Em sua busca para garantir a continuidade da dinastia Tudor, o rei Henrique VIII da Inglaterra (r. 1509-1547) casou-se por inacreditáveis seis vezes. Alguns casamentos foram resultado de paixão, enquanto outros tiveram motivação política. Um divórcio causou a separação da Igreja da Inglaterra de Roma, duas esposas acabaram presas e executadas na Torre de Londres e somente duas delas sobreviveram a Henrique. Apesar de todo o escândalo e esforço, no entanto, apenas a terceira esposa, Jane Seymour, deu à luz a um menino razoavelmente saudável. Aqui estão as histórias das seis mulheres que se tornaram rainhas de Henrique.
Henrique VIII
Henrique VIII, segundo da linhagem dos monarcas Tudor, sucedeu a seu pai, Henrique VII da Inglaterra (r. 1485-1509) e herdou um reino relativamente estável e rico. Sem desafios significativos ao seu poder ou guerras no estrangeiro para distraí-lo, o rei teve mais tempo do que a maior parte de seus predecessores para dar atenção à vida privada. Como nenhuma rainha havia reinado por seu próprio direito na Inglaterra nos últimos 500 anos, um dos principais deveres de Henrique era produzir um herdeiro masculino. Esta obrigação mostrou-se muito mais difícil do que qualquer um poderia ter imaginado. A busca, combinada com a paixão insaciável do rei por mulheres mais jovens, iria resultar em não menos do que seis rainhas reinando na Inglaterra num período de quatro décadas.
Henrique era, naturalmente, um partido e tanto e não apenas por seu título e riqueza. Ao contrário do que mostram seus retratos mais famosos, de uma idade mais avançada, em sua juventude o rei exibia uma figura atlética. Com 1,90 metro, alto, ruivo e de barba, tratava-se de um homem imponente, que adorava praticar equitação, arco e flecha e tênis, além de competir em torneios medievais. Inteligente, escrevia poesia, música e textos sobre teologia. Carismático e charmoso, dominador e voluntarioso, Henrique VIII era um homem difícil de resistir.
As seis esposas de Henrique VIII e suas crianças foram:
- Catarina de Aragão (c. Junho 1509) - Maria (n. Fev. 1516)
- Ana Bolena (c. Jan. 1533) - Elizabeth (n. Set. 1533)
- Jane Seymour (c. Mai. 1536) - Eduardo (n. Out. 1537)
- Ana de Cleves (c. Jan. 1540)
- Catarina Howard (c. Jul. 1540)
- Catarina Parr (c. Jul. 1543)
Catarina de Aragão
Catarina de Aragão (1485-1536) era a filha mais nova do Rei Fernando II de Aragão (r. 1479-1516) e da Rainha Isabela de Castela (1451-1504). Catarina se casara com o príncipe Arthur (n. 1486), filho mais velho de Henrique VII, em 1501. Porém, Arthur adoeceu e morreu no ano seguinte. Sem disposição para desperdiçar seus esforços diplomáticos ou perder o dote da noiva, Henrique VII acertou o casamento de Catarina com o novo herdeiro do trono, Henrique. Assim, Henrique casou-se com Catarina em 11 de Junho de 1509 e, duas semanas depois, foi coroado Henrique VIII na Abadia de Westminster.
Ela era considerada como uma bela mulher em sua juventude, além de bem educada. O matrimônio feliz resultou em seis crianças, mas todas, com exceção de uma, morreram ainda na infância. A única sobrevivente foi Maria, nascida em 18 de Fevereiro de 1516 e a futura Rainha Maria I da Inglaterra (r. 1553-1558). Enquanto isso, Henrique teve um filho ilegítimo, Henrique Fitzroy, Duque de Richmond (n. 1519), com sua amante, uma certa Elizabeth Blount, mas ele tinha pouca utilidade para um rei que necessitava de um herdeiro reconhecido. Não ajudou muito o fato de que os sucessivos partos haviam cobrado seu preço em termos físicos para Catarina, além do que a diferença de seis anos entre eles começava a ficar mais evidente. Quando a rainha chegou aos 40, Henrique decidiu que as melhores chances de ter um filho estavam em outro lugar. Por volta de 1526, o olhar de Henrique fora atraído por uma jovem da corte, uma certa Ana Bolena. O problema residia em anular seu matrimônio, uma vez que a Igreja Católica não permitia o divórcio. O assunto ficou conhecido como a "grande questão" do rei.
Henrique enviou uma carta ao Papa Clemente VII (r. 1523-1534) em 1527, sugerindo que a falta de um herdeiro masculino seria a punição divina por se casar com a esposa de seu falecido irmão, um argumento apoiado pelo Livro de Levítico, do Velho Testamento (20:21). O rei argumentou que o casamento jamais deveria ter sido permitido, em primeiro lugar. O Papa não concordou, a despeito de todas as tentativas de persuasão do Lorde Chanceler de Henrique, o Cardeal Arcebispo de York, Thomas Wolsey (c. 1473 - 1530). Um forte argumento era o de que Arthur e Catarina jamais teriam consumado seu casamento mas, de forma mais significativa, o Papa queria manter-se nas boas graças do soberano mais poderoso da Europa na época, o Imperador do Sagrado Império Romano, Carlos V da Espanha (r. 1519-1556), sobrinho de Catarina. Henrique demitiu Wolsey e o substituiu por Sir Thomas More (1478-1535) em 1529, mas sem sucesso, uma vez que More não concordava com o divórcio por uma questão de princípios. A terceira escolha de Henrique foi Thomas Cromwell (c. 1485-1540) e, a partir de 1532, uma solução muito mais radical foi adotada. Ele iria separar a Igreja da Inglaterra de Roma, declarar-se seu líder e desta forma sancionar seu próprio divórcio.
Um novo Arcebispo de Canterbury, Thomas Cranmer, finalmente anulou o matrimônio de Henrique em 23 de Maio de 1533. O Ato de Sucessão (30 de Abril de 1534) estabeleceu a ilegitimidade da filha Maria e Catarina tornou-se a ‘Princesa Viúva’ ao invés de ‘Rainha da Inglaterra’, título que foi proibida de utilizar. O Ato de Supremacia de 28 de Novembro de 1534. declarou que o rei passava a ser o chefe da Igreja, iniciando então a Reforma Inglesa. Catarina, enquanto isso, havia sido separada da filha e confinada em sua residência em Buckden, em Cambridgeshire, a partir de 1533, sendo transferida posteriormente para Kimbolton em 1534. Catarina, debilitada por não comer e devastada pelo câncer, morreu aos 50 anos, em 9 de Janeiro de 1536. A antiga rainha foi sepultada na Catedral de Peterborough.
Ana Bolena
Ana Bolena (c. 1501-1536) foi uma dama de companhia na corte, irmã mais nova de Maria Bolena, uma ex-amante do Rei Henrique. Era filha de Sir Thomas Bolena (futuro Conde de Wiltshire) e Elizabeth Howard, filha de Thomas Howard, Duque de Norfolk. Ana também possuía uma conexão real, uma vez que sua tia era a filha mais nova de Eduardo IV da Inglaterra (c. 1461-1470 e 1471-1483). Bem-educada, tinha crescido nas cortes dos Países Baixos e França; em 1522 ela chegou à corte de Henrique.
Em 1533 Ana tornou-se a segunda esposa de Henrique e é frequentemente conhecida como "Ana dos Mil Dias", devido ao curto período de reinado como rainha do coração do rei. Era morena, magra e bela. Sua inteligência e ousadia facilmente conquistaram o afeto de Henrique, mas ela recusou seus presentes, como joias, e também a dormir com o rei até que estivessem casados. Aceitou, porém, o título de Marquesa de Pembroke, com as propriedades e rendimentos correspondentes. Já vimos que as intenções de Henrique relativas à anulação do primeiro casamento estavam sendo frustradas pela pela Igreja, mas ele se sentia suficiente seguro a respeito do resultado para levar Ana, como sua consorte oficial, numa viagem à França, em Outubro de 1532.
Em Dezembro de 1532, Ana, talvez percebendo que um bebê seria a melhor maneira de se ver livre de sua rival Catarina, dormiu com o rei e engravidou. Tornava-se imperativo que Henrique se casasse com Ana para fazer da criança seu herdeiro legítimo. Consequentemente, eles se casaram em segredo no dia 25 de Janeiro de 1533, meses antes do anúncio oficial da anulação do primeiro matrimônio. Já em estado adiantado de gravidez, Ana foi coroada Rainha da Inglaterra em 1° de Junho de 1533. A filha do casal, Elizabeth, nasceu em 7 de Setembro de 1533. e seria a futura Elizabeth I da Inglaterra (r. 1558-1603).
Ana usou sua posição para apoiar os pró-reformistas da Igreja. Infelizmente para a busca de um herdeiro masculino do rei, duas crianças foram perdidas em abortos (1534 e 1535) e um bebê masculino nasceu morto em 1536. O relacionamento deteriorou-se. A voluntariosa Ana insultava abertamente o rei na corte e havia sussurros no estrangeiro de que o rei inglês tinha casado com uma prostituta comum. O destino de Ana poderia ser similar à de sua antecessora, uma vez que os olhos errantes de Henrique mais uma vez estavam à procura da terceira esposa - uma opção realista após a morte de Catarina de Aragão, em 1536.. A afeição do rei foi dirigida agora a outra dama de companhia, uma certa Jane Seymour, e ele, à vista de todos, a inundou com cartas e presentes - todos rejeitados, já que, como Ana, ela aguardava nada menos do que o casamento.
Ana foi acusada de adultério, presta e confinada na Torre de Londres em 2 de Maio de 1536. A acusação contra ela foi forjado por Cromwell, auxiliado pela facção ainda forte pró-Catarina da corte na busca por evidências espúrias. Apenas como garantia, Cromwell acrescentou um enorme volume de acusações, que incluíam incesto da rainha com seu próprio irmão, Lord Rochford, casos com pelo menos quatro amantes, tentativa de assassinato do marido por envenenamento e até mesmo feitiçaria. A confissão foi extraída sob tortura do músico favorito de Ana, um certo Mark Smeaton, mas Ana negou todas as acusações, assim como todos os outros "amantes". Ainda assim, Ana foi condenada pelo tribunal. O casamento foi anulado em 17 de Maio; a Princesa Elizabeth, como sua meia-irmã Maria, foi declarada ilegítima e a rainha foi sentenciada à execução na Torre de Londres. Ana disse que se retiraria para um convento caso Henrique mostrasse misericórdia, mas ele não aceitou a oferta. Conta-se que em 19 de Maio de 1536, antes da lâmina cair, a ex-rainha teria proclamado:
O rei foi bom para mim. Ele me promoveu de uma simples criada a uma marquesa. Depois me tornou rainha. Agora vai me fazer uma mártir.
(citado em Philips, 103)
Jane Seymour
No mesmo dia da execução de Ana, o insensível Henrique anunciou seu noivado com Jane Seymour (c. 1509-1537), uma dama de companhia das duas rainhas de Henrique até então. Poucas semanas depois, Henrique casou-se com Jane, no dia 30 de Maio de 1536, no Palácio Whitehall. Jane era benquista na corte, embora pareça ter sido uma pessoa simples, dificilmente capaz de ler ou escrever, com um nariz grande e um queixo correspondente. Era o oposto de Ana Bolena. É possível que esta tenha sido um dos motivos da atração do rei, que preferia uma esposa submissa após dois matrimônios turbulentos.
Jane finalmente deu um filho ao rei, Eduardo, nascido no dia 12 de Outubro de 1537, o futuro Eduardo VI da Inglaterra (r. 1547-1553). A chegada de um herdeiro masculino, tão longamente aguardada, foi saudada com alegres salvas de tiros, tocar de sinos e banquetes por toda a Inglaterra. Tragicamente, a rainha morreu alguns dias após o parto (24 de Outubro de 1537), provavelmente de febre pós-parto, e Henrique ficou genuinamente enlutado pela perda. Fechou-se no Castelo de Windsor e recusou-se a receber qualquer pessoa. É significativo que é justamente ao lado de sua terceira esposa que Henrique manifestou o desejo de ser sepultado, na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. O irmão de Jane, Edward Seymour (c. 1500-1552), iria ascender na corte e mais tarde se tornaria Lorde Protetor, efetivamente o regente do seu sobrinho Eduardo VI.
Ana de Cleves
Para sua quarta esposa, Henrique buscou vantagens diplomáticas e negociou o matrimônio com Ana de Cleves (1519-1557), filha primogênita de John, Duque do Ducado germânico do mesmo nome. O arranjo foi orquestrado por Thomas Cromwell, uma vez que a Inglaterra necessitava de aliados protestantes contra os superpoderes católicos da Europa: França e Espanha. Os noivos encontraram-se logo após a chegada de Ana à Inglaterra, em 26 de Dezembro de 1539, mas ela revelou-se um presente de Natal decepcionante para o monarca inglês.
Ana imediatamente desagradou ao rei - sua aparência, higiene pessoal, voz alta e maneiras bruscas. Henrique e Cromwell haviam sido enganados por um retrato altamente lisonjeiro da jovem, apresentado antes do encontro pessoal. A pintura era, como muitos outros retratos do período, de autoria do alemão Hans Holbein, o Jovem, mas ele era um artista mais interessado em retratar joias e trajes magníficos do que reproduzir rostos de forma fidedigna. O rei declarou a Cromwell: "Meu senhor, se não fosse para satisfazer ao mundo e ao meu reino, não faria isso por nada neste mundo" (Philips, 103).
Henrique, não exatamente a arrojada figura de sua juventude, casou-se com Ana de qualquer forma em 6 de Janeiro de 1540, no Palácio Greenwich, mas, chamando-a rudemente de "égua de Flandres", não demorou a mudar de de ideia. A planejada coroação de Ana em Fevereiro foi cancelada e o par divorciou-se por mútuo consentimento em 9 de julho de 1540. O casamento, de acordo com os rumores da época, nunca foi consumado. Ana, aliviada por escapar com vida, ainda recebeu de Henrique duas casas campestres, um castelo e uma pensão bastante generosa de 4.000 libras por ano. Certamente foi o suficiente para viver com conforto até sua morte, em 16 de Julho de 1557. Thomas Cromwell não se saiu tão bem deste fracasso e, com o incentivo dos seus poderosos inimigos na corte, acabou sendo responsabilizado pelo acordo inadequado. Cromwell foi preso, acusado de heresia e traição e executado sem julgamento no dia 28 de Julho de 1540. Ana, além da melhor vida pós-nupcial de todas as esposas de Henrique, também obteve o melhor acordo póstumo, uma vez que foi sepultada na Abadia de Westminster.
Catarina Howard
A esposa de número cinco foi Catarina Howard (c. 1523-1542), apenas uma adolescente e, ainda assim, outra jovem e bela dama de companhia da corte que atraiu as atenções do rei. Catarina era uma prima de Ana Bolena e havia sido dama de honra de sua predecessora como rainha. Era filha de Lorde Edmund Howard, um empobrecido membro da distinta família, além de sobrinha do poderoso Thomas, Duque de Norfolk, que a usou para chamar a atenção do rei e ajudar a desacreditar seu grande rival na corte, Thomas Cromwell.
Henrique e Catarina casaram-se em 28 de Julho de 1540 (exatamente o dia da execução de Cromwell). Ele parecia estar loucamente apaixonado por sua conquista, referindo-se a ela como sua "rosa sem espinhos" (Ralph Lewis, 110). O rei deu-lhe diamantes, rubis, pérolas e peles exibidos enquanto o casal desfilava pela corte. No fim, porém, a rainha sofreu o mesmo destino de Ana Bolena ao ser, também, acusada de ter um caso extraconjugal com um membro da corte, um certo Thomas Culpeper. Uma carta de amor incriminadora foi apresentada numa audiência diante do Parlamento no dia 16 de Janeiro de 1542. Não importava muito o fato de que Henrique tivesse começado um caso com a própria Catarina enquanto ainda estava casado com Ana de Cleves.
As confissões foram devidamente extraídas sob tortura e Culpeper e outro amante, Francis Dereham, foram executados como traidores e tiveram suas cabeças expostas na Ponte de Londres. A investigação revelou que Catarina tinha uma reputação indesejável antes do matrimônio. Vários casos anteriores ao casamento foram descobertos, inclusive com o próprio Dereham, que havia tolamente se vangloriado da sua conquista para membros da corte do rei quando Henrique visitou o Castelo de Pontefract, em Agosto de 1541. Os inimigos dos Howards e os pró-Reformistas ficaram encantados em descobrir tais esqueletos no armário real e, quando Catarina imprudentemente nomeou Dereham para o cargo de secretário particular, seu destino estava selado. Como resultado deste embaraçoso episódio, o Parlamento aprovou uma lei estabelecendo que qualquer futura rainha deveria ser casta antes de seu casamento com o rei inglês. Isso permitiu a Henrique retirar sua promessa anterior de misericórdia feita a Catarina. Ela foi executada por decapitação na Torre de Londres em 13 de Fevereiro de 1542. Os restos mortais, assim como os de Ana Bolena, foram sepultados na Capela de São Pedro, na própria Torre.
Catarina Parr
A sexta e última esposa foi Catarina Parr (c. 1512-1548), filha de Sir Thomas Parr. O matrimônio ocorreu no dia 12 de Julho de 1543, em Hampton Court. Catarina era atraente e por duas vezes viúva. Seu terceiro marido seria Thomas Seymour (irmão de Jane Seymour), mas Henrique vetou o casamento para que pudesse tê-la. Na casa dos trinta, ela era mais madura do que duas predecessoras imediatas e, talvez por causa disso, foi um casamento bem sucedido num lar feliz. Catarina era bem educada e pessoalmente supervisionou o ensino de seus três filhos adotivos. A rainha massageava o ego de Henrique e se dobrava à vontade dele, além de ter um interesse profundo em questões religiosas. Promovia diariamente a leitura das escrituras em seus aposentos, encorajava estudiosos protestantes a ensinar as ideias da reforma às suas crianças e até escreveu um tratado, A Lamentation or Complaynt of a Sinner (Uma Lamentação ou Queixa de um Pecador) em 1548. Catarina sobreviveu a Henrique mas morreu de complicações do parto em 7 de Setembro de 1548, após seu quarto casamento, no ano anterior, com Thomas Seymour. Catarina foi sepultada no Castelo Sudeley, em Gloucestershire.
A saúde de Henrique VIII declinou rapidamente em seus últimos anos. Ele sofria com uma ulceração maligna na perna e ficou tão acima do peso que precisava ser empurrado numa geringonça sobre rodas. O rei morreu em 28 de Janeiro de 1547, no Palácio Whitehall, em Londres, aos 55 anos. Foi sepultado na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, ao lado de sua terceira e favorita esposa, Jane Seymour.