Enuma Elish - O Épico babilônico da criação - Texto completo

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Artigo

Joshua J. Mark
por , traduzido por Willian Vieira
publicado em 04 maio 2018
Disponível noutras línguas: Inglês, holandês, espanhol
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O Enuma Elish (também conhecido como As Sete Tábuas da Criação) é o mito babilônico da criação, cujo título é derivado das linhas de abertura da peça, "Quando é alto". O mito conta a história da vitória do grande deus Marduk sobre as forças do caos e seu estabelecimento da ordem na criação do mundo.

Todas as tábuas que contêm o mito (também conhecido como Enuma Elis), encontradas em Ashur, Kish, na biblioteca de Assurbanipal em Nínive, Sultantepe e em outros locais escavados, datam de aproximadamente 1200 a.C. Seus colofões, no entanto, indicam que todas essas são cópias de uma versão muito mais antiga do mito, datada de muito antes do reinado de Hamurabi da Babilônia (1792-1750 a.C.), o rei que elevou o deus Marduk a divindade padroeira da Babilônia. Acredita-se que o poema em sua forma atual, com Marduk como campeão, seja uma revisão de uma obra suméria ainda mais antiga.

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Mesopotamian Epic of Creation Tablet
Tabuleta do Épico mesopotâmico da criação
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Como Marduk, o campeão dos jovens deuses em sua guerra contra Tiamat, é de origem babilônica, acredita-se que o sumério Ea/Enki ou Enlil tenha desempenhado o papel principal na versão original da história. A cópia encontrada em Ashur tem o deus Assur no papel principal, como era o costume das cidades da Mesopotâmia. O deus de cada cidade era sempre considerado o melhor e mais poderoso. Marduk, o deus da Babilônia, só aparece de forma tão proeminente quanto na história porque a maioria das cópias encontradas são de escribas babilônicos. Mesmo assim, Ea ainda desempenha um papel importante na versão babilônica do Enuma Elish ao criar os seres humanos.

Resumo da história

A história, uma das mais antigas do mundo, fala sobre o nascimento dos deuses e a criação do universo e dos seres humanos. No início, havia apenas água indiferenciada girando no caos. Desse redemoinho, as águas se dividiram em água doce e fresca, conhecida como o deus Apsu, e água salgada e amarga, a deusa Tiamat. Uma vez diferenciadas, a união dessas duas entidades deu origem aos deuses mais jovens.

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A HISTÓRIA, UMA DAS MAIS ANTIGAS, SE NÃO HÁ MAIS ANTIGA DO MUNDO, DIZ RESPEITO AO NASCIMENTO DOS DEUSES E À CRIAÇÃO DO UNIVERSO E DOS SERES HUMANOS.

Esses jovens deuses, no entanto, eram extremamente barulhentos, perturbando o sono de Apsu à noite e distraindo-o de seu trabalho durante o dia. Seguindo o conselho de seu vizir, Mummu, Apsu decide matar os deuses mais jovens. Tiamat, ao saber do plano, avisa seu filho mais velho, Enki (às vezes Ea), e ele faz Apsu dormir e o mata. Dos restos mortais de Apsu, Enki cria seu lar.

Tiamat, que antes apoiava os deuses mais jovens, agora está furiosa com o fato de eles terem matado seu companheiro. Ela consulta o deus Quingu, que a aconselha a fazer guerra contra os deuses mais jovens. Tiamat recompensa Quingu com as Tábuas do Destino, que legitimam o governo de um deus e controlam os destinos, e ele as usa orgulhosamente como um peitoral. Com Quingu como seu campeão, Tiamat convoca as forças do caos e cria onze monstros horríveis para destruir seus filhos.

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Ea, Enki e os deuses mais jovens lutam futilmente contra Tiamat até que, dentre eles, surge o campeão Marduk, que jura que derrotará Tiamat. Marduk derrota Quingu e mata Tiamat com uma flecha que a divide em duas; de seus olhos saem as águas dos rios Tigre e Eufrates. A partir do cadáver de Tiamat, Marduk cria os céus e a terra, nomeia deuses para várias funções e amarra as onze criaturas de Tiamat a seus pés como troféus (para grande adulação dos outros deuses) antes de colocar suas imagens em seu novo lar. Ele também recebe as Tábuas do Destino de Quingu, legitimando assim seu reinado.

Depois que os deuses terminam de elogiá-lo por sua grande vitória e pela arte de sua criação, Marduk consulta o deus Ea (o deus da sabedoria) e decide criar seres humanos a partir dos restos mortais de qualquer um dos deuses que tenha incentivado Tiamat a entrar em guerra. Quingu é acusado como culpado e morto e, a partir de seu sangue, Ea cria Lullu, o primeiro homem, para ajudar os deuses em sua eterna tarefa de manter a ordem e o caos sob controle.

Como diz o poema, "Ea criou a humanidade a quem impôs o serviço dos deuses e libertou os deuses" (Tabuleta VI.33-34). Em seguida, Marduk "organizou o mundo inferior" e distribuiu os deuses em seus postos designados (Tabuleta VI.43-46). O poema termina na tabuinha VII com um longo elogio a Marduk por suas realizações.

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Comentário

O Enuma Elish seria mais tarde a inspiração para os escribas hebreus que criaram o texto hoje conhecido como o livro bíblico de Gênesis. Antes do século XIX, a Bíblia era considerada o livro mais antigo do mundo e suas narrativas eram consideradas completamente originais. Em meados do século XIX, no entanto, museus europeus, bem como instituições acadêmicas e religiosas, patrocinaram escavações na Mesopotâmia para encontrar evidências físicas que corroborassem historicamente as histórias da Bíblia. No entanto, essas escavações encontraram exatamente o oposto, pois, uma vez que o cuneiforme foi traduzido, entendeu-se que várias narrativas bíblicas eram de origem mesopotâmica.

Mesopotamian Tablet on Marduk
Tabuleta mesopotâmica sobre Marduk
Osama Shukir Muhammed Amin (Copyright)

Histórias famosas, como a Queda do Homem e o Grande Dilúvio, foram originalmente concebidas e escritas na Suméria, traduzidas e modificadas posteriormente na Babilônia e retrabalhadas pelos assírios antes de serem usadas pelos escribas hebreus para as versões que aparecem na Bíblia. Embora o paradigma básico das narrativas bíblicas e as histórias da Mesopotâmia estejam bem alinhadas, ainda existem diferenças significativas, conforme observado pelo acadêmico Stephen Bertman:

Tanto o Gênesis quanto o Enuma Elsih são textos religiosos que detalham e celebram as origens culturais. Gênesis descreve a origem e a fundação do povo judeu sob a orientação do Senhor; Enuma Elish relata a origem e a fundação da Babilônia sob a liderança do deus Marduk. Em cada obra há uma história de como o cosmo e o homem foram criados. Cada obra começa descrevendo o caos e a escuridão primordial que antes preenchiam o universo. Em seguida, a luz é criada para substituir a escuridão. Posteriormente, os céus são criados e neles são colocados os corpos celestes. Por fim, o homem é criado. Apesar dessas semelhanças, os dois relatos são mais diferentes do que parecidos. (312)

Ao revisar a história da criação da Mesopotâmia para seus próprios fins, os escribas hebreus restringiram a narrativa e o foco, mas mantiveram o conceito da divindade todo-poderosa que traz ordem do caos. Marduk, no Enuma Elish, estabelece a ordem reconhecível do mundo assim como Deus faz no conto de Gênesis, espera-se que os seres humanos reconheçam essa grande dádiva e honrem a divindade por meio do serviço. Na Mesopotâmia, de fato, acreditava-se que os seres humanos eram colaboradores dos deuses para manter a dádiva da criação e manter as forças do caos afastadas.

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O Enuma Elish na Babilônia

Marduk ganhou destaque na Babilônia durante o reinado de Hamurabi e ultrapassou rapidamente a antiga divindade patronal, Inanna/Ishtar, em popularidade. Durante o reinado de Hamurabi, de fato, várias divindades femininas anteriormente populares foram substituídas por deuses masculinos. O Enuma Elish, que louvava Marduk como o mais poderoso de todos os deuses, tornou-se cada vez mais popular à medida que o próprio deus ganhava destaque e sua cidade, a Babilônia, crescia em poder. O acadêmico Jeremy Black escreve:

O surgimento do culto a Marduk está ligado à ascensão política da Babilônia, de cidade-estado à capital de um império. A partir do período kassita, Marduk tornou-se cada vez mais importante, até que o autor da Epopeia da Criação da Babilônia pôde afirmar que Marduk não apenas era o rei de todos os deuses, mas que muitos deles não passavam de aspectos de sua personalidade. (128)

O Enuma Elish era lido e recitado amplamente em toda a Mesopotâmia, mas era especialmente importante no Festival de Ano Novo na Babilônia. Durante esse festival, a estátua de Marduk era retirada do templo e, em meio aos foliões, desfilava pelas ruas da cidade, saindo pelos portões, para descansar em uma pequena casa construída para esse fim. O Enuma Elish, especialmente, acredita-se, o louvor da Tábua VII, era cantado ou entoado durante essa procissão.

O texto de Enuma Elish

A tradução a seguir foi extraída de Histórias de criação da Mesopotâmia por W.G. Lambert e é usada sob licença Creative Commons do site Etana:

Enuma Elish (A Epopeia Babilônica da Criação)

Tabuleta 1

1 Quando os céus acima não existiam,
2 E a terra embaixo não havia surgido
3 Havia Apsû, o primeiro na ordem, seu criador,
4 E o demiurgo Tia-mat, que deu à luz a todos eles;
5 Eles haviam misturado suas águas
6 Antes que os prados se unissem e os juncos fossem encontrados
7 Quando nenhum dos deuses havia sido formado
8 Ou quando não havia sido criado, quando nenhum destino havia sido decretado,
9 Os deuses foram criados dentro deles:
10 Lah (mu e Lah (amu foram formados e passaram a existir.
11 Enquanto eles cresciam e aumentavam de estatura
12 Anšar e Kišar, que os superavam, foram criados.
13 Eles prolongaram seus dias, multiplicaram seus anos.
14 Anu, o filho deles, podia rivalizar com seus pais.
15 Anu, o filho, igualou-se a Anšar,
16 E Anu gerou Nudimmud, seu próprio igual.
17 Nudimmud foi o campeão entre seus pais:
18 Profundamente perspicaz, sábio, de grande força;
19 Muito mais forte do que o gerador de seu pai, Anšar
20 Ele não tinha rival entre os deuses, seus irmãos.
21 Os irmãos divinos se reuniram,
22 O clamor deles ficou alto, deixando Tia-mat em um tumulto.
23 Eles abalaram os nervos de Tia-mat,
24 E com sua dança espalharam o alarme em Anduruna.
25 Apsû não diminuiu seu clamor,
26 E Tia-mat ficou em silêncio quando confrontado com eles.
27 A conduta deles era desagradável para ela,
28, Mas, embora o comportamento deles não fosse bom, ela desejava poupá-los.
29 Então, Apsû, o gerador dos grandes deuses
30 Chamou Mummu, seu vizir, e dirigiu-se a ele,
31 "Vizir Mummu, que satisfaz meu prazer,
32 Venha, vamos até Tia-mat!"
33 Eles foram e se sentaram, de frente para Tia-mat,
34 Enquanto conversavam sobre os deuses, seus filhos.
35 Apsû abriu sua boca
36 E se dirigiu a Tia-mat
37 "O comportamento deles tornou-se desagradável para mim
38 E não consigo descansar durante o dia ou dormir à noite.
39 Destruirei e acabarei com seu modo de vida
40 Para que o silêncio reine e nós possamos dormir."
41 Quando Tia-mat ouviu isso
42 Ela se enfureceu e gritou para seu esposo,
43 Chorou de angústia, fumegando dentro de si mesma,
44 E se afligiu com o mal (planejado),
45 "Como podemos destruir o que geramos?
46 Embora o comportamento deles cause angústia, vamos apertar a disciplina graciosamente."
47 Mummu falou com conselhos para Apsû
48 (Como de) um vizir rebelde, foi o conselho de seu Mummu-
49 "Destrua, meu pai, esse modo de vida sem lei,
50 para que você possa descansar durante o dia e dormir à noite!"
51 Apsû ficou satisfeito com ele, seu rosto se iluminou
52 Porque ele havia tramado o mal contra os deuses, seus filhos.
53 Mummu colocou os braços em volta do pescoço de Apsû,
54 Sentou-se de joelhos, beijando-o.
55 O que eles tramaram em sua reunião
56 Foi relatado aos deuses, seus filhos.
57 Os deuses ouviram e ficaram frenéticos.
58 Eles foram tomados pelo silêncio e se sentaram em silêncio.
59 Ea, que se destaca em conhecimento, o habilidoso e erudito,
60 Ea, que sabe tudo, percebeu seus truques.
61 Ele o criou e o fez para ser abrangente,
62 Ele o executou habilmente como supremo, seu puro encantamento.
63 Ele o recitou e o colocou sobre as águas,
64 Derramou o sono sobre ele quando estava dormindo profundamente.
65 Ele fez Apsû adormecer enquanto derramava o sono,
66 E Mummu, o conselheiro, ficou sem fôlego de tanta agitação.
67 Ele dividiu os tendões (de Apsû), arrancou sua coroa,
68 Levou embora sua aura e a colocou em si.
69 Amarrou Apsû e o matou;
70 Mummu ele confinou e tratou-o com aspereza.
71 Ele fixou sua morada em Apsû,
72 E agarrou-se a Mummu, mantendo a corda do nariz em sua mão.
73 Após Ea ter amarrado e matado seus inimigos,
74 E alcançou a vitória sobre seus inimigos,
75 Descansou tranquilamente em sua câmara,
76 Chamou-a de Apsû, cujos santuários ele designou.
77 Então ele fundou sua sede dentro dela,
78 E Ea e Damkina, sua esposa, sentaram-se em esplendor.
79 Na câmara dos destinos, a sala dos arquétipos,
80 O mais sábio dos sábios, o sábio dos deuses, Be-l foi concebido.
81 Em Apsû nasceu Marduk,
82 Em Apsû puro nasceu Marduk.
83 Ea, seu pai, o gerou,
84 Damkina, sua mãe, o deu à luz.
85 Ele sugou os seios das deusas,
86 Uma enfermeira o criou e o encheu de terror.
87 Sua figura era bem desenvolvida, o olhar de seus olhos era deslumbrante,
88 Seu crescimento era viril, ele era poderoso desde o início.
89 Anu, o gerador de seu pai, o viu,
90 Exultou e sorriu; seu coração se encheu de alegria.
91 Anu o tornou perfeito: sua divindade era notável,
92 E ele se tornou muito elevado, superando-os em seus atributos.
93 Seus membros eram incompreensivelmente maravilhosos,
94 Incapazes de serem compreendidos pela mente, difíceis até de serem vistos.
95 Quatro eram seus olhos, quatro suas orelhas,
96 A chama se irradiava quando ele movia seus lábios.
97 Suas quatro orelhas se tornaram grandes,
93 E seus olhos também captavam tudo.
99 Sua figura era altiva e superior em comparação com a dos deuses,
100 Seus membros eram superiores, sua natureza era superior.
101 'Mari-utu, Mari-utu,
102 O Filho, o Deus-Sol, o Deus-Sol dos deuses.'
103 Ele estava vestido com a aura dos Dez Deuses, tão exaltada era sua força,
104 Os Cinquenta Pêlos foram carregados sobre ele.
105 Anu formou e deu à luz os quatro ventos,
106 Ele os entregou a ele: "Meu filho, deixe-os girar!"
107 Ele formou a poeira e colocou um furacão para conduzi-la,
108 Fez uma onda para causar consternação em Tia-mat.
109 Tia-mat ficou confusa; dia e noite ela estava frenética.
110 Os deuses não descansaram, eles....
111 Em suas mentes, tramavam o mal,
112 E se dirigiram à sua mãe Tia-mat,
113 "Quando Apsû, seu esposo, foi morto,
114 Você não foi ao lado dele, mas ficou sentada em silêncio.
115 Os quatro ventos terríveis foram criados
116 Para confundir você, e nós não conseguimos dormir.
117 Você não pensou em Apsû, sua esposa,
113 Nem em Mummu, que é prisioneiro. Agora você se senta sozinho.
119 De agora em diante você estará em frenética consternação!
120 E quanto a nós, que não podemos descansar, você não nos ama!
121 Considerem nosso fardo, nossos olhos estão vazios.
122 Quebrem o jugo inabalável para que possamos dormir.
123 Lutem, vinguem-nos!
124 [ . . ] . . . . Reduzir ao nada!
125 Tia-mat ouviu, o discurso a agradou,
126 (Ela disse:) "Vamos fazer demônios, [como você] aconselhou."
127 Os deuses se reuniram dentro dela.
128 Eles conceberam [o mal] contra os deuses, seus criadores.
129 Eles. . . . . E tomaram o partido de Tia-mat,
130 Ferozmente tramando, inquietando-se noite e dia,
131 Desejando a batalha, enfurecendo-se, invadindo,
132 Eles montaram uma hoste para provocar o conflito.
133 Mãe H(ubur, que forma tudo,
134 Forneceu armas irresistíveis e deu à luz serpentes gigantes.
135 Elas tinham dentes afiados, eram impiedosas…
136 Com veneno em vez de sangue, ela encheu seus corpos.
137 Ela revestiu os monstros de pavor,
138 Ela os carregou com uma aura e os tornou semelhantes a deuses.
139 (Ela disse:) "Que seus espectadores fracamente pereçam,
140 Que eles saltem constantemente para frente e nunca se retirem."
141 Ela criou a Hidra, o Dragão, o Herói Peludo
142 O grande demônio, o cão selvagem e o homem-escorpião,
143 Demônios ferozes, o homem-peixe e o homem-touro,
144 Portadores de armas impiedosas, destemidos diante da batalha.
145 Seus comandos eram tremendos, não podiam ser resistidos.
146 Ao todo, ela fez onze desse tipo.
147 Entre os deuses, seus filhos, que ela constituiu seu exército,
148 Ela exaltou Qingu e o engrandeceu entre eles.
149 A liderança do exército, a direção do exército,
150 O porte de armas, a campanha, a mobilização do conflito,
151 O poder executivo principal da batalha, o comando supremo,
152 Ela confiou a ele e o colocou em um trono,
153 "Lancei o feitiço para você e o exaltei na hoste dos deuses,
154 Entreguei a você o governo de todos os deuses.
155 Você é de fato exaltado, meu esposo, você é renomado,
156 Que seus comandos prevaleçam sobre todos os Anunnaki."
157 Ela lhe deu a Tábua dos Destinos e a fixou em seu peito,
158 (Dizendo) "Sua ordem não pode ser alterada; que o pronunciamento de sua boca seja firme."
159 Depois que Qingu foi elevado e adquiriu o poder de Anuship,
160 Ele decretou os destinos dos deuses, seus filhos:
161 "Que a expressão de suas bocas subjugue o deus do fogo,
162 Que seu veneno, por seu acúmulo, acabe com a agressão."

Tabuleta II

1 Tia-mat reuniu sua criação
2 E organizou uma batalha contra os deuses, seus descendentes.
3 A partir de então, Tia-mat tramou o mal por causa de Apsû
4 Ea ficou sabendo que ela havia organizado o conflito.
5 Ea ouviu essa história,
6 Ficou em silêncio em seu quarto e sentou-se imóvel.
7 Após ter refletido e sua raiva ter se acalmado
8 Dirigiu seus passos a Anšar, seu pai.
9 Ele foi à presença do pai de seu progenitor, Anšar,
10 E relatou-lhe todas as conspirações de Tia-mat.
11 "Meu pai, tia-mat, nossa mãe, concebeu um ódio contra nós,
12 Ela estabeleceu um exército em sua fúria selvagem.
13 Todos os deuses se voltaram para ela,
14 Até mesmo aqueles que você (pl.) gerou também estão do lado dela
15 Eles... e tomaram o partido de Tia-mat,
16 Conspirando ferozmente, agitando-se de noite e de dia,
17 Desejando a batalha, enfurecendo-se, atacando,
18 Eles montaram um exército para provocar o conflito.
19 Mãe H(ubur, que forma tudo,
20 Forneceu armas irresistíveis e deu à luz serpentes gigantes.
21 Elas tinham dentes afiados, eram impiedosas.
22 Com veneno em vez de sangue, ela encheu seus corpos.
23 Revestiu de pavor os monstros medonhos,
24 Carregou-os com uma aura e os tornou semelhantes a deuses.
25 (Ela disse:) "Que seu espectador pereça fracamente,
26 Que eles saltem constantemente para frente e nunca se retirem."
27 Ela criou a Hidra, o Dragão, o Herói Peludo,
28 O grande demônio, o cão selvagem e o homem-escorpião,
29 Demônios ferozes, o homem-peixe e o homem-touro,
30 Portadores de armas impiedosas, destemidos diante da batalha.
31 Seus comandos eram tremendos, não podiam ser resistidos.
32 Ao todo, ela criou onze desse tipo.
33 Entre os deuses, seus filhos, que ela constituiu seu exército,
34 Ela exaltou Qingu e o engrandeceu entre eles.
35 A liderança do exército, a direção do exército,
36 O porte de armas, a campanha, a mobilização do conflito,
37 O poder executivo principal do comando supremo de batalha,
38 Ela o confiou a ele e o colocou em um trono.
39 "Lancei-lhe o feitiço e o exaltei no exército dos deuses,
40 Entreguei a você o governo de todos os deuses.
41 Você é realmente exaltado, meu esposo, você é renomado,
42 Que seus comandos prevaleçam sobre todos os Anunnaki".
43 Ela lhe deu a tábua dos Destinos e a fixou em seu peito,
44 (Dizendo) "Sua ordem não pode ser alterada; que a pronúncia de sua boca seja firme."
45 Depois que Qingu foi elevado e adquiriu o poder de Anuship
46 Ele decretou os destinos para os deuses. seus filhos:
47 "Que a expressão de suas bocas subjugue o deus do fogo,
48 Que seu veneno, por seu acúmulo, acabe com a agressão."
49 Anšar ouviu; o assunto era profundamente perturbador.
50 Ele gritou "Ai!" e mordeu o lábio.
51 Seu coração estava em fúria, sua mente não podia ser acalmada.
52 Sobre Ea, seu filho, seu clamor foi vacilante.
53 "Meu filho, você que provocou a guerra,
54 assuma a responsabilidade por tudo o que você fez!
55 Você partiu e matou Apsû,
56 E quanto a Tia-mat, a quem você deixou furiosa, onde está seu igual?"
57 O coletor de conselhos, o príncipe erudito,
58 O criador da sabedoria, o deus Nudimmud
59 Com palavras suaves e palavras tranquilizadoras
60 Gentilmente respondeu a seu pai Anšar
61 "Meu pai, mente profunda, que decreta o destino,
62 Que tem o poder de criar e destruir,
63 Anšar, mente profunda, que decreta o destino,
64 Que tem o poder de trazer à existência e de destruir,
65 Quero lhe dizer algo, acalme-se por um momento
66 E considere que realizei um ato útil.
67 Antes de eu matar Apsû
68 Quem poderia ter visto a situação atual?
69 Antes de eu acabar com ele rapidamente
70 Quais eram as circunstâncias para que eu o destruísse?"
71 Anšar ouviu, e as palavras o agradaram.
72 Seu coração relaxou para falar com Ea,
73 "Meu filho, seus atos são dignos de um deus,
74 Você é capaz de um golpe feroz e inigualável... [ ... ]
75 Ea, seus feitos são dignos de um deus,
76 Você é capaz de um golpe feroz e inigualável... [ . . . ]
77 Vá até Tia-mat e apazigue seu ataque,
78 . . [ . . . ] . . . sua fúria com [seu] encantamento".
79 Ele ouviu o discurso de Anšar, seu pai,
80 Ele tomou o caminho para ela, prosseguiu na rota para ela.
81 Ele foi, percebeu os truques de Tia-mat,
82 [Ele parou], ficou em silêncio e voltou atrás.
83 [Ele] entrou na presença do augusto Anšar
84 Penitentemente, dirigiu-se a ele,
85 "[Meu pai], os feitos de Tia-mat são demais para mim.
86 Percebi seu planejamento, e [meu] encantamento não foi igual (a ele).
87 Sua força é poderosa, ela é cheia de pavor,
88 Ela é totalmente muito forte, ninguém pode ir contra ela.
89 Seu grito muito alto não diminuiu,
90 [Fiquei com medo] de seu grito e voltei atrás.
91 [Meu pai], não perca a esperança, envie uma segunda pessoa contra ela.
92 Embora a força da mulher seja muito grande, não é igual à do homem.
93 Desfaça suas coortes, desfaça seus planos
94 Antes que ela ponha as mãos em nós".
95 Anšar gritou com intensa fúria,
96 Dirigindo-se a Anu, seu filho,
97 "Filho honrado, herói, guerreiro,
98 Cuja força é poderosa, cujo ataque é irresistível
99 Apresse-se e fique diante de Tia-mat,
100 Apazigue sua fúria para que seu coração possa se acalmar
101 Se ela não der ouvidos a suas palavras,
102 Dirija-lhe palavras de súplica para que ela possa ser apaziguada."
103 Ele ouviu o discurso de Anšar, seu pai,
104 Ele tomou o caminho para ela, prosseguiu na rota para ela.
105 Anu foi, percebeu os truques de Tia-mat,
106 Parou, ficou em silêncio e voltou atrás.
107 Ele entrou na presença de Anšar, o pai que o gerou,
108 Penitentemente, dirigiu-se a ele.
109 "Meu pai, os [feitos] de Tia-mat são demais para mim.
110 Percebi seu planejamento, mas meu [encantamento] não foi [igual] (a ele).
111 Sua força é poderosa, ela é [cheia] de pavor,
112 Ela é totalmente muito forte, ninguém [pode ir contra ela].
113 Seu ruído muito alto não diminui,
114 Fiquei com medo de seu grito e voltei atrás.
115 Meu pai, não perca a esperança, mande outra pessoa contra ela.
116 Embora a força de uma mulher seja muito grande, não é igual à de um homem.
117 Desfaça suas coortes, desfaça seus planos,
118 Antes que ela coloque suas mãos sobre nós."
119 Anšar ficou em silêncio, olhando para o chão,
120 Ele acenou para Ea, balançando a cabeça.
121 Os Igigi e todos os Anunnaki se reuniram,
122 Eles se sentaram em silêncio.
123 Nenhum deus iria enfrentar... [... ]
124 Iria contra Tia-mat . . . . [ . . ]
125 No entanto, o senhor Anšar, o pai dos grandes deuses,
126 Estava irado em seu coração e não convocou ninguém.
127 Um filho poderoso, o vingador de seu pai,
128 Aquele que se apressa para a guerra, o guerreiro Marduk
129 Ea convocou (ele) para sua sala particular
130 Para explicar-lhe seus planos.
131 "Marduk, dê conselhos, ouça seu pai.
132 Você é meu filho, que me dá prazer,
133 Vá reverentemente perante Anšar,
134 Fale, tome sua posição, apazigue-o com seu olhar."
135 Be-l alegrou-se com as palavras de seu pai,
136 Ele se aproximou e ficou na presença de Anšar.
137 Anšar o viu e seu coração se encheu de satisfação,
138 Beijou-lhe os lábios e afastou seu medo.
139 "Meu [pai], não se cale, mas fale,
140 Eu irei e realizarei seus desejos!
141 [Anšar,] não se cale, mas fale,
142 Eu irei e realizarei seus desejos!
143 Qual é o homem que armou sua batalha contra você?
144 E Tia-mat, que é mulher, o atacará com (suas) armas?
145 ["Meu pai], gerador, regozije-se e alegre-se,
146 Em breve você pisará no pescoço de Tia-mat!
147 [Anšar], filho, regozije-se e alegre-se,
148 Em breve você pisará no pescoço de Tia-mat!
149 ["Vá,] meu filho, conhecedor de todo o conhecimento,
150 Apazigue Tia-mat com seu puro feitiço.
151 Conduza a carruagem da tempestade sem demora,
152 E com um [ . . . ] que não pode ser repelido, faça-a recuar."
153 Be-l se alegrou com as palavras de seu pai,
154 Com o coração alegre, dirigiu-se a seu pai,
155 "Senhor dos deuses, destino dos grandes deuses,
156 Se eu me tornar seu vingador,
157 Se eu puder amarrar Tia-mat e preservá-lo,
158 Convoque uma assembleia e proclame para mim um destino elevado.
159 Sentem-se, todos vocês, em Upšukkinakku com alegria,
160 E deixem que eu, com minha fala, decrete destinos em vez de vocês.
161 O que quer que eu instigue não deve ser mudado,
162 Nem meu comando pode ser anulado ou alterado."

Tabuleta III

1 Anšar abriu a boca
2 E dirigiu-se a Kaka, seu vizir,
3 "Vizir Kaka, que satisfaz minha vontade,
4 Eu o enviarei a Lah (mu e Lah(amu.
5 Você é hábil em fazer perguntas e é instruído em falar.
6 Traga os deuses, meus pais, à minha presença.
7 Que todos os deuses sejam trazidos,
8 Que eles conversem enquanto se sentam à mesa.
9 Que comam grãos, que bebam cerveja,
10 Que eles decretem o destino de Marduk, seu vingador.
11 Vá, vá embora, Kaka, apresente-se a eles,
12 E repita a eles tudo o que eu lhe disser:
13 "Anšar, seu filho, enviou-me,
14 E eu devo explicar seus planos.
15-52 = II, 11*-48 (* em vez de "Meu pai", coloque "Assim")
53 Enviei Anu, mas ele não conseguiu encará-la.
54 Nudimmud se assustou e se retirou.
55 Marduk, o sábio dos deuses, seu filho, se apresentou,
56 Ele decidiu se encontrar com Tia-mat.
57 Ele falou comigo e disse,
58-64 = II, 156*-162 (* começa com aspas: "Se")
65 Rápido, agora, decrete seu destino para ele sem demora,
66 Para que ele possa ir e enfrentar seu poderoso inimigo."
67 Kaka foi. Ele dirigiu seus passos
68 Para Lah(mu e Lah(amu, os deuses seus pais.
69 Ele se prostrou e beijou o chão diante deles,
70 Levantou-se, dizendo a eles que estava de pé,
71-124 = II, 13-66
125 Quando Lah (h(a e Lah(amu ouviram, gritaram em voz alta.
126 Todos os Igigi gemeram de angústia,
127 "O que houve de errado para que ela tomasse essa decisão a nosso respeito?
128 Nós não sabíamos o que Tia-mat estava fazendo."
129 Todos os grandes deuses que decretam destinos
130 Reuniram-se enquanto eles iam,
131 Entraram na presença de Anšar e se encheram de [alegria],
132 Eles se beijaram uns aos outros como eles. [ . . . ] na assembleia.
133 Conferenciavam quando se sentavam à mesa,
134 Comeram grãos, beberam cerveja.
135 Coavam o doce licor com seus canudos,
136 Enquanto bebiam cerveja e se sentiam bem,
137 Tornaram-se bastante despreocupados, seu humor era alegre,
138 E decretaram o destino de Marduk, seu vingador.

Tabuleta IV

1 Puseram-lhe um estrado senhorial
2 E ele se sentou diante de seus pais para receber a realeza.
3 (Eles disseram): "Você é o mais honrado entre os grandes deuses,
4 Seu destino é inigualável, seu comando é como o de Anu.
5 Marduk, você é o mais honrado entre os grandes deuses,
6 Seu destino é inigualável, seu comando é como o de Anu.
7 De agora em diante, sua ordem não será anulada,
8 Está em seu poder exaltar e rebaixar.
9 Tua declaração é segura, teu comando não pode ser rebelado,
10 Nenhum dos deuses transgredirá a linha que você traçou.
11 É preciso providenciar santuários para todos os deuses,
12 Para que você possa ser estabelecido onde estão os santuários deles.
13 Você é Marduque, nosso vingador,
14 Nós lhe demos a realeza sobre a soma de todo o universo.
15 Assuma seu lugar na assembleia, que sua palavra seja exaltada,
16 Que suas armas não errem o alvo, mas que matem seus inimigos.
17 Sê-lá, poupa aquele que confia em ti,
18, Mas destrói o deus que se inclina para o mal."
19 Eles colocaram uma constelação no meio
20 E se dirigiram a Marduk, seu filho,
21 "Seu destino, Be-l, é superior ao de todos os deuses,
22 Comande e provoque a aniquilação e a recriação.
23 Que a constelação desapareça ao seu comando,
24 Com um segundo comando, deixe a constelação reaparecer."
25 Ele deu a ordem e a constelação desapareceu,
26 Com uma segunda ordem, a constelação voltou a existir.
27 Quando os deuses, seus pais, viram (o efeito de) sua declaração,
28 eles se alegraram e o felicitaram: "Marduk é o rei!"
29 Acrescentaram a ele uma maça, um trono e uma vara,
30 Deram-lhe uma arma irresistível que domina o inimigo:
31 (Disseram): "Vá, corte a garganta de Tia-mat,
32 e deixe que os ventos levem seu sangue para dar a notícia."
33 Os deuses, seus pais, decretaram o destino de Be-l,
34 E o colocaram na estrada, no caminho da prosperidade e do sucesso.
35 Ele formou um arco e fez dele sua arma,
36 Colocou uma flecha no lugar, colocou a corda do arco.
37 Pegou sua maça e a segurou com a mão direita,
38 pendurou o arco e a aljava a seu lado.
39 Pôs diante dele um relâmpago,
40 E encheu seu corpo de línguas de fogo.
41 Fez uma rede para envolver as entranhas de Tia-mat,
42 E colocou os quatro ventos para que nenhuma parte dela escapasse.
43 O vento sul, o vento norte, o vento leste e o vento oeste,
44 Colocou ao lado de sua rede os ventos dados por seu pai, Anu.
45 Ele criou o Vento Maligno, a Tempestade de Poeira, a Tempestade,
46 O Vento Quádruplo, o Vento Sétuplo, o Vento que Espalha o Caos, o Vento ....
47 Ele enviou os sete ventos que havia formado,
48 E eles se posicionaram atrás dele para assediar as entranhas de Tia-mat.
49 Be-l pegou a Storm-flood, sua grande arma,
50 Montou a temível carruagem da irresistível tempestade.
51 Quatro corcéis ele atrelou a ela e os amarrou,
52 O Destruidor, o Impiedoso, o Vigarista, a Frota.
53 Seus lábios estavam entreabertos, seus dentes tinham veneno,
54 Eram estranhos ao cansaço, treinados para avançar.
55 À sua direita, ele posicionou a batalha e a contenda furiosas,
56 À esquerda, o conflito que domina uma fileira de batalha unida.
57 Vestia-se com uma túnica, um temível manto de cota de malha,
58 E em sua cabeça usava uma aura de terror.
59 Be-l prosseguiu e pôs-se a caminho,
60 Ele se voltou para o furioso Tia-mat.
61 Em seus lábios ele segurava um feitiço,
62 Agarrou em sua mão uma planta para combater o veneno,
63 Então eles se reuniram em torno dele, os deuses se reuniram em torno dele,
64 Os deuses, seus pais, se reuniram em torno dele, os deuses se reuniram em torno dele.
65 Be-l se aproximou, examinando a boca de Tia-mat,
66 Ele observou os truques de Qingu, sua esposa.
67 Enquanto olhava, perdeu a coragem,
68 Sua determinação se foi e ele vacilou.
69 Seus auxiliares divinos, que marchavam ao seu lado,
70 Viram o guerreiro, o principal, e sua visão se obscureceu.
71 Tia-mat lançou seu feitiço sem virar o pescoço,
72 Em seus lábios ela guardava inverdades e mentiras,
73 "[ . ] . . . . . . . . . . . . .
74 Em seus [ . ] . Eles se reuniram por você."
75 Be-l [ergueu] o Storm-flood, sua grande arma,
76 E, com essas palavras, atirou-a contra o furioso Tia-mat,
77 "Por que você é agressivo e arrogante,
78 E se esforça para provocar a batalha?
79 A geração mais jovem gritou, ultrajando os mais velhos,
80, Mas você, a mãe deles, tem piedade e desprezo.
81 Qingu você nomeou para ser seu esposo,
82 E você o nomeou indevidamente para o posto de Anuship.
83 Contra Anšar, rei dos deuses, você provocou problemas,
84 E contra os deuses, meus pais, a vossa perturbação está estabelecida.
85 Distribuam suas tropas, vistam suas armas,
86 Você e eu tomaremos nossa posição e batalharemos."
87 Quando Tia-mat ouviu isso
88 Ela enlouqueceu e perdeu a razão.
89 Tia-mat chorou em voz alta e ferozmente,
90 Todos os seus membros inferiores tremiam sob ela.
91 Ela estava recitando um encantamento, continuava recitando seu feitiço,
92 Enquanto os deuses (de batalha) afiavam suas armas de guerra.
93 Tia-mat e Marduk, o sábio dos deuses, se reuniram,
94 Juntando-se em contenda, aproximando-se da batalha.
95 Be-l estendeu sua rede e a envolveu;
96 Ele soltou o Vento Maligno, a retaguarda, em seu rosto.
97 Tia-mat abriu a boca para engoli-lo,
98 Ela deixou o vento maligno entrar, de modo que não pôde fechar os lábios.
99 Os ventos ferozes pesaram em sua barriga,
100 Suas entranhas se distenderam e ela abriu bem a boca.
101 Ele soltou uma flecha e perfurou-lhe o ventre,
102 Rasgou-lhe as entranhas e cortou-a por dentro,
103 Amarrou-a e extinguiu-lhe a vida,
104 Jogou o cadáver dela no chão e ficou sobre ele.
105 Depois de ter matado Tia-mat, o líder,
106 Sua assembleia se dispersou, seu exército se dispersou.
107 Seus ajudantes divinos, que foram ao seu lado,
108 Tremendo e com medo, bateram em retirada.
109 ... Para salvar suas vidas,
110, Mas estavam completamente cercados, incapazes de escapar.
111 Ele os amarrou e quebrou suas armas,
112 E eles ficaram enredados, sentados em um laço,
113 Escondidos em cantos, cheios de tristeza,
114 Levando o seu castigo, presos em uma prisão.
115 As onze criaturas que estavam carregadas de medo,
116 A multidão de demônios que iam como noivos à sua mão direita,
117 Pôs-lhes cordas e amarrou-lhes os braços,
118 Juntamente com a guerra deles, ele os pisoteou sob ele.
119 E Qingu, que havia subido ao poder entre eles,
120 Ele amarrou e contou com os Deuses Mortos.
121 Tomou dele a Tábua dos Destinos, que não era propriamente sua,
122 Selou-a com um selo e prendeu-a em seu próprio peito.
123 Depois que o guerreiro Marduk amarrou e matou seus inimigos,
124 Tinha . . . . o inimigo arrogante . . . ,
125 Estabeleceu a vitória de Anšar sobre todos os seus inimigos,
126 Realizou o desejo de Nudimmud,
127 Ele fortaleceu seu domínio sobre os Deuses Vinculados,
128 E retornou a Tia-mat, a quem ele havia amarrado.
129 Be-l colocou seus pés nas partes baixas de Tia-mat
130 E com sua clava impiedosa esmagou-lhe o crânio.
131 Ele cortou suas artérias
132 E deixou o vento norte levar (seu sangue) para dar a notícia.
133 Seus pais viram isso e ficaram felizes e exultantes;
134 Trouxeram-lhe presentes e dádivas.
135 Be-l descansou, observando o cadáver,
136 A fim de dividir a massa por meio de um esquema inteligente.
137 Ele a dividiu em duas como um peixe seco:
138 Uma metade dela ele colocou e estendeu como os céus.
139 Esticou a pele e designou um relógio
140 Com a instrução de não deixar que suas águas escapassem.
141 Atravessou os céus, examinou as partes celestiais
142 E as ajustou para combinar com o Apsû, a morada de Nudimmud.
143 Be-l mediu a forma do Apsû
144 E ergueu Ešarra, uma réplica de Ešgalla.
145 Em Ešgalla, Ešarra, que ele havia construído, e os céus,
146 Ele estabeleceu em seus santuários Anu, Enlil e Ea.

Tabuleta V

1 Ele criou estações celestiais para os grandes deuses,
2 E estabeleceu constelações, os padrões das estrelas.
3 Designou o ano, marcou as divisões,
4 E colocou três estrelas para cada um dos doze meses.
5 Depois de ter organizado o ano,
6 Estabeleceu a estação celestial de Ne-beru para fixar os intervalos das estrelas.
7 Para que ninguém transgredisse ou fosse preguiçoso
8 Fixou com ele as estações celestiais de Enlil e Ea.
9 Abriu portões em ambos os lados,
10 E colocou fortes ferrolhos à esquerda e à direita.
11 Colocou as alturas (do céu) em seu ventre (de Tia-mat),
12 Criou Nannar, confiando-lhe a noite.
13 Designou-o como a joia da noite para fixar os dias,
14 E mês após mês, sem cessar, ele o elevou com uma coroa,
15 (Dizendo:) "Brilhe sobre a terra no início do mês,
16 Resplandecente de chifres para fixar seis dias.
17 No sétimo dia, a coroa terá metade do tamanho,
18 No décimo quinto dia, na metade de cada mês, fique em oposição.
19 Quando Šamaš [o] vir no horizonte,
20 Diminua nos estágios apropriados e brilhe para trás.
21 No 29º dia, aproxime-se do caminho de Šamaš,
22 . [ . . . ] no 30º dia, permaneça em conjunção e rivalize com Šamaš.
23 Eu tenho ( . . . . O sinal, siga seu rastro,
24 Aproxime-se... ( . . . . . ) faça o julgamento.
25 . [ . . . . ] . Šamaš, restrinja [o assassinato] e a violência,
26 . [ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ] . me.
* * * * * *
35 No final [ . . .
36 Que seja o 29º dia [ . . . "
37 Depois de [ele ter . . . . ] os decretos [ . . .
38 A organização da frente e [ . . . .
39 Ele fez o dia [ . . .
40 Que o ano seja igualmente [ . . .
41 No ano novo [ . . .
42 O ano . . . . . [ . . .
43 Que haja regularmente [ . . .
44 O parafuso de projeção [ . . .
45 Depois que ele tiver [ . . .
46 As vigílias da noite e do dia [ . . .
47 A espuma que Tia-mat [ . . .
48 Marduk moldou [ . . .
49 Ele a juntou e a transformou em nuvens.
50 A fúria dos ventos, as violentas tempestades,
51 A ondulação da névoa - o acúmulo de sua saliva
52 Ele os designou para si mesmo e os tomou em suas mãos.
53 Colocou a cabeça dela em posição e derramou... [ ... ] .
54 Ele abriu o abismo e ele foi saciado com água.
55 De seus dois olhos deixou correr o Eufrates e o Tigre,
56 Tapou-lhe as narinas, mas deixou...
57 Amontoou as montanhas distantes sobre os seus seios,
58 Abriu poços para canalizar as fontes.
59 Torceu-lhe a cauda e a entrelaçou no Durmah(u,
60 [ . . . ] . . o Apsû sob seus pés.
61 [Ele montou] a virilha dela - ela se encaixou nos céus-
62 [(Assim) a metade dela] ele esticou e a tornou firme como a terra.
63 [Depois] de ter terminado seu trabalho dentro de Tia-mat,
64 [Estendeu] sua rede e a deixou sair.
65 Ele examinou os céus e a terra... [ . . . ] .
66 [ . . . ] seus vínculos. . . . . . .
67 Depois de ter formulado seus regulamentos e composto [seus] decretos,
68 Ele prendeu cordas-guia e as colocou nas mãos de Ea.
69 [A Tábua] dos Destinos que Qingu havia tomado e carregado,
70 Ele se encarregou dela como um troféu (?) e a apresentou a Anu.
71 [O. ] . De batalha, que ele havia amarrado ou colocado em sua cabeça,
72 [ . ] . Ele a apresentou a seus pais.
73 [Agora] as onze criaturas às quais Tia-mat havia dado à luz e. . . ,
74 Ele quebrou as armas delas e as amarrou (as criaturas) a seus pés.
75 Ele fez imagens delas e as colocou no [Portão] dos Apsû,
76 Para serem um sinal que nunca seria esquecido.
77 [Os deuses] viram isso e ficaram jubilosamente felizes,
78 (Isto é,) Lah(mu, Lah(amu e todos os seus pais.
79 Anšar [o abraçou] e publicou no exterior seu título, "Rei Vitorioso".
80 Anu, Enlil e Ea lhe deram presentes.
81 A mãe Damkina, que o deu à luz, o saudou,
82 Com um manto festivo limpo ela fez seu rosto brilhar.
83 A Usmû, que tinha seu presente para dar a notícia,
84 [Ele confiou] a vizinhança dos Apsû e o cuidado dos lugares sagrados.
85 Os Igigi se reuniram e todos lhe prestaram reverência,
86 Cada um dos Anunnaki estava beijando seus pés.
87 Todos eles [se reuniram] para mostrar sua submissão,
88 [ . . . ] . Eles se levantaram, eles se curvaram, "Eis o rei!"
89 Seus pais [ . . . ] . E se fartaram de sua beleza,
90 Be-l ouviu suas palavras, cingido com o pó da batalha.
91 . [ . . . . . . . . . . . . ] . . . . . . .
92 Ungindo seu corpo com [ . . . ] perfume de cedro.
93 Vestiu-se com seu manto senhorial,
94 Com uma coroa de terror como aura real.
95 Pegou sua clava e a segurou em sua mão direita,
96 . . . . Ele segurou em sua esquerda.
97 [ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]
98 . . . ] . Ele colocou seus pés.
99 Ele colocou sobre. [ . . .
100 O cetro de prosperidade e sucesso [ele pendurou] ao seu lado.
101 Depois de ter [ . . . ] a aura [
102 Ele adornou(?) seu saco, o Apsû, com um temível [ . . . ]
103 Foi estabelecido como. [ . . .
104 Em [sua] sala do trono [ . . .
105 Em sua cela [ . . .
106 Cada um dos deuses [ . . .
107 Lah(mu e Lah(amu. [ . . . . . . . ] .
108 Abriram suas bocas e [dirigiram-se] aos deuses Igigi,
109 "Antes, Marduk era nosso filho amado,
110 Agora ele é seu rei, atendam a seu comando!"
111 Em seguida, todos falaram juntos,
112 "Seu nome é Lugaldimmerankia, confiem nele!"
113 Quando deram a realeza a Marduk,
114 Eles lhe dirigiram uma bênção de prosperidade e sucesso,
115 "De agora em diante você é o zelador de nosso santuário,
116 Tudo o que você ordenar, nós faremos!"
117 Marduk abriu a boca para falar
118 E se dirigiu aos deuses, seus pais,
119 "Acima do Apsû, a morada esmeralda (?),
120 Em frente a Ešarra, que construí para vocês,
121 Abaixo das partes celestiais, cujo piso tornei firme,
122 Construirei uma casa para ser minha luxuosa morada.
123 Dentro dela estabelecerei seu santuário,
124 fundarei minha câmara e estabelecerei minha realeza.
125 Quando você subir do Apsû para tomar uma decisão
126 Esse será seu local de descanso perante a assembleia.
127 Quando você descer do céu para tomar uma decisão
128 Este será o seu lugar de descanso perante a assembleia.
129 Chamarei seu nome de "Babilônia", "Os lares dos grandes deuses",
130 Nela realizaremos um festival: esse será o festival da noite.
131 [Os deuses], seus pais, [ouviram] esse discurso dele,
132 . [ . . . . . . . . . . . . . . ] . Eles disseram,
133 "Com relação a tudo o que suas mãos fizeram,
134 Quem tem o seu [ . . . ]?
135 Com relação à terra que vossas mãos fizeram,
136 Quem tem o seu [ . . . ]?
137 Na Babilônia, como lhe puseste o nome,
138 Ponde o nosso [lugar de repouso] para sempre.
139 . [ . . . . . . . . . ] que eles tragam nossas ofertas regulares
140 . [ . . . . . . . . . . . . . . . . ] . .
141 Quem quer que [ . . . ] nossas tarefas que nós. [ . . .
142 Nela [ . . . . . ] sua labuta. [ . . .
143 [ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]
144 Eles se alegraram [ . . . . . . . . . . . . . . . ] . . [ . . .
145 Os deuses. [ . . . . . . . . . . . . . ]
146 Aquele que conhece [ . . . . . . . . . . . . ] . Eles
147 Ele abriu [sua boca, mostrando-lhes] a luz,
148 . . [ . . . . . . . . . . ] sua fala. [ . ]
149 Ele ampliou [ . . . . . . . . . ] . Eles [ . . . .
150 E [ . . . . . . . . . . . . . . . ] . . . . .
151 Os deuses se curvaram, falando com ele,
152 Dirigiram-se a Lugaldimmerankia, seu senhor,
153 "Anteriormente, senhor, [você era nosso amado] filho,
154 Agora você é nosso rei, . . . [ . . . ]
155 Aquele que. [ . ] . [ . ] preservou [nós]
156 . . [. . . ] a aura da maça e do cetro.
157 Que ele conceba planos [ . . . . ] . . [ . . . ]
158 [ . ] . . [ . . . . . . . Que] nós. [ . . ."

Tabuleta VI

1 Quando Marduk ouviu o discurso dos deuses
2 Teve o desejo de realizar coisas inteligentes.
3 Abriu a boca e dirigiu-se a Ea,
4 E aconselhou o que havia ponderado em seu coração,
5 "Juntarei sangue para formar osso,
6 Darei existência a Lullû, cujo nome será 'homem'.
7 Criarei Lullû-homem
8 Sobre o qual o trabalho dos deuses será depositado para que possam descansar.
9 Alterarei habilmente a organização dos deuses:
10 Embora sejam honrados como um só, eles serão divididos em dois."
11 Ea respondeu, enquanto lhe dirigia uma palavra,
12 expressando seus comentários sobre o descanso dos deuses,
13 "Que um irmão deles seja abandonado.
14 Que ele pereça para que o povo possa ser formado.
15 Que os grandes deuses se reúnam
16 E que o culpado seja entregue para que eles possam ser confirmados."
17 Marduk reuniu os grandes deuses,
18 usando uma direção graciosa ao dar sua ordem,
19 Enquanto ele falava, os deuses o atendiam:
20 O rei dirigiu uma palavra aos Anunnaki,
21 "Seu juramento anterior era realmente verdadeiro,
22 (Agora também) digam-me a verdade solene:
23 Quem é aquele que instigou a guerra?
24 Quem fez Tia-mat se rebelar e iniciou a batalha?
25 Que aquele que instigou a guerra seja denunciado
26 Para que eu lhe aplique o castigo; mas você fique sentado e descanse.
27 Os Igigi, os grandes deuses, responderam a ele,
28 Isto é, Lugaldimmerankia, o conselheiro dos deuses, o senhor,
29 "Qingu é aquele que instigou a guerra,
30 Quem fez Tia-mat se rebelar e deu início à batalha."
31 Eles o amarraram, mantendo-o diante de Ea,
32 infligiram-lhe a pena e cortaram-lhe os vasos sanguíneos.
33 De seu sangue ele (Ea) criou a humanidade,
34 a quem impôs o serviço dos deuses e libertou os deuses.
35 Depois que o sábio Ea criou a humanidade
36 E lhes impôs o serviço dos deuses-
37 Essa tarefa está além da compreensão
38 Pois Nudimmud realizou a criação com a habilidade de Marduk-
39 O rei Marduk dividiu os deuses,
40 Todos os Anunnaki em grupos superiores e inferiores.
41 Ele designou 300 nos céus para guardar os decretos de Anu
42 E os designou como guarda.
43 Em seguida, organizou a organização do mundo inferior.
44 No céu e no mundo inferior, ele colocou 600 deuses.
45 Depois de ter organizado todos os decretos,
46 E distribuiu as rendas entre os Anunnaki do céu e do mundo inferior,
47 Os Anunnakis abriram suas bocas
48 E dirigiram-se a seu senhor Marduk,
49 "Agora, senhor, já que você estabeleceu nossa liberdade
50 Que favor podemos fazer a você?
51 Vamos fazer um santuário de grande renome:
52 Sua câmara será nosso local de descanso, onde poderemos repousar.
53 Vamos erigir um santuário para abrigar um pedestal
54 No qual poderemos repousar quando terminarmos (o trabalho)."
55 Quando Marduk ouviu isso,
56 Ele brilhou tão intensamente quanto a luz do dia,
57 "Construa a Babilônia, a tarefa que você buscou.
58 Que os tijolos para ela sejam moldados e ergam o santuário!"
59 Os Anunnaki empunharam a picareta.
60 Durante um ano, fizeram os tijolos necessários.
61 Quando chegou o segundo ano,
62 Ergueram o pico de Esagil, uma réplica do Apsû.
63 Construíram a alta torre do templo do Apsû
64 E para Anu, Enlil e Ea estabeleceram sua... Morada.
65 Ele se sentou em esplendor diante deles,
66 Servindo seus chifres, que estavam nivelados com a base de Ešarra.
67 Depois de concluírem o trabalho em Esagil
68 Todos os Anunnaki construíram seus próprios santuários.
69 {300 Igigi do céu e 600 dos Apsû, todos eles, haviam se reunido}.
70 Be-l sentou os deuses, seus pais, no banquete
71 No alto santuário que eles haviam construído para sua morada,
72 (Dizendo:) "Esta é a Babilônia, sua morada fixa,
73 Tenham prazer aqui! Sentem-se com alegria!
74 Os grandes deuses se sentaram,
75 Foram colocadas canecas de cerveja e eles se sentaram para o banquete.
76 Depois de se divertirem lá dentro
77 Realizaram um culto no incrível Esagil.
78 Os regulamentos e todas as regras foram confirmados:
79 Todos os deuses dividiram os postos do céu e do litoral.
80 O colégio dos cinquenta grandes deuses tomou seus assentos,
81 Os Sete deuses dos destinos foram designados para tomar decisões.
82 Be-l recebeu sua arma, o arco, e a colocou diante deles:
83 Seus pais divinos viram a rede que ele havia feito.
84 Seus pais viram como a estrutura do arco era habilmente trabalhada
85 E louvaram o que ele havia feito.
86 Anu ergueu-o na assembleia divina,
87 E beijou o arco, dizendo: "É minha filha!"
88 Assim ele chamou os nomes do arco:
89 "Long Stick" foi o primeiro; o segundo foi: "Que ele acerte o alvo".
90 Com o terceiro nome, "Estrela do Arco", ele o fez brilhar no céu,
91 Fixou sua posição celestial junto com seus irmãos divinos.
92 Após Anu ter decretado o destino do arco,
93 Ele estabeleceu um trono real, um trono elevado até mesmo para um deus,
94 Anu o colocou lá na assembleia dos deuses.
95 Os grandes deuses se reuniram,
96 Exaltaram o destino de Marduk e fizeram reverência.
97 Eles invocaram uma maldição sobre si mesmos
98 E fizeram um juramento com água e óleo, e colocaram suas mãos em suas gargantas.
99 Concederam-lhe o direito de exercer a realeza sobre os deuses,
100 Confirmaram-no como senhor dos deuses do céu e do mundo subterrâneo.
101 Anšar lhe deu seu nome exaltado, Asalluh(i
102 "À menção de seu nome, mostremos submissão!
103 Quando ele falar, que os deuses lhe dêem atenção,
104 Que seu comando seja superior nas regiões superiores e inferiores.
105 Que o filho, nosso vingador, seja exaltado,
106 Que seu senhorio seja superior e ele mesmo sem rival.
107 Que ele pastoreie os cabeças-pretas, suas criaturas,
108 Que eles falem de seu caráter para os dias futuros, sem esquecimento.
109 Que ele estabeleça generosas ofertas de alimentos para seus pais,
110 Que ele providencie a manutenção deles e cuide de seus santuários,
111 Queime incenso para alegrar seus santuários.
112 Que ele faça na terra o mesmo que fez no céu:
113 Que ele designe os cabeças-pretas para adorá-lo.
114 Os humanos súditos devem tomar nota e invocar seus deuses,
115 Como ele ordena, eles devem dar atenção às suas deusas,
116 Que sejam trazidas ofertas de alimentos (?) para seus deuses e deusas,
117 Que eles (?) não sejam esquecidos, que se lembrem de seus deuses,
118 Que eles... seus... , que eles... Seus santuários.
119 Embora os cabeças-pretas adorem um deus, outros adoram outro deus,
120 Ele é o deus de todos e de cada um de nós!
121 Venham, vamos chamar os cinquenta nomes
122 Daquele cujo caráter é resplandecente, cuja realização é a mesma.
123 (1) MARDUK
Como foi nomeado por seu pai Anu desde seu nascimento,
124 Que fornece pasto e água, fazendo florescer os estábulos.
125 Que prendeu os arrogantes com sua arma, a tempestade,
126 E salvou os deuses, seus pais, da angústia.
127 Ele é o filho, o deus-sol dos deuses, ele é deslumbrante,
128 Que eles sempre andem em sua luz brilhante.
129 Sobre os povos que ele criou, os seres vivos,
130 Ele impôs o serviço dos deuses e eles descansaram.
131 A criação e a aniquilação, o perdão e a imposição da pena
132 Ocorrem sob seu comando, portanto, que fixem seus olhos nele.
133 (2) Marukka: ele é o deus que os criou
134 Que deixou os Anunnaki à vontade, os Igigi em repouso.
135 (3) Marutukku: ele é o suporte da terra, da cidade e de seus povos,
136 De agora em diante, que os povos sempre prestem atenção nele.
137 (4) Meršakušu: feroz, mas deliberativo, irado, mas relutante,
138 Sua mente é ampla, seu coração é abrangente.
139 (5) Lugaldimmerankia é o nome pelo qual todos nós o chamamos,
140 Cujo comando exaltamos acima do dos deuses seus pais.
141 Ele é o senhor de todos os deuses do céu e do mundo subterrâneo,
142 O rei a cujas ordens os deuses das regiões superiores e inferiores tremem.
143 (6) Narilugaldimmerankia é o nome que lhe demos, o mentor de todos os deuses,
144 Que estabeleceu nossas moradas no céu e no mundo inferior em tempos de angústia,
145 Que distribuiu as estações celestiais entre os Igigi e os Anunnaki,
146 Que os deuses tremam diante de seu nome e tremam em seus assentos.
147 (7) Asalluh(i é o nome pelo qual seu pai Anu o chamou,
148 Ele é a luz dos deuses, um herói poderoso,
149 Que, como diz seu nome, é um anjo protetor do deus e da terra,
150 Que, por meio de um terrível combate, salvou nossa morada em tempos de angústia.
151 (8) Asalluh(i-Namtilla foi o segundo nome dado a ele, o deus que dá vida,
152 Que, de acordo com a forma (de) seu (nome), restaurou todos os deuses arruinados,
153 O senhor, que trouxe à vida os deuses mortos por meio de seu puro encantamento,
154 Vamos louvá-lo como o destruidor dos inimigos tortuosos.
155 (9) Asalluh(i-Namru, como seu nome é chamado em terceiro lugar,
156 O deus puro, que purifica nosso caráter."
157 Anšar, Lah(mu e Lah(amu (cada um) o chamaram por três de seus nomes,
158 Em seguida, dirigiram-se aos deuses, seus filhos,
159 "Cada um de nós o chamou por três de seus nomes,

160 Agora vocês o chamam por seus nomes, como nós."
161 Os deuses se alegraram ao ouvir seu discurso,
162 Em Upšuukkinaki eles realizaram uma conferência,
163 "Do filho guerreiro, nosso vingador,
164 Do provedor, vamos exaltar o nome."
165 Eles se sentaram em sua assembleia, convocando os destinos,
166 E com todos os devidos ritos chamaram seu nome:

Tabuleta VII

1 (10) Asarre, o doador da terra arável que estabeleceu a terra de arado,
2 O criador da cevada e do linho, que fez crescer a vida vegetal.
3 (11) Asaralim, que é reverenciado na câmara de conselho, cujo conselho é excelente,
4 Os deuses lhe dão ouvidos e o temem.
5 (12)Asaralimnunna, o nobre, a luz do pai, seu criador,
6 Que dirige os decretos de Anu, Enlil e Ea, que é Ninšiku.
7 Ele é o provedor deles, que distribui suas rendas,
8 Cujo turbante multiplica a abundância para a terra.
9 (13) Tutu é aquele que realiza a renovação deles,
10 Que ele purifique seus santuários para que possam repousar.
11 Que ele prepare um encantamento para que os deuses possam descansar,
12 Ainda que se levantem em fúria, que se retirem.
13 Ele é de fato exaltado na assembleia dos deuses, seus [pais],
14 Ninguém entre os deuses pode [igualar-se] a ele.
15 (14) Tutu-Ziukkinna, a vida de [seu] exército,
16 Que estabeleceu os céus puros para os deuses,
17 Que tomou conta de seus cursos, que designou [suas estações],
16 Que ele não seja esquecido entre os mortais, mas [que eles se lembrem] de seus feitos.
19 (15) Em terceiro lugar, chamavam-no de Tutu-Ziku, o estabelecedor da purificação,
20 O deus da brisa agradável, senhor do sucesso e da obediência,
21 Que produz generosidade e riqueza, que estabelece a abundância,
22 Que transforma em abundância tudo o que temos de escasso,
23 Cuja brisa agradável cheiramos em tempos de terríveis problemas,
24 Que os homens ordenem que seus louvores sejam constantemente proferidos, que ofereçam adoração a ele
a ele.
25 Como (16) Tutu-Agaku, em quarto lugar, que os humanos o exaltem,
26 Senhor do puro encantamento, que trouxe os mortos de volta à vida,
27 Que demonstrou misericórdia para com os Deuses Vinculados,
28 Que jogou o jugo imposto sobre os deuses, seus inimigos,
29 E para poupá-los criou a humanidade.
30 O misericordioso, em cujo poder está a restauração da vida,
31 Que suas palavras sejam certas e não esquecidas
32 Da boca dos cabeças-pretas, suas criaturas.
33 Como (17) Tutu-Tuku, em quinto lugar, que a boca deles dê expressão a seu puro feitiço,
34 Que extirpou todos os ímpios por meio de seu puro encantamento.
35 (18) Šazu, que conhecia o coração dos deuses, que via as rédeas,
36 Que não permitia que um malfeitor escapasse dele,
37 Que estabeleceu a assembleia dos deuses, que alegrou seus corações,
38 Que subjugou os desobedientes, ele é a proteção abrangente dos deuses.
39 Fez prosperar a verdade, desarraigou a linguagem perversa,
40 Separou a falsidade da verdade.
41 Como (19) Šazu-Zisi, em segundo lugar, que eles o louvem continuamente, o subjugador dos agressores,
42 Que expulsou a consternação dos corpos dos deuses, seus pais.
43 (20) Šazu-Suh(rim, em terceiro lugar, que extirpou todos os inimigos com suas armas,
44 Que confundiu seus planos e os transformou em vento.
45 Ele exterminou todos os ímpios que vieram contra ele,
46 Que os deuses sempre gritem aclamações na assembleia.
47 (21) Šazu-Suh(gurim, em quarto lugar, que estabeleceu o sucesso para os deuses, seus pais,
48 Que extirpou os inimigos e destruiu seus descendentes,
49 Que dispersou suas conquistas, não deixando parte delas,
50 Que seu nome seja falado e proclamado na terra.
51 Como (22) Šazu-Zah(rim, em quinto lugar, que as gerações futuras falem dele,
52 O destruidor de todos os rebeldes, de todos os desobedientes,
53 Que trouxe todos os deuses fugitivos para os santuários,
54 Que este seu nome seja estabelecido.
55 Como (23) Šazu-Zah(gurim, em sexto lugar, que todos e em toda parte o adorem,
56 Que ele mesmo destruiu todos os inimigos em batalha.
57 (24) Enbilulu é ele, o senhor que os supre abundantemente,
58 Seu grande escolhido, que fornece ofertas de cereais,
59 Que mantém as pastagens e a irrigação em boas condições e as estabeleceu para a terra,
60 Que abriu cursos de água e distribuiu água abundante.
61 (25) Enbilulu-Epadun, senhor da terra comum e..., que eles [o chamem] em segundo lugar,
62 Supervisor do canal do céu e do mundo subterrâneo, que estabelece o sulco,
Que estabelece terra arável limpa em campo aberto,
63 Que dirige a vala e o canal de irrigação, e marca o sulco.
64 Como (26) Enbilulu-Gugal, supervisor do canal dos cursos de água dos deuses, que eles o louvem em terceiro lugar,
65 Senhor da abundância, da profusão e das grandes reservas (de grãos),
66 Que provê generosidade, que enriquece as habitações humanas,
67 Que dá o trigo e traz o grão à existência.
68 (27) Enbilulu-H(egal, que acumula abundância para os povos. . . .
69 Que faz chover riquezas sobre a terra ampla e fornece vegetação abundante.
70 (28) Sirsir, que amontoou uma montanha no topo de Tia-mat,
71 Que saqueou o cadáver de Tia-mat com [suas] armas,
72 O guardião da terra, seu pastor de confiança,
73 Cujo cabelo é uma colheita crescente, cujo turbante é um sulco,
74 Que continuou atravessando o mar largo em sua fúria,
75 E continuou cruzando o local de sua batalha como se fosse uma ponte.
76 (29) Sirsir-Malah (deram-lhe o segundo nome - assim seja)
77 Tia-mat era seu barco, ele era seu marinheiro.
78 (30) Gil, que sempre amontoa pilhas de cevada, montes enormes,
79 O criador de grãos e rebanhos, que dá sementes para a terra.
80 (31) Gilima, que tornou firme o vínculo dos deuses, que criou a estabilidade,
81 Um laço que os oprimiu, que ainda estendeu favores.
82 (32) Agilima, a altiva, que arranca a coroa, que se encarrega da neve,
83 Que criou a terra sobre a água e firmou a altura do céu.
84 (33) Zulum, que designa prados para os deuses e divide o que criou,
85 Que dá rendas e ofertas de alimentos, que administra santuários.
86 (34) Mummu, criador do céu e do mundo subterrâneo, que protege os refugiados,
87 O deus que purifica o céu e o mundo subterrâneo, em segundo lugar Zulummu,
88 Em relação à sua força, nenhum outro entre os deuses pode se igualar a ele.
89 (35) Gišnumunab, criador de todos os povos, que fez as regiões do mundo,
90 Que destruiu os deuses de Tia-mat e criou povos a partir de parte deles.
91 (36) Lugalabdubur, o rei que espalhou as obras de Tia-mat, que arrancou suas armas,
92 Cujo alicerce é seguro no "Fore and Aft".
93 (37) Pagalguenna, o mais importante de todos os senhores, cuja força é exaltada,
94 Que é o maior entre os deuses, seus irmãos, o mais nobre de todos.
95 (38) Lugaldurmah(, rei do vínculo dos deuses, senhor de Durmah(u,
96 Que é o maior na morada real, infinitamente mais elevado do que os outros deuses.
97 (39) Aranunna, conselheiro de Ea, criador dos deuses, seus pais,
98 A quem nenhum deus pode igualar em respeito a seu andar senhorial.
99 (40) Dumuduku, que renova para si mesmo sua morada pura em Duku,
100 Dumuduku, sem o qual Lugalduku não toma uma decisão.
101 (41) Lugalšuanna, o rei cuja força é exaltada entre os deuses,
102 O senhor, a força de Anu, aquele que é supremo, escolhido por Anšar.
103 (42) Irugga, que os saqueou a todos no Mar,
104 Que compreende toda a sabedoria, é abrangente em entendimento.
105 (43) Irqingu, que saqueou Qingu na batalha de. . ,
106 Que dirige todos os decretos e estabelece o senhorio.
107 (44) Kinma, o diretor de todos os deuses, que dá conselhos,
108 Diante de cujo nome os deuses se curvam em reverência como diante de um furacão.
109 (45) Dingir-Esiskur - que ele tome seu assento elevado na Casa da Bênção,
110 Que os deuses tragam seus presentes diante dele
111 Até que ele receba suas oferendas.
112 Ninguém além dele realiza coisas inteligentes
113 As quatro (regiões) de cabeças negras são sua criação,
114 Além dele, nenhum deus conhece a medida de seus dias.
115 (46) Girru, que torna as armas duras (?),
116 Que realizou coisas inteligentes na batalha com Tia-mat,
117 Abrangente em sabedoria, hábil em entendimento,
118 Uma mente profunda, que nem todos os deuses juntos entendem.
119 Que (47) Addu seja seu nome, que ele cubra toda a extensão do céu,
120 Que ele troveje com sua voz agradável sobre a terra,
121 Que o estrondo encha (?) as nuvens
E dê sustento aos povos da terra.
122 (48) Aša-ru, que, como seu nome diz, reuniu os Destinos Divinos
123 Ele de fato é o guardião de absolutamente todos os povos.
124 Como (49) Ne-beru, que ele mantenha o local de passagem do céu e do mundo subterrâneo,
125 Eles não devem cruzar acima ou abaixo, mas devem esperar por ele.
126 Ne-beru é sua estrela, que ele fez brilhar no céu,
127 Que ele se posicione na escadaria celestial para que possam olhá-lo.
128 Sim, aquele que constantemente atravessa o mar sem descansar,
129 Que seu nome seja Ne-beru, que agarra o meio dela,
130 Que ele fixe os caminhos das estrelas do céu,
131 Que ele pastoreie todos os deuses como ovelhas,
132 Que ele amarre Tia-mat e coloque sua vida em perigo mortal,
133 Para gerações ainda não nascidas, para dias futuros distantes,
134 Que ele continue sem controle, que ele persista na eternidade.
135 Desde que ele criou os céus e moldou a terra,
136 Enlil, o pai, chamou-o por seu próprio nome, (50) "Senhor das Terras".
137 Ea ouviu os nomes que todos os Igigi chamavam
138 E seu espírito ficou radiante.
139 "Ora, aquele cujo nome foi exaltado por seus pais
140 Que ele, como eu, seja chamado (51) de "Ea".
141 Que ele controle a soma de todos os meus ritos,
142 Que ele administre todos os meus decretos".
143 Com a palavra "Cinquenta", os grandes deuses
144 Chamaram seus cinquenta nomes e lhe atribuíram uma posição de destaque.
145 Eles devem ser lembrados; uma figura de destaque deve expô-los,
146 Os sábios e eruditos deveriam conversar sobre eles,
147 O pai deve repeti-los e ensiná-los ao filho,
148 Deve-se explicá-los ao pastor e ao pastor de rebanhos.
149 Se não formos negligentes com Marduk, o Enlil dos deuses,
150 Que sua terra floresça, e que ele próprio prospere,
151 (Pois) sua palavra é confiável, sua ordem inalterada,
152 Nenhum deus pode alterar o pronunciamento de sua boca.
153 Quando ele olha com fúria, não cede,
154 Quando sua ira está em chamas, nenhum deus pode enfrentá-lo.
155 Sua mente é profunda, seu espírito é abrangente,
156 Diante do qual o pecado e a transgressão são procurados.
157 Instrução que uma figura importante repetiu diante dele (Marduk):
158 Ele a escreveu e a guardou para que as gerações vindouras pudessem ouvi-la.
159 [ . . ] . Marduk, que criou os deuses Igigi,
160 Embora eles diminuam... Que invoquem seu nome.
161 . . A canção de Marduk,
162 Que derrotou Tia-mat e assumiu a realeza

Conclusão

O Enuma Elish, como obra mitológica, é atemporal, mas alguns estudiosos argumentam que, em sua época, ele teria repercutido em um público que entendia a Babilônia como uma cidade que rompia com as tradições do passado para criar um futuro novo e melhor. O acadêmico Thorkild Jacobsen, por exemplo, observa:

A Babilônia guerreou com o território da antiga Suméria e todas as suas renomadas e veneráveis cidades antigas e seus deuses. Ela travou uma guerra de iniciantes com sua própria civilização-mãe. E que essa era uma questão viva, que [a Babilônia] estava profundamente ciente de ser herdeira e continuadora da civilização suméria, fica claro pelo fato de que seus reis, especialmente os da segunda metade da dinastia [de Sealand], usavam nomes elaborados em sumério. É compreensível, portanto, que a Babilônia tenha sentido consciente ou inconscientemente que sua vitória foi, de certa forma, patricida. (190)

A história, então, pode ser lida não apenas como um grande conto do triunfo da ordem sobre o caos e da luz sobre as trevas, mas como uma parábola da ascensão da Babilônia e da cultura babilônica sobre o antigo modelo sumério de civilização. Além disso, o conto pode ser entendido como uma ilustração do conceito de vida como mudança perpétua.

Os antigos deuses estáticos da história são substituídos por deuses mais jovens e dinâmicos, que introduzem o conceito de mudança e mutabilidade no universo por meio da criação de seres mortais sujeitos à morte. Essas criaturas são encarregadas de ajudar os deuses a manter sua criação e, portanto, embora não sejam imortais, desempenham um papel integral no trabalho eterno dos deuses e ganham alguma medida de imortalidade ao fazê-lo da melhor forma possível.

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Perguntas e respostas

O que é o Enuma Elish?

O Enuma Elish é o mito babilônico da criação.

Do que se trata o Enuma Elish?

Enuma Elish é a história da criação do universo e do mundo, incluindo a humanidade, após a guerra entre Marduk, campeão dos deuses jovens, e Tiamat, líder dos deuses antigos. Marduk vence e a ordem é estabelecida a partir do caos.

Quando o Enuma Elish foi composto?

O Enuma Elish foi composto em algum momento antes do reinado de Hamurabi da Babilônia, entre 1792 e 1750 a.C. Acredita-se que ele seja uma revisão de um poema sumério muito mais antigo.

O Enuma Elish influenciou a Bíblia?

Sim. Os estudiosos modernos traçaram paralelos claros entre as obras da Mesopotâmia e as do Antigo Testamento bíblico. Acredita-se que o Enuma Elish tenha influenciado o Livro de Gênesis.

Sobre o tradutor

Willian Vieira
Meu nome é Willian Vieira, mas sou conhecido como William Pesquisador devido à minha paixão por desvendar os mistérios das civilizações antigas. Minha jornada acadêmica me levou a um aprofundamento notável na Suméria, a primeira civilização da humanidade.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

Citar este trabalho

Estilo APA

Mark, J. J. (2018, maio 04). Enuma Elish - O Épico babilônico da criação - Texto completo [Enuma Elish - The Babylonian Epic of Creation - Full Text]. (W. Vieira, Tradutor). World History Encyclopedia. Recuperado de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-225/enuma-elish---o-epico-babilonico-da-criacao---text/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "Enuma Elish - O Épico babilônico da criação - Texto completo." Traduzido por Willian Vieira. World History Encyclopedia. Última modificação maio 04, 2018. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-225/enuma-elish---o-epico-babilonico-da-criacao---text/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "Enuma Elish - O Épico babilônico da criação - Texto completo." Traduzido por Willian Vieira. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 04 mai 2018. Web. 20 dez 2024.