaviano (v. 63 a.C.-14 d.C.) e Marco Antônio (v. 83-30 a.C.) e, uma vez vitorioso na Batalha de Ácio (ou Actium, 31 a.C.), Otaviano voltou para casa para se tornar o primeiro imperador romano. A década precedente foi decisiva. Em 43 a.C., Otaviano, Antônio e Lépido (v. 89/88-13/12 a.C.) formaram o Segundo Triunvirato para “restaurar a ordem no estado” e declararam guerra aos assassinos de Júlio César. Durante estes anos fundamentais, Antônio permaneceu distante, no Leste, preparando-se para invadir a Pártia. Otaviano ficou a maior parte do tempo na Itália ou nas proximidades, fortalecendo sua imagem e solidificando sua autoridade junto ao Senado e ao povo.
Na Sicília, Sexto Pompeu (v. 67-35 a.C.) cortou o fornecimento de grãos para a Itália, que sofria com a fome generalizada. Alguma coisa precisava ser feita e Otaviano aproveitou a oportunidade para ganhar popularidade. Junto com seu principal general, Marco Agripa (v. 63-12 a.C.) derrotou Sexto Pompeu na Batalha de Nauloco, em 36 a.C. e, quando retornou, o “Senado e o povo de Roma deram as boas-vindas a Otaviano como um herói, prontos a derramar honras sobre ele” (Southern, Augustus, 85). No ano seguinte, Otaviano iniciou as campanhas ilíricas, nas quais se mostraria novamente muito bem-sucedido. Em contraste, a campanha de Antônio na Pártia terminou de forma desastrosa, deixando-os em posições bem diferentes na balança do poder e na percepção popular.
Quanto ao Segundo Triunvirato, Lépido acabou exilado por Otaviano em 36 a.C. e não se envolveu mais na vida política. Isso deixou Otaviano e Antônio como os dois triúnviros remanescentes. Sua aliança instável iria se deteriorar progressivamente, cada um travando uma guerra de propaganda perniciosa, pavimentando o caminho para a última guerra civil da República Romana que culminaria na Batalha de Ácio. Mais tarde, Otaviano também propagandeou sua vitória em Ácio como a batalha que legitimava seu papel como aquele que trouxe a paz, liberdade e estabilidade a Roma.
A Propaganda Pré-Ácio
Tanto a escalada anterior à guerra entre Otaviano e Antônio quanto as justificativas do primeiro para suas ações hostis foram fortemente baseadas em propaganda. O primeiro momento decisivo ocorreu em 35 a.C., quando Otávia (v. 69-11 a.C.), irmã de Otaviano e esposa de Antônio, viajou a Atenas para visitar o marido. Nesta altura, Antônio e Cleópatra, a Rainha do Egito, já eram amantes desde 40-41 a.C. e raramente ficavam afastados um do outro por muito tempo. Otávia levou suprimentos vitais, animais de tração, roupas, dinheiro, armaduras e soldados de elite da Guarda Pretoriana. Antônio aceitou os presentes, mas não a recebeu em pessoa e limitou-se a enviar um mensageiro para lhe dizer que voltasse a Roma.
Otaviano aproveitou a oportunidade para manchar a imagem de Antônio. Afinal de contas, Otávia era uma nobre romana, fazendo de tudo o que se esperava de uma esposa, e Antônio, vergonhosamente, a rejeitara. Embora não fosse comum para a esposa de um governador provincial acompanhá-lo, também era incomum para um marido “manter uma amante tão publicamente” (Goldsworthy, 182). Conforme Plutarco, Otaviano deu autorização a Otávia para visitar Antônio em Atenas. Isso torna mais crível a ideia de que toda a situação foi orquestrada para prejudicar a reputação do rival. Como Antônio estivera todos aqueles anos longe, no leste, Otaviano, que permanecera na Itália ou nas proximidades, estava em melhor posição para conquistar o apoio do povo e do exército. Além da bem-sucedida campanha militar na Ilíria, também tinha recentemente acabado com o bloqueio do suprimento de grãos organizado por Sexto Pompeu e, assim, a Itália estava “movendo-se para algo próximo de uma existência normal e estável”. (Goldsworthy, 182).
No ano seguinte, em 34 a.C., Antônio e Cleópatra realizaram uma cerimônia triunfal extravagante em Alexandria para celebrar a anexação da Armênia, que foi classificada como “teatral, arrogante e revelando o ódio a Roma” (Plutarco, Vida de Antônio, 54.3). A solenidade lembrava um triunfo romano, mas aconteceu numa terra estrangeira. Havia dois tronos de ouro, um para Antônio, outro para Cléopatra, com assentos mais abaixo para seus filhos. O propósito da luxuosa cerimônia era confirmar o poder da Rainha e distribuir territórios e reinos para as crianças do casal. Antônio declarou Cleópatra a Rainha do Egito, Chipre, Líbia e Síria. Para as crianças iam a Armênia, Média, Pártia, Fenícia, Síria e Cilícia. A desagradável iniciativa afrontou as sensibilidades romanas. Para piorar as coisas, Cleópatra vestia “um manto sagrado de Ísis e era chamada de Nova Ísis” (Plutarco, Vida de Antônio, 54.6).
Otaviano, como a maioria do "povo italiano, achava as crenças egípcias estranhas" e merecedoras de desconfiança (Bleicken, 257). Ele se aproveitou da infeliz cerimônia alexandrina e o assalto propagandístico contra Antônio continuou. A questão foi levada ao Senado e Otaviano denunciou o rival ao povo romano, numa tentativa de aumentar a desaprovação pública ao comportamento de Antônio. Este passou a ser retratado como não-romano e escravo "da paixão e da bruxaria de Cleópatra" (Dio, História Romana, 49.34). Em contraste, Otaviano apresentava-se como um puro romano, que havia sido declarado imperator (comandante vitorioso), não tinha uma amante egípcia e trabalhava para o bem-estar de Roma.
A propaganda não existia somente de um lado. Antônio alegava que Otaviano "primeiro prometeu sua filha ao seu filho, Antônio, e depois a Cotiso, rei dos Getas, ao mesmo tempo que pedia a mão da filha do rei para si mesmo" (Suetônio, Vida de Augusto, 63.2). Eram acusações inflamadas de Antônio, segundo o qual Otaviano havia prometido sua filha, Júlia, ainda uma criança, em casamento a uma tribo ilírica, ao mesmo tempo que se casaria com a filha do rei. Antônio também ressuscitou as histórias da conduta embaraçosa de Otaviano na Batalha de Filippi, bem como boatos lascivos referentes a um suposto relacionamento sexual com seu pai adotivo, Júlio César (v. 100-44 a.C.).
A última gota foi a questão do testamento de Antônio. Otaviano apressou-se a expor as cláusulas incriminadoras do seu conteúdo, descrito como "fatal para a reputação de Antônio em Roma" (Zanker, 72). O testamento estava guardado no Templo de Vesta e, quando Otaviano tentou requisitar ilegalmente o documento, as Virgens Vestais se recusaram a entregá-lo. Porém, disseram-lhe que se ele queria o testamento, poderia entrar e pegá-lo, pois elas não o impediriam. Assim, Otaviano entrou, apanhou o documento e o leu em voz alta para um Senado lotado, mesmo que a maioria dos senadores achasse altamente inapropriado chamar Antônio à responsabilidade "enquanto vivo pelo que ele desejava que fosse feito após sua morte" (Plutarco, Vida de Antônio, 58.3).
No testamento, Antônio listava as crianças que tivera com Cleópatra como suas herdeiras. Porém, Otaviano deu mais importância ao fato de que Antônio, mesmo se morresse em Roma, queria que seu corpo fosse enviado a Cleópatra para ser sepultado em Alexandria. Isso ressuscitou rumores de que Antônio queria transferir a capital de Roma para a cidade egípcia. O embaraçoso conteúdo do testamento foi ampliado e distorcido, num contraste flagrante com o comportamento apropriado de Otaviano. Afinal de contas, ele não tinha planos de ser sepultado numa terra estrangeira. Em vez disso, teria um enorme túmulo para ele e sua família no coração de Roma, conhecido como o Mausoléu. É possível que Otaviano tenha começado a planejar seu gigantesco túmulo assim que descobriu os arranjos funerários de Antônio, para colocar ainda mais distância entre os dois.
A tensão entre os dois triúnviros chegara ao ponto de ebulição e outra guerra civil era iminente, mas como Antônio tinha sido retratado com sucesso como não-romano, não seria uma guerra civil. A propaganda de Otaviano era direta e fácil de entender: Antônio não mais pertencia a Roma, mas ao Egito e a Cleópatra. Sua romanitas (“romanidade”) foi atacada; ele estava enfeitiçado por Cleópatra, pelo Egito e suas “estranhas” divindades.
Quando se vê que este homem [Antônio] abandonou as tradições de seus ancestrais, emulou todos os costumes bárbaros e estrangeiros, que ele não mais respeita a nós, nossas leis ou os deuses de seus pais, mas homenageia aquela prostituta [Cleópatra] como se fosse alguma Ísis ou Selene […] mas sendo um escravo daquela mulher, ele defende a guerra e seus riscos contra nós e contra seu país […] Portanto, que ninguém o considere mais um romano, mas sim um egípcio (Trechos do discurso de Otaviano contra Antônio na obra de Cássio Dio, História Romana, 50. 25-26)
Otaviano justificava a necessidade da guerra não como sendo entre romanos, mas como a de Roma contra Cleópatra e o Leste. Para os romanos receosos de mais um conflito interno, isso era muito mais fácil de aceitar do que outra guerra civil. Otaviano estava convocando Roma e a Itália a se defender contra um inimigo estrangeiro. Em 32 a.C., ele declarou oficialmente guerra a Cleópatra no Templo de Belona, onde os antigos rituais preliminares para a guerra eram realizados. Plutarco classificou estes procedimentos como dirigidos contra a rainha egípcia, mas o alvo era na verdade Marco Antônio. Alguns senadores desertaram, mas a maioria permaneceu e jurou lealdade a Otaviano. Augusto mais tarde escreveu: “Toda a Itália voluntariamente fez um juramento de lealdade e demandou que a liderasse na guerra na qual fui vitorioso em Ácio” (Augusto, Res Gestae Divi Augusti, 25).
A Propaganda Pós-Ácio
Logo vieram as notícias da vitória. O povo da capital, de forma unânime, concedeu-lhe votos de louvor, estátuas, o direito de se sentar à frente nos jogos e um arco coberto de troféus. Também recebeu vários privilégios, como o de andar a cavalo pelas ruas de Roma, usar uma coroa de louros em todas as ocasiões e de promover um banquete com sua esposa e filhos no templo de Júpiter Capitolino nos aniversários de sua vitória, que se tornou um dia perpétuo de ação de graças. (Cássio Dio sobre as notícias da vitória de Otaviano em Ácio, História Romana, 49.15.1)
Esta propaganda pós-Ácio diferenciou-se das invectivas políticas entre os dois adversários que levaram à batalha. Ácio foi utilizada como um símbolo de paz, estabilidade e o retorno da República ao povo de Roma. A vitória “veio a ser considerada como um tipo de milagre secular, a partir do qual o novo governo de Augusto nasceu” (Zanker, 84).
Intervenção Divina e o Novo Mito de Fundação de Roma
A história da fundação de Roma, em 753 a.C., por Rômulo e Remo, descendentes do semideus Enéas, mistura mito e história. Na vitória de Otaviano em Ácio, o mesmo aconteceu. Ele não quis aceitar a responsabilidade única pelo sucesso. Na verdade, tinha sido o deus Apolo que o ajudara a entregar a vitória aos romanos e libertá-los dos costumes "bárbaros" e da religião do Egito.
Apolo ganhou um imenso significado durante e após a batalha final da guerra civil. Havia um templo dedicado ao deus próximo à casa de Augusto, e, além disso, Apolo também "avaliava" o combate em seu templo nas colinas de Ácio. Os deuses interferiam nos assuntos humanos para determinar seu resultado, e a intervenção divina passou a ser comum na propaganda da época. Agripa, braço direito de Otaviano e seu principal general, é mostrado erguendo-se sobre sua frota de navios como se "apoiado pelos ventos e deuses" (Vigílio, Eneida, 8. 780). Em outra passagem, Virgílio (v. 70-19 a.C.) até descreve a batalha como uma luta entre os deuses romanos e as "monstruosas" divindades egípcias:
Entre eles a Rainha, tocando tamborins egípcios, convocou seus navios de guerra, ainda desapercebida das serpentes gêmeas em suas costas. O ladrante Anúbis e outros deuses ainda mais monstruosos lutaram contra Netuno, Minerva e Vênus. (Virgílio, Eneida, 8.797-801)
Apolo, curvado no alto de seu templo supervisionando a batalha, interveio e salvou Roma da "vergonha e humilhação, e Otaviano tinha sido seu instrumento. Agradecimentos, portanto, eram devidos ao deus Apolo" (Bleicken, Augustus, 261). Depois de Ácio, Otaviano construiu um novo templo para Apolo na Colina Palatina, "visível de longe, inclusive do Fórum" (Goldsworthy, Augustus, 225). Esta vitória não era como qualquer outra; ela conectava estreitamente o líder romano ao divino.
É importante lembrar que, na Antiguidade, não havia distinção entre mito e história. Os dois estavam interconectados de forma inseparável. Lendo sobre a história da antiga Roma, você saberá sobre Antônio e Hércules, César e Vênus, Augusto e Enéas. O tecido da divindade e dos deuses estava urdido na própria fundação de Roma. Atualmente, podemos separar a história do mito. Porém, não havia tal preocupação na Antiguidade. Por exemplo, Júpiter, Enéas, o semideus, e Vênus aparecem nos livros iniciais da História de Roma, de Lívio.
Otaviano já tinha uma relação ancestral com os deuses. Seu pai adotivo era o deificado Júlio César, que creditava a origem do nome Júlio a Iúlo, o filho de Enéas, cuja mãe seria a própria deusa Vênus. Mais tarde, o nome completo de Otaviano passou a incluir o termo Divi Filius, que significa "filho do deus". Ao conectar a Batalha de Ácio aos deuses, Otaviano fortaleceu sua já poderosa aura divina e deu maior credibilidade à sua liderança. Isso criou um tipo de mito de fundação da história da nova Roma, no qual Otaviano e Apolo eram os principais protagonistas. Ácio marcou o começo de uma nova era de paz e estabilidade.
Imagens, Simbolismo, Triunfos e Literatura após a Batalha de Ácio
Após entrar em Roma, ele foi recompensado com três dias consecutivos de “triunfos” - uma enorme procissão comemorativa para um comandante militar bem-sucedido – pelas vitórias na Ilíria, Egito e Ácio. Monumentos e moedas retratavam a virtus (excelência militar) de Otaviano na última batalha. Por exemplo, num dos monumentos decorativos, ele é mostrado segurando o tridente de Netuno e guiando um carro marítimo, puxado por hipocampos (criatura mitológica com corpo de cavalo e cauda de peixe) acima das ondas agitadas e espumantes. Moedas comemorativas da batalha mostram Otaviano com uma coroa de louros e inscrições que dizem Libertatis Populi Romani Vindex (salvador da liberdade do povo romano). Naturalmente, isso significava estar livre de ser escravizado pela “feiticeira” Cleópatra e pelo Leste. Outras moedas trazem a deusa Vitória assentada na proa de um navio, novamente conectando Otaviano ao divino.
Itens domésticos, tais como lâmpadas e vasos adornados com imagens da batalha chegaram até as regiões mais distantes do Império e “atestam o fato de que a liderança de Augusto alcançou pronta e ampla aceitação” (Hölscher, Monuments of the Battle of Actium) [Monumentos da Batalha de Ácio]. Consolidando a ideia de que a vitória trouxera a paz, em 29 a.C. fechou-se o Arco de Jano, um dos portões de Roma, que permitia às pessoas entrarem e saírem da cidade. Esta foi uma incrível homenagem, pois estes portões eram fechados somente em tempos de paz e isso só havia ocorrido três vezes na história de Roma, conforme mencionado na obra intitulada Res Gestae Divi Augusti (As Realizações do Divino Augusto), que é parte biografia, parte resumo de seus feitos. Ele não menciona Antônio ou Cleópatra. Em vez disso, ele afirma ter "extinto as chamas da guerra civil" (34).
A literatura romana do período também enaltece Otaviano e a derrota de Cleópatra. Virgílio dedicou uma seção da Eneida à batalha naval; Propércio escreveu elegias elogiando o vencedor e ridicularizando Cleópatra; Horácio compôs um epodo [poema lírico], Um Brinde a Ácio, no qual celebra o vitorioso Otaviano, convidando os leitores a beber e comemorar a derrota da rainha egípcia. Enquanto os vários monumentos, arcos e moedas eram obviamente propagandísticos em sua tentativa de criar uma imagem muito particular de uma nova era de paz e liberdade, é muito mais difícil classificar a poesia do período como mera propaganda. São obras de arte reconhecidas que resistiram ao tempo. A Eneida, de Virgílio, por exemplo, (assim como os poemas épicos de Homero), está entre as mais importantes e reconhecidas obras literárias da Antiguidade. Tais poemas continuam a ser estudados até os dias atuais. O historiador Adrian Goldsworthy afirma que não há evidência da “intervenção direta nas palavras escritas” por parte de Augusto e que “não há uma boa razão para duvidar que Virgílio e outros foram sinceros nos pontos de vista que expressaram” (310-11). Dito isso, ainda que estas obras de arte não possam ser rotuladas como mera propaganda, o enaltecimento de Otaviano e a demonização de Cleópatra certamente caíram como uma luva para este objetivo.
Conclusão
A propaganda foi um elemento vital para a escalada entre Otaviano e Antônio antes da deflagração da guerra civil. Enquanto ambos lutavam pelo predomínio, a propaganda vinha de ambos os lados: havia a facção de Otaviano e a de Antônio. Com a derrota deste último, restou somente a facção do filho adotivo de Júlio César. Os derrotados e inimigos do vencedor não são vistos nos monumentos que celebravam a batalha. Após 31 a.C., os apoiadores de Antônio passaram para o lado do vitorioso, jurando sua lealdade ao novo líder e alguns foram inclusive encarregados de construir monumentos e templos de comemoração.
Uma vez que Otaviano conseguiu sair vencedor, a Batalha de Ácio tornou-se emblemática dos novos tempos de Roma. As imagens da batalha naval inundaram o império, dos maiores monumentos até os menores itens domésticos. Isso contrastava com o costume anterior a Augusto, quando “memoriais de estadistas romanos eram raros além de Roma” (Hölscher, 311). Ácio foi o ponto de partida para uma nova era de paz, liberdade e estabilidade após um século de guerra civil. A partir daí foram estabelecidas as fundações do Principado de Augusto. Otaviano descendia de Enéas e Rômulo, os fundadores originais de Roma, e agora ele se tornava o fundador de uma nova Roma.