A Maldição da Múmia: A Tumba de Tutankhamon e a Mídia Moderna

Artigo

Joshua J. Mark
por , traduzido por Ricardo Albuquerque
publicado em 08 maio 2017
Disponível noutras línguas: Inglês, francês, espanhol
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A descoberta da tumba de Tutankhamon (ou Tutancâmon) por Howard Carter, em 1922, foi noticiada no mundo inteiro, seguida rapidamente pela história da maldição da múmia (também conhecida como A Praga do Faraó), que se tornou ainda mais popular e permanece até os dias atuais. Tumbas, faraós e múmias atraíam bastante atenção antes do achado de Carter, mas nunca no nível de interesse que o público demonstrou nas décadas seguintes. A fascinação mundial com a cultura do antigo Egito começou com as escavações iniciais e relatos de viagens publicados nos séculos XVII e XVIII, mas ganhou considerável impulso no século XIX, após Jean-François Champollion (1790-1832), com base no trabalho de Thomas Young (1773-1829), ter decifrado os hieróglifos egípcios através da Pedra de Rosetta e divulgado suas conclusões em 1824.

Seal of Tutankhamun's Tomb
O Selo da Tumba de Tutankhamon
Harry Burton (Public Domain)

Champollion abriu a antiga civilização egípcia ao mundo moderno porque, após sua descoberta, os acadêmicos puderam ler os textos dos monumentos e inscrições, escrever sobre suas conclusões e despertar maior interesse pelo Egito dos faraós. Mais e mais expedições chegaram ao país para reunir antigos artefatos para museus e coleções particulares. Múmias e artefatos exóticos começaram a ser levados do Egito para todos os cantos do mundo. Alguns deles passaram a fazer parte do acervo de museus, enquanto outros foram usados como mesas de café e temas de conversação pelos ricos. Este interesse em tudo o que era egípcio chegou à cultura popular e não demorou para que a jovem indústria cinematográfica capitalizasse a nova moda.

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Filmes sobre Múmias

O primeiro filme explorando o tema foi A Tumba de Cleópatra, em 1899, produzido e dirigido por George Méliès. A película desapareceu, mas, conforme relatos, contava a história da múmia de Cleópatra que, encontrada por acidente, volta à vida e aterroriza os vivos. Em 1911, a Thanhouser Company lançou A Múmia, que conta a história da múmia de uma princesa egípcia que é revivida com o uso de descargas elétricas; o cientista que a traz de volta eventualmente a acalma, controla e finalmente casa-se com ela.

Após 1922, seriam raras as obras literárias ou cinematográficas sobre múmias egípcias que não utilizassem a trama da maldição como recurso dramático.

Estes filmes iniciais mencionavam o Egito de forma geral e as múmias comportavam-se como uma espécie de zumbi, um cadáver reanimado, mas, ainda assim, retendo as características pessoais e memória. Não havia maldição nestes primeiros filmes mas, após 1922, seriam raras as obras literárias ou cinematográficas sobre múmias egípcias que não explorassem de alguma forma a maldição como recurso dramático.

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O primeiro filme com esta temática a fazer sucesso foi A Múmia (1932), lançado pela Universal Pictures. Boris Karloff interpreta Imhotep, um antigo sacerdote enterrado vivo, bem como a múmia ressuscitada, que adota o nome de Ardath Bey. Bey tenta matar Helen Grosvenor (interpretada por Zita Johann), reincarnação da amada de Imhotep, Ankesenamun. No final, o plano de Bey de matar e depois ressuscitar Helen como Ankesenamun fracassa mas, antes que isso aconteça, o público fica sabendo da maldição relacionada às múmias egípcias e as sérias consequências de perturbar os mortos.

O sucesso de bilheteria da produção levou a várias sequências, realizadas durante a década de 1940 (A Mão da Múmia, A Tumba da Múmia, O Fantasma da Múmia e A Maldição da Múmia, 1940-1944); viraram piada nos anos 1950 (Abbot e Costello encontram a múmia, 1955); continuaram nos anos 60 (A Maldição da Tumba da Múmia, em 64, e A Mortalha da Múmia, 1967); e desaguaram nos anos 70 com Sangue da Tumba da Múmia (1971). O gênero de filme de terror com múmias foi revivido mais recentemente com A Múmia, em 1999, um remake da produção de 1932 e que alcançou idêntica popularidade. O filme inspirou a sequência O Retorno da Múmia (2001) e as produções sobre o Escorpião Rei (2002-2012), todas igualmente bem-sucedidas junto ao público. Em 2016, o filme Deuses do Egito mudou o foco das múmias para as divindades egípcias.

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A Tumba e a Imprensa

Ainda que uma maldição específica nem sempre seja a trama central de todos estes filmes, o conceito da magia negra dos egípcios e sua habilidade em transcender a morte é onipresente. Não há dúvidas que os egípcios interessavam-se pelo mundo após a morte e forneciam todos os meios para a jornada no além-túmulo, mas isso não significa que estavam determinados a amaldiçoar ou aterrorizar as futuras gerações. Os textos de execração encontrados nos túmulos são simples avisos contra os ladrões e ameaças sobrenaturais do que aconteceria aos que perturbavam os mortos; as evidências abundantes de tumbas pilhadas nos últimos milhares de anos mostram bem a pouca efetividade destas maldições. Nenhuma delas, aliás, seria capaz de proteger a tumba do seu proprietário tão efetivamente quanto a criada e divulgada pela imprensa na década de 1920 e nenhuma viria a ser tão célebre.

Howard Carter
Howard Carter
National Photo Company Collection (Library of Congress) (Public Domain)

Carter tornou-se uma celebridade da noite para o dia quando descobriu a tumba de Tutankhamon e admitiu não ter apreciado muito este fato. Ele afirmou:

A arqueologia sob a luz dos holofotes é uma nova e desconcertante experiência para a maioria de nós. No passado cuidávamos de nossos negócios com satisfação, intensamente interessados nele, mas não esperando que outras pessoas fossem mais do que tepidamente polidas a respeito, e agora, subitamente, descobrimos que o mundo se interessa por nós, um interesse tão intenso e tão ávido por detalhes que correspondentes especiais, com altos salários, são enviados para nos entrevistar, relatar todos os nossos movimentos e se esconder pelas esquinas para desvendar nossos segredos. (Carter, 63)

Carter localizou a tumba no início de Novembro de 1922, mas precisou esperar até que seu patrono e financiador, Lorde Carnavon, chegasse da Inglaterra para abri-la. A abertura do túmulo aconteceu no dia 26 de Novembro, com as presenças de Carnavon e sua filha, Lady Evelyn. Em menos de um mês, o sítio da escavação estava atraindo visitantes de todas as partes do mundo e constava dos itinerários das excursões mais caras do Egito.

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A imprensa chegou à tumba e à equipe arqueológica em menos de uma semana e, uma vez que a notícia permanecia uma prioridade máxima, não foi mais embora. Para complicar ainda mais o trabalho de escavação, havia a insistência de muitos destes visitantes em acessar o túmulo, além das excursões guiadas, que provocavam interrupções no cronograma diário e começaram a interferir seriamente no trabalho meticuloso de identificação e catalogação do conteúdo encontrado.

Antechamber of Tutankhamun's Tomb
Antecâmara da Tumba de Tutankhamon
Patty (CC BY-NC-ND)

Lorde Carnavon deparou-se com uma situação inesperada. Embora Carter acreditasse que a tumba de Tutankhamon estivesse intacta e pudesse conter enormes riquezas, não teria como prever o incrível conjunto de tesouros que abrigava. Quando o arqueólogo olhou pela primeira vez através do buraco feito na porta, somente com a luz de uma vela, Carnavon perguntou se ele podia ver alguma coisa. Numa frase célebre, Carter respondeu: “Sim, coisas maravilhosas”. Mais tarde, observaria que por todos os lados havia o brilho do ouro (Carter, 35). A magnitude do achado e o valor dos artefatos impediu que as autoridades autorizassem uma divisão com Carnavon: o conteúdo da tumba pertenceria por completo ao governo egípcio.

Carnavon, ao menos publicamente, não contestou a decisão, mas queria um retorno pelo seu investimento, além dos recursos necessários para financiar o trabalho de retirada e catalogação do conteúdo do túmulo, realizado por Carter e sua equipe. Ele decidiu resolver seus problemas financeiros e as dificuldades causadas pelos jornalistas com uma única tacada: vendeu os direitos exclusivos de cobertura da tumba ao London Times por um adiantamento de 5.000 libras esterlinas, mais 75% dos lucros das vendas mundiais dos artigos para outras empresas de mídia.

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Esta decisão enraiveceu os jornalistas, mas trouxe um grande alívio para Carter e sua equipe. O arqueólogo afirma: “Nós, no Egito, ficamos encantados quando soubemos da decisão de Lorde Carnavon em colocar toda a questão da publicidade nas mãos do The Times” (64). Haveria a partir daquele momento somente um pequeno contingente de jornalistas na tumba, em vez de um exército deles, e a equipe poderia continuar a escavação sem novas interrupções.

Death Mask of Tutankhamun
Máscara Mortuária de Tutankhamon
Richard IJzermans (CC BY-NC-SA)

Estas notícias podem ter sido recebidas com satisfação pela equipe arqueológica, mas nem tanto pelos demais jornalistas. Muitos permaneceram no Egito, esperando conseguir um furo de reportagem de alguma forma, ou tentando descobrir algum outro aspecto do assunto que pudesse render uma reportagem; e não tiveram que esperar muito. Lorde Carnavon morreu no Cairo em 5 de Abril de 1923 – menos de seis meses após a tumba ter sido aberta – e surgiu então a maldição da múmia.

A Maldição de Tutankhamon

Em Março de 1923, a romancista campeã de vendas e autora de contos Marie Corelli (1855-1924) enviou uma carta à revista New York World alertando para as sérias consequências para qualquer um que perturbasse uma tumba antiga como a de Tutankhamon. Ela "citou" um livro obscuro que afirmava possuir em apoio à sua alegação. Como se transformara numa celebridade desde a publicação de seu primeiro romance, Um Romance de Dois Mundos, em 1886, a carta da escritora foi amplamente divulgada. Sua velha antipatia pela imprensa e pelos críticos (que criticavam severamente seus livros, a despeito da popularidade que desfrutavam) deu mais peso à carta, já que ela teria sentido que seu alerta seria importante o suficiente para romper com seu costume de ignorar a mídia impressa. Ninguém sabe por que Corelli enviou a carta; ela morreu no ano seguinte sem dar nenhuma explicação.

Este material, porém, era um tesouro para a mídia. O alerta foi usado apoiar a alegação de que Carnavon morrera devido a uma maldição e a fama de Corelli dava-lhe mais importância na imaginação popular; mas ela não foi a única “autoridade” no assunto citada pelos jornalistas. Nos Estados Unidos, o jornal The Austin American publicou uma reportagem em 9 de Abril, com o título “Descobridor do faraó morto por velha maldição?”, que cita a carta de Corelli mas foca no testemunho de uma certa senhorita Leyla Bakarat que, embora sem conhecimento em Egiptologia, história ou maldições confirmou a verdade por trás da morte de Carnavon com base em sua herança egípcia: Tutankhamon o matara com uma maldição, através da picada de uma aranha.

Tutankhamun
Tutankhamon
Dalbera (CC BY)

O jornal australiano The Argus noticiou que a morte de Carnavon foi causada pela “influência maligna do falecido faraó” e citou Sir Arthur Conan Doyle (famoso como o criador de Sherlock Holmes) e um espiritualista francês identificado somente como M. Lancelin para apoiar esta alegação. Conan Doyle também era espiritualista e membro da Sociedade Teosófica, bem como Maria Corelli, e, em outras circunstâncias, suas crenças religiosas teriam sido encaradas pela mídia predominante com um ceticismo considerável. Como somente o London Times tinha acesso às informações sobre o desenrolar dos trabalhos na tumba, porém, outras organizações jornalísticas precisavam usar tudo o que tivessem e, assim, a maldição da múmia propagou-se em matérias e editoriais publicadas ao redor do mundo, que fizeram as vendas de jornais baterem recordes. O egiptólogo David P. Silverman descreve a situação:

Alguns dos repórteres tinham a ajuda de egiptólogos descontentes por não obterem acesso à tumba e qualquer informação sobre ela. Como não existia certamente nenhuma afeição entre Carter e Carnavon e alguns de seus colegas acadêmicos, alguém sempre se dispunha a fornecer informações sobre certos objetos ou inscrições do túmulo, baseando-se somente nas fotografias publicadas. Desta forma, muitas inscrições podiam ser interpretadas como maldições pelo público, especialmente após a “retradução" pela imprensa. Por exemplo, um texto inócuo inscrito em argamassa de lama no relicário de Anúbis que constava do tesouro declarava: “Sou aquele que impede que a areia bloqueie a câmara secreta.” Nos jornais, isso era transformado em: “Matarei todos aqueles que cruzarem o limiar do recinto sagrado do real soberano que vive eternamente.”

Tais deturpações proliferavam e logo maldições estavam sendo encontradas em todas as inscrições. Como poucas pessoas eram capazes de ler os hieróglifos e desta forma checar o original, os repórteres estavam seguros. Eles podiam (e realmente o fizeram) publicar uma fotografia de um grande relicário dourado da Câmara do Sarcófago, junto com uma “tradução” da inscrição nele contida: “Aqueles que entrarem nesta tumba sagrada serão em breve visitados pelas asas da morte.” A figura entalhada de uma deusa alada do relicário, sem dúvida, serviria para reforçar a ameaça “traduzida”. Na realidade, os textos neste relicário são provenientes do Livro dos Mortos - uma coleção de encantamentos voltada para garantir a vida eterna, não para reduzi-la! (Curse, 3)

Os jornais relatavam misteriosos eventos cercando a morte de Carnavon: as luzes se apagaram no Cairo quando morreu e, conforme alegou seu filho, o cachorro do falecido uivou longamente após o ocorrido e também teria caído morto. Bem rapidamente, qualquer um que morresse e tivesse associação com a tumba estava relacionado à maldição. George Jay Gould I, que visitara o túmulo, morreu cerca de um mês depois de Carnavon. Em Julho de 1923, o príncipe egípcio Bey foi assassinado pela esposa em Londres, um crime prontamente atribuído à praga do faraó. O meio-irmão de Carnavon morreu em Setembro do mesmo ano e, ainda que idoso e com saúde precária há algum tempo, logo passou a ser mais uma vítima da maldição.

A Maldição Inexistente e seu Legado

Carnavon na verdade morreu de envenenamento sanguíneo após uma picada de mosquito, que infeccionou por causa de um corte ocorrido enquanto se barbeava. Embora seu filho tivesse feito um detalhado relato em primeira mão da morte do cão uivante, ele estava na Índia, bem distante do animal, quando a morte ocorreu. Se houve um corte de energia elétrica no Cairo quando Carnavon morreu nunca foi confirmado mas, mesmo que tivesse ocorrido, tratava-se de uma ocorrência comum na década de 1920.

Howard Carter & Tutankhamun
Howard Carter e Tutankhamon
New York Times (Public Domain)

As outras mortes atribuídas à praga do faraó desde então também têm explicações bastante lógicas e naturais. A maioria daqueles que participou da abertura e escavação da tumba de Tutankhamon viveu por muitos anos após o fato. O egiptólogo Arthur Mace, membro da equipe de Carter, morreu em 1928, após uma longa doença, mas a maioria desfrutou de vidas saudáveis, bem-sucedidas e produtivas. O egiptólogo Percy E. Newberry, que encorajou Carter na busca pelo túmulo e participou ativamente da identificação e catalogação do conteúdo, viveu até 1949. A filha de Carnavon, presente à abertura da tumba, morreu em 1980. O próprio Carter, o homem que primeiro abriu e entrou no túmulo e, portanto, deveria ser considerado como o principal candidato para sofrer com a maldição, viveu até 1939.

Carter nada fez para impedir a imprensa de divulgar a história da maldição porque isso manteve o público longe da tumba.

Carter nunca menciona a praga do faraó em seus relatos sobre o trabalho de escavação da tumba, mas, em particular, a considerava absurda. Porém, ele nada fez para impedir a imprensa de divulgar a história da maldição porque isso manteve público longe do sítio arqueológico. Além disso, pessoas que levaram artefatos do Egito no passado para coleções particulares apressaram-se em devolvê-los ou os doaram para instituições porque temiam ser amaldiçoados. Silverman observa como “pessoas tensas começaram a limpar seus porões e sótãos e enviaram suas relíquias egípcias aos museus para que não fossem as próximas vítimas” (Curse, 3). Carter continuou seu trabalho com o conteúdo do túmulo de Tutankhamon pela década seguinte, sem intromissões do público ou da imprensa, graças à praga da múmia.

Por mais que a lenda tenha trazido benefícios para o arqueólogo e para a indústria do entretenimento até os dias de hoje, trouxe o efeito negativo de obscurecer as realizações do faraó Tutankhamon (1336-c. 1327 a.C.) que, na verdade, foram significativas. O pai de Tutankhamon foi o célebre "rei herege" Akhenaton (1353-c. 1336 a.C.), que aboliu as tradicionais crenças religiosas e práticas do Egito e instituiu um modelo próprio de monoteísmo. Enquanto muitos atualmente continuem a admirar Akhenaton como um "visionário religioso", suas ações foram mais provavelmente motivadas pelo crescente poder, riqueza e prestígio do Culto a Amon e seus sacerdotes, que rivalizava com o do faraó; sua visão de "um deus verdadeiro" efetivamente anulava o culto e transferia suas riquezas e propriedades para a coroa.

Tutankhamon restabeleceu a antiga religião – que já tinha mais de 2.000 anos quando Akhenaton a aboliu – e estava instituindo outras iniciativas, destinadas a reparar os danos que seu pai havia provocado à imagem do Egito entre as nações estrangeiras, aos militares e à economia, quando morreu antes de completar 20 anos. Coube ao general Horemheb (1320-1292 a.C.) completar os projetos de Tutankhamon e restaurar a antiga glória egípcia.

Por mais intrigante que seja o conceito de uma antiga praga egípcia, ela não está baseada na realidade. A lenda ganhou vida própria a tal ponto que pessoas que nada conhecem sobre a descoberta da tumba de Tutankhamon ou a origem da praga do faraó associam o Egito a ritos místicos, uma obsessão com a morte e maldições. A fascinação do público com a praga da múmia não diminuiu nos últimos 100 anos, desde que foi criada pela mídia e, uma vez que tais histórias e filmes continuem a gerar lucros, é mais provável que sobrevivam pelos próximos séculos; mas dificilmente este é o legado que Tutankhamon teria escolhido.

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Sobre o tradutor

Ricardo Albuquerque
Jornalista brasileiro que vive no Rio de Janeiro. Seus principais interesses são a República Romana e os povos da Mesoamérica, entre outros temas.

Sobre o autor

Joshua J. Mark
Joshua J. Mark é cofundador e diretor de conteúdos da World History Encyclopedia. Anteriormente, foi professor no Marist College (NY), onde lecionou história, filosofia, literatura e redação. Ele viajou bastante e morou na Grécia e na Alemanha.

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Estilo APA

Mark, J. J. (2017, maio 08). A Maldição da Múmia: A Tumba de Tutankhamon e a Mídia Moderna [The Mummy's Curse: Tutankhamun's Tomb & the Modern-Day Media]. (R. Albuquerque, Tradutor). World History Encyclopedia. Obtido de https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1063/a-maldicao-da-mumia-a-tumba-de-tutankhamon-e-a-mid/

Estilo Chicago

Mark, Joshua J.. "A Maldição da Múmia: A Tumba de Tutankhamon e a Mídia Moderna." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. Última modificação maio 08, 2017. https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1063/a-maldicao-da-mumia-a-tumba-de-tutankhamon-e-a-mid/.

Estilo MLA

Mark, Joshua J.. "A Maldição da Múmia: A Tumba de Tutankhamon e a Mídia Moderna." Traduzido por Ricardo Albuquerque. World History Encyclopedia. World History Encyclopedia, 08 mai 2017. Web. 20 nov 2024.